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"É preciso controlar a imigração."

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Há uma ideia que muitos — até pessoas bem-intencionadas — começam a repetir, sem nunca terem parado verdadeiramente para pensar nela: "É preciso controlar a imigração." É uma expressão que entrou na esfera pública como se fosse algo natural, como se fizesse sentido sequer. Mas... já a dissecámos? Já nos perguntámos o que realmente significa? Por definição, um imigrante é alguém que veio para Portugal porque o país precisa do seu trabalho. Vieram trabalhar, aceitaram salários baixos, enfrentam precariedade, habitação cara, processos legais intermináveis e, ainda assim, mantêm setores inteiros a funcionar — da agricultura aos cuidados de saúde. Então, o que quer dizer "controlar" essas pessoas? Significa o quê, exactamente? Impedir que venham? Criar mais obstáculos? Tornar-lhes a vida ainda mais difícil? Dizer, ao mesmo tempo, "precisamos do vosso trabalho", mas também "não queremos o vosso trabalho"? Se calhar confundem "controlar a imigraçã...

Bad Romance

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Oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh-oh Caught in a bad romance  

O PAÍS QUE ESTAVA ESCRITO - Miguel Carvalho

  O PAÍS QUE ESTAVA ESCRITO Por estes dias, falei para o El País (Espanha) e o para o De Standaard (Bélgica). Antecipei, de certo modo, o cenário destas eleições. Não me entendam mal: não sou visionário nem li nas cartas. Mas ando há quase cinco anos a acompanhar o eleitorado do Chega, a segui-lo, a falar com ele em todo o País, e talvez isso valha alguma coisa. Por isso, não é surpresa para mim o que aconteceu. Quem me conhece e me atura amiúde a falar sobre estes temas, em privado ou em público, sabe. Não, não existem 22 ou 23 por cento de "fascistas", tirem isso da ideia. Sim, há por ali muitos saudosos do antigamente, há racistas e outra gente, da elite financeira à arraia-miúda, muito pouco recomendável, a vários níveis. Mas que não se tome a parte pelo todo. Passei horas, muitas horas com largas dezenas de militantes e eleitores do Chega e muitos deles talvez queiram, apenas, ser ouvidos ou não serem esquecidos ou atropelados por sucessivas governações. Confundem tudo? ...

AI is coming for your jobs

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25 de Abril, sempre!

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How to be a bad bird watcher

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  "Look out of the window. See a bird. Enjoy it. Congratulations. You are now a bad birdwatcher. Anyone who has ever gazed up at the sky or stared out of the window knows something about birds. In this funny, inspiring, eye-opening book, Simon Barnes paints a riveting picture of how bird-watching has framed his life and can help us all better understand our place on this planet. How to be a bad birdwatcher shows why birdwatching is not the preserve of twitchers, but one of the simplest, cheapest and most rewarding pastimes.! QUERO!!

Robert McGinnis - 1926-2025

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Today is april's fool day

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Terra estrangeira, de Walter Salles, foi Grande Prémio no Festival de Cinema da Figueira

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  "Quando mais o tempo passa, mais eu me sinto estrangeira."  Em 1996, o filme Terra estrangeira , filmado entre Brasil e Portugal, recebeu o Grande Prémio do Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz, na sua 25ª edição. Nessa época eu, que nunca tinha sido fã do fenómeno "telenovela", com exceção de "Gabriela", comecei a descobrir o cinema brasileiro justamente com Walter Salles. Ao longo das edições do festival vi muito cinema, ficção, documental, curtas, de diversos países, que não entrava no circuito comercial. Alguns não eram excecionais, alguns não eram legendados, nem tudo era fácil ou perfeito no "escurinho" das salas do Casino, mas era uma semana de cinema diferente, de descoberta que me deixou muitas saudades. É curioso constatar que muitos dos nomes que passaram por ali viriam a ser grandes na sua arte. O fim deste Festival deixou o meu Setembro mais vazio, meu e de muitos cinéfilos. E, não, ainda não vi o filme de que tanto...

A vida são dois dias, o Carnaval são três, a ressaca dura um mês

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A exposição dos nossos dados pessoais no dia a dia

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Ricardo Garcia, jornalista, escreveu uma crónica sobre este tema no site da Fundação, a que acedi via Facebook. O texto é longo, apesar de bem escrito, então eu fiz um resumo muito mais simples, apenas para não me esquecer desta situação e também para alertar os incautos. É, de facto, ridículo, quando por vezes nos apercebemos que o nosso número de telemóvel foi apropriado por alguma empresa e ali estamos a atender a chamada de alguém incumbido de nos apresentar uma proposta comercial. Por vezes falta-nos, ou a mim, falta-me, alguma calma para reagir delicadamente com essa pessoa que é a última a ter culpa do sucedido, regra geral um operador a quem foi passada uma tarefa. Sobre este tema é bom conhecer o Regulamento Geral de Proteção de Dados . O RGPD, é um diploma Europeu (EU 2016/679) que determina as regras relativas à proteção, ao tratamento e à livre circulação dos dados pessoais das pessoas nos países da União Europeia. No mundo digital em que vivemos, os nossos dados pessoais s...

Caçar pleonasmos

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Tem sido um dos meus desportos favoritos: caçar pleonasmos.  Fiquem atentos e divirtam-se.  Nunca se falou tão mal. Duvidam?  Testem. Isto é apenas a pontita do icebergue.  

Ontem. Dia dos Namorados. Quente.

