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A mostrar mensagens de maio, 2021

Cinema no Netflix: opinião sobe A mulher à janela

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Spoilers  adiante! Mas pela vossa saúde, leiam, pois pode evitar perderem duas horas da vossa vida sentados no sofá.  Realizado por Joe Wright , cujos filmes não sendo dos meus favoritos, também nunca me causaram fastio, e com um grupo de actores com méritos reconhecidos,  Amy Adams, Gary Oldman, Jennifer Jason Leigh e Anthony Mackie, quem pensaria duas vezes antes de escolher o filme a A mulher à janela para desopilar? Infelizmente, o  Netflix parece atrair filmes que me aborrecem e me fazem dar o meu tempo por perdido com certa frequência. Não sabia nada sobre este filme, nem sequer que era uma adaptação de um livro, conforme descobri depois. É a história de uma mulher, que perdeu a família num acidente de viação, e cuja culpa por isso a tornou fóbica, incapaz de sair à rua há meses. Deambula pela casa em roupão, dorme, vê filmes e olha a rua pela janela. Fica empolgada com a mudança de uma família para o prédio em frente, talvez porque ela lhe recorda a sua, perdida.  Anna Fox  c

Os neo-românticos ou futuristas Duran Duran no Rock in Rio

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Playlist Duran Duran, ouvir aqui Há dias foi notícia que o grupo Duran Duran vai estar no palco da 9.ª edição do Rock in Rio Lisboa , que foi reagendada para os dias 18, 19, 25 e 26 de Junho de 2022, no Parque da Bela Vista. Chamem-me retrógrada mas esses mega-ajuntamentos à volta de um palco nunca foram a minha praia, nem mesmo antes da pandemia vir ditar regras de distanciamento de três metros entre chapéus de sol. Nunca fui ao Rock in Rio , nunca irei. Sempre evitei os Festivais. Assisti a concertos diversos do programa da Queima das Fitas, em Coimbra, que se estendiam por vastos espaços. Não gostei muito, era o que podia ser, aproveitava-se. Aqui se incluem, por exemplo, o concerto do Caetano Veloso ou o primeiro dos Divine Comedy . Vi o concerto que os Muse levaram ao estádio do Dragão porque havia um falatório tal em relação à tournée que fiquei curiosa, mesmo nem conhecendo bem a música deles. São excepções. Prefiro concertos mais intimistas, em recintos fechados, de preferênc

Maneskin venceu o Festival Eurovisão e agora convence o mundo

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ESCPortugal Zitti e buoni ! Quem diria que uma canção do Festival Eurovisão da Canção ia ter tanto sucesso? Está a atingir marcos incríveis no Spotify e no iTunes . Quando li isso, há uns minutos, não deixei de ficar surpreendida. Afinal, como é? Ninguém vê o Festival?  Não é isso o que todos dizem? Então como explicar estes números?  A apresentação na final do Festival e o vídeo oficial também atingiriam números extraordinários de visualizações. Creio que já ultrapassou a Husavik do filme Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga, em fama! Não vi esta edição do Festival e também não vi esse filme sobre o Festival. O Will Ferrell não me cativa nada e embora eu não costume deixar-me influenciar por sentimentos desfavoráveis, impressões e embirrações, que me podiam ter levado a perder Uncut Gem , com o Adam Sandler , a ideia de ver um filme, - que desconfio seja uma variação da comédia romântica, - centrada no Festival, na sua paródia ou celebração, ainda me cativa menos que ve

Como encontrar a felicidade

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Um professor trouxe balões vazios para a sala de aula e deu um a cada aluno para ele encher. Depois ordenou que escrevessem seus nomes e os colocassem no chão da sala. O professor misturou então todos os balões e depois deu cinco minutos aos alunos para que encontrassem o balão respectivo. Enquanto cada um procurava o balão com o seu nome escrito os cinco minutos esgotaram-se. Ninguém conseguiu encontrar o seu balão. Então o professor instruiu os alunos para que cada um deles agarrasse um balão qualquer e o entregasse a quem fosse o seu dono. Em 5 minutos todos os alunos conseguiram ter o seu balão de volta!  Disse o professor: " Os balões são como a felicidade. Ninguém a vai encontrar procurando a sua sem se importar com a de mais ninguém. " Conclusão: se nos preocuparmos com a felicidade dos outros é bem possível que também encontremos a nossa. (Autor desconhecido)

O porco do Morin, por Guy de Maupassant(4/4)

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O porco do Morin, por Guy de Maupassant (1/4)

