O espectáculo das influenciadoras
Durante grande parte da minha vida as coisas eram claras: existia a publicidade. Era feita por pessoas que davam a cara e o corpo - ou, melhor, que os vendiam - mas que se limitavam a ser veículo de uma mensagem que gera impacto, não necessariamente conhecendo sequer sobre o que publicitavam, ou não lhe exigindo isso, nós. Coisa diferente eram os "fazedores de opinião", gente oriunda das mais diversas áreas, figuras públicas, com legitimidade e real capacidade para mobilizar o nosso pensamento, e por vezes a nossa acção, por via da opinião que veiculavam através de meios de difusão com certo alcance, os jornais ou a TV. Entre as figuras mais públicas, os artistas sempre ocuparam um lugar à parte na arte da influência ditando tendências e fazendo moda. As criaturas outras eram todas satélites mais ou menos pardos destas estrelas e raras vezes conseguiam que a sua opinião fizesse escola, quanto mais fosse sequer difundida a terceiros. Com a popularidade crescente das red...