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A revolução da inteligência artificial: triunfo do bem ou do mal?

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A Inteligência Artificial (IA) é uma das maiores inovações tecnológicas do século XXI, ilustrando a capacidade humana de transformar conhecimento em poder. No entanto, a sua ascensão divide opiniões: será a IA uma aliada indispensável no progresso da humanidade ou uma ameaça ao equilíbrio social e ético? Ao longo das últimas décadas, a IA evoluiu de um conceito futurista para uma força omnipresente, integrando setores tão diversos como saúde, educação, arte e segurança. Mas com essa evolução vieram questões críticas. Por um lado, a IA é vista como uma aliada transformadora, capaz de resolver problemas complexos e impulsionar inovações. Por outro, é criticada pela sua capacidade de amplificar desigualdades, comprometer a privacidade e ameaçar postos de trabalho. Este artigo propõe uma análise equilibrada, explorando como a IA pode ser uma oportunidade sem precedentes e, ao mesmo tempo, um desafio ético que exige atenção global. Os primórdios da IA remontam aos anos 50, quando Alan Turin...

Jiaozi (Bolinhos Chineses) para festejar o Ano Novo Chinês

Ingredientes para a massa: 2 xícaras de farinha de trigo 1/2 xícara de água (ajuste conforme necessário) Uma pitada de sal Ingredientes para o recheio: 200g de carne moída (porco, frango ou carne bovina) 1 xícara de repolho finamente picado 2 cebolinhas verdes picadas 1 colher de sopa de gengibre picado 1 dente de alho picado 1 colher de sopa de molho de soja 1 colher de chá de óleo de gergelim Sal e pimenta a gosto Modo de preparo: Prepare a massa: Em uma tigela, misture a farinha e o sal. Adicione água aos poucos, mexendo até formar uma massa homogênea. Sove a massa por 5-10 minutos até ficar lisa. Cubra com um pano e deixe descansar por 30 minutos. Prepare o recheio: Em uma tigela, misture a carne moída, o repolho, as cebolinhas, o gengibre, o alho, o molho de soja, o óleo de gergelim, o sal e a pimenta. Mexa bem até obter uma mistura uniforme. Modele os bolinhos: Abra a massa em uma superfície enfarinhada e corte círculos de cerca de 8 cm de diâmetro. Coloque uma colher de chá de ...

Deepseek - The cheat sheet

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DeepSeek é uma empresa chinesa de inteligência artificial, fundada em 2023 por Liang Wenfeng, com sede em Hangzhou, Zhejiang. A empresa desenvolve modelos de linguagem de grande escala (LLM) de código aberto e é financiada exclusivamente pelo fundo de hedge chinês High-Flyer. Recentemente, o seu modelo de IA, o DeepSeek-R1, tem sido destaque nas notícias por superar modelos ocidentais como o ChatGPT. Lançado em 10 de janeiro de 2025, o DeepSeek-R1 rapidamente se tornou a aplicação gratuita mais descarregada na App Store da Apple nos Estados Unidos, ultrapassando o ChatGPT. Este feito é notável, especialmente considerando que o DeepSeek-R1 foi desenvolvido com um orçamento significativamente menor, estimado em 6 milhões de dólares, em contraste com os 100 milhões de dólares gastos no desenvolvimento do GPT-4 da OpenAI em 2023. A ascensão do DeepSeek-R1 gerou preocupações no setor tecnológico ocidental, levando a uma queda nas ações de empresas como a Nvidia. A eficiência e o baixo cust...

PASSAGEM DO ANO - Carlos Drummond de Andrade

O último dia do ano não é o último dia do tempo. Outros dias virão e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida. Beijarás bocas, rasgarás papéis, farás viagens e tantas celebrações de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral, que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor, os irreparáveis uivos do lobo, na solidão.   O último dia do tempo não é o último dia de tudo. Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens. Um homem e seu contrário, uma mulher e seu pé, um corpo e sua memória, um olho e seu brilho, uma voz e seu eco, e quem sabe até se Deus…   Recebe com simplicidade este presente do acaso. Mereceste viver mais um ano. Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos. Teu pai morreu, teu avô também. Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte, mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo, e de copo na mão esperas amanhecer.   O recurso de se embriagar. O recurso da dança e do grito, o recurso...

Too much Champagne is just right.

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Haverá uma beleza que nos salve?

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Não, não há uma beleza que nos salve. Só a bondade nos salva. E a bondade manifesta-se, por vezes, no meio da maior fealdade. Explico-me. Uma pessoa capaz de actos de bondade, uma pessoa com bom coração, pode ter uma cara que é considerada feia, pode vestir-se de uma maneira que é considerada pirosa, pode ter tido notas medíocres, pode ser um artista medíocre. Quando visitamos um museu com obras belíssimas, como o Louvre ou o Prado, podemo-nos esquecer de que as pessoas, os visitantes e os funcionários que estão lá connosco, são obras mais belas do que as mais belas obras expostas que andamos a ver. Um artista torturado pela beleza que consegue, ou que não consegue, dar ao que pinta e que se autodestrói está equivocado. Seria preferível deixar de pintar ou pintar obras medíocres. Como dizia o meu avô materno, que era médico, “mais vale burro vivo do que sábio morto”. Se a busca da beleza nos impede de viver, então há é uma beleza que nos perde. E há. Penso que não nos devemos enganar ...

Giséle Pelicot - Personalidade do ano

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