Diz-me o que te irrita. Dir-te-ei quem és.

Diz-me o que te irrita. Dir-te-ei quem és. Olha, Jung, não me irrito facilmente, mas, admito, o convívio à mesa é um momento sensível. E tu, que me estás a ler e não sabes a razão pela qual não voltámos ao Chinês, não, não é porque não és inteligente. O princípio e o fim de uma qualquer coisa pode ter vindo numa garfada e partido na outra. Se pudesse adivinhar, teria sugerido um almoço volante mesmo que a ausência de mesa não resolvesse tudo. Mas quem vê caras, não vê irritações. Não sei, Jung, não sei em que é que estas irritações à mesa me ajudam a entender-me melhor. Mas até tu tens de concordar que comer com a boca aberta, oferecendo-nos o espectáculo de ver a comida a rodar como a roupa no óculo da máquina de lavar roupa não é bonito. Ou falar com a boca cheia, ou ousar ainda uma subtileza, a de arrumar a comida semi-mastigada não sei aonde, na bochecha ou debaixo da língua, dizer de sua justiça, e retomar a mastigação. Terminar levando o copo à boca com requinte. É como se a r