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Desde que se começou a falar  sobre o que é o assédio sexual , e a sua distinção da sedução , que me lembrei deste conto de Guy de Maupassant: O porco do Morin.  Deixo-vos aqui uns prints (4) a que talvez queiram dar uma vista de olhos. Não é o ideal,  mas se eu vos desse o resumo, feito pelo meu punho, ainda seria menos ideal.  Tenho a sensação de ler alguns autores que quase ninguém lê. É o caso de Guy de Maupassant.  Há uns anitos, andava eu a ler os contos traduzidos pelo Pedro Tamen, quando um conhecido que me encontra de livro na mão na estação, me diz assi:, "Mas quem é que ainda lê Maupassant?! A sua expressão era de quem parecia receoso de que eu lhe pegasse a sífilis de que o contista sofria. Ignorei a provocação.  Não, não tinha parado no tempo só porque não andava a ler um livro dos autores da moda. O mundo que  Maupassant descreveu nas suas obras mudou à superfície, mas por dentro está igual. Quando os autocarros chegaram seguimos em sentidos contrários. Maupassant

O porco do Morin, por Guy de Maupassant (3/4)

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O porco do Morin, por Guy de Maupassant (2/4)

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Do assédio dos homens ninguém fala.

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Fonte Pessoas há que quando ouvem a expressão "caça às bruxas" se lembram imediatamente do Mcarthismo, da década de 50, nos EUA, quando o senador republicano imaginou milhares de comunistas infiltrados e apelou aos cidadãos patriotas para os denunciarem. Até Charlie Chaplin foi investigado. Outras pensam na perseguição das mulheres  com estranhos poderes durante a Idade Média. Agora a expressão está novamente em voga e já se estreou em Portugal. Catherine Deneuve usou o termo arrepiada com a ideia de que as denúncias que se sucederam no caso do produtor cinematográfico Weinstein suscitassem uma onda de puritanismo: a "caça às bruxas" ditaria o fim da liberdade sexual, dizia. Para esta existir o direito de importunar é necessário, assim como a liberdade para seduzir. Basicamente o que estava a contecer era que os homens estavam a ser punidos, escorraçados dos seus empregos, por terem tocado o joelho de uma mulher ou tentado roubar um beijo. Homens arrastados pela lam

O outro lado dos homens

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Muito antes de Manuel Alberto Valente andar nas bocas do mundo em virtude da denúncia da jornalista Joana Emídio Marques, publicaram na secção de Livros/Cultura do Expresso, no mês de Março, um texto saído do seu punho. Para mim, o agora cronista do Expresso, era o editor que traduziu o inesquecível Quino, ligado à Porto Editora, casado com a escritora Maria Rosário Pedreira, editora na Leya, que escreveu livros infanto-juvenis e letras de canções, que escreve em Horas extraordinárias, um blogue por onde passo de vez em quando, entre outras. Tenho um respeito considerável por quem edita livros, é um trabalho que exige um perfil complexo, que apela à sensibilidade, ao bom senso, que exige cultura, postura negocial, idealismo, visão. Enfim, tenho apreço por quem procura fazer livros porque gosto de ler e de livros, e sei que um bom editor pode fazer muito pelo escritor. Não que necessariamente transforme o seu livro num êxito mas, pelo menos, que o aprimore e o consiga chegar ao máximo

Se avistou uma ave exótica registe-a no IBISURVEY

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Descubra o que é o IBISurvey,  - Introduced Bird Interaction Survey - para que serve, que espécies procurar e como participar. Há 11 espécies de aves exóticas bem instaladas em Portugal para ajudar a registar neste novo projecto do Laboratório de Ornitologia da Universidade de Évora. Pode participar neste projecto, que começou em Abril de 2021, durante os próximos dois anos.  IBISurvey: Questionário sobre Interacções com Aves Introduzidas é um projecto de ciência cidadã da Universidade de Évora com o principal objectivo de aferir o impacto ambiental, social e económico das aves introduzidas nos países Europeus. Encorajamos os cidadãos a reportar interacções de aves introduzidas com outros animais, plantas e humanos. A sua colaboração é essencial para identificarmos que espécies de aves introduzidas se estão a tornar invasoras e melhor aferirmos os seus impactos. 1. Viu uma ave introduzida em estado selvagem?  2. Que tipo de comportamentos observou? As aves apresentavam comportamento re

O assédio no espaço público e em contexto laboral

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A primeira forma de assédio sexual que a mulher conhece é o assédio na rua.  Ou no autocarro. Ou no metro. Quem nunca foi assediada no espaço público que se chegue à frente. Sem exageros fundamentalistas, sem querer fazer de toda a mulher vítima, quem nunca? Começa à porta das escolas, ao passar junto de prédios em obras, ou junto de cafés,  esplanadas, ou em qualquer lugar. Homens mais ou menos novos, maduros, velhos, sós, aos pares ou em grupo, desconhecidos, fazem disso o seu passatempo, importunando desde jovens a mulheres feitas. Todas crescemos a suportar olhares insistentes que incomodam, a ouvir assobios e comentários sexualizados, algumas a responder, a maioria a fingir que não era com elas, - "mulher séria não tem ouvidos" - também, mas não só, porque nos ensinaram que os homens são mesmo assim, ou que dar troco pode ser pior. Nunca demos autorização a esses homens para nos enxovalhar, nem sequer tácita, mas eles sempre acharam que podiam. Não viam onde estava o des