E eis que 2020 se está a tornar o ano do polvo e não mais do Rato. Depois da estreia do filme My octopus teacher toda a gente tuita e posta acerca de um extraordinário polvo. Muitos estão a descobrir o cefalópode nos ecrãs e não apenas no prato. Uns riram com ele e outros sentiram até o mar salgado subir-lhe aos olhos. Agora juram não voltar a comer polvo. Hoje as televisões assemelham-se a mesas e é também à sua volta que se juntam os convivas não para degustar um polvo à lagareiro mas, no caso do Professor, para devorar as pulposas imagens da vida marinha que uma equipa colheu pacientemente ao longo de um ano e depois editou. Vem de longe a minha admiração por quem trabalha para nos dar a conhecer a Natureza: foi com Félix de la Fuente, um pioneiro nesse campo, nos anos 70, numa pequena TV a preto e branco, que comecei a aprender que "não estamos sós". Hoje quando se aliam os meios técnicos, muito superiores aos de então, ao poder de uma história bem contada, os resultados...