My octopus teacher. O ano de 2020 está-se a tornar o Ano do Polvo!


E eis que 2020 se está a tornar o ano do polvo e não mais do Rato. Depois da estreia do filme My octopus teacher toda a gente tuita e posta acerca de um extraordinário polvo. Muitos estão a descobrir o cefalópode nos ecrãs e não apenas no prato. Uns riram com ele e outros sentiram até o mar salgado subir-lhe aos olhos. Agora juram não voltar a comer polvo. Hoje as televisões assemelham-se a mesas e é também à sua volta que se juntam os convivas não para degustar um polvo à lagareiro mas, no caso do Professor, para devorar as pulposas imagens da vida marinha que uma equipa colheu pacientemente ao longo de um ano e depois editou. Vem de longe a minha admiração por quem trabalha para nos dar a conhecer a Natureza: foi com Félix de la Fuente, um pioneiro nesse campo, nos anos 70, numa pequena TV a preto e branco, que comecei a aprender que "não estamos sós". Hoje quando se aliam os meios técnicos, muito superiores aos de então, ao poder de uma história bem contada, os resultados são fascinantes. O ensinamento do Professor Polvo, é o de que nós, os senhores do mundo construído, não somos meros visitantes do mundo natural, nós pertencemos também a esse mundo, a essas florestas de algas (kelp) que existem nas águas frias e pouco profundas dos oceanos, populadas por centenas de seres únicos. Será, no entanto, utópico imaginar que todo o ser humano necessite de um encontro imediato com um animal "especial" para lhe reconhecer talentos, capacidades ou até inteligência. No entanto, pela quantidade de vezes que já me falaram do polvo da Netflix, creio que as televisões (agora tão mais espertas que nos anos 70!) podem dar uma mãozinha (um tentáculo?) ao processo. Aqui vos deixo um delicioso amuse-bouche protagonizado por um polvo menos famoso mas igualmente aventureiro! Degustem sem moderação.

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