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A mostrar mensagens de junho, 2018

Bombeiro de Ponte de Lima remove gato de árvore à mangueirada

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Chamam os bombeiros para retirar um gato que queria ser pássaro, como muitos, do topo de uma árvore. Leio que o gato já tinha sido removido por diversas vezes pelo mesmo método, sendo que o bombeiro usa uma mangueira de pressão para assustar o animal e o fazer descer pelos seus próprios meios. Desta vez o gato assustou-se e caíu no chão. O bombeiro levou o gato para o quartel e o animal foi visto por um veterinário. O animal sobreviveu à queda, tanto quanto me foi possível apurar. Parece ter sido adoptado. Decorre um inquérito. O gato sabe relaxar o corpo e orientá-lo gravitacionalmente em direcção ao solo durante uma queda. Se a queda for de uma altura considerável, haverá espaço para se dar a rotação e as patas do animal amortecem o embate no contacto com o solo. Se estiver tenso, as coisas podem não correr tão bem. É frequente o trauma toráxico, a fratura do maxilar, mandíbula e face. Todavia, também é frequente a recuperação das lesões sofridas por esta forma na maioria dos f

Mihajlovic não acha que as mulheres devam ter opinião no futebol

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Faz-me rir, este tipo. A verdade é que não faltam melhores temas de conversa para opinarmos, por isso não vale a pena dar relevo a tolices de um gajo do futebol. Além do mais, e a ser verdade que não tem simpatia por opiniões de mulheres, eu também não a tenho por opiniões de gajos da bola: estamos empatados. Não faltam centenas de outras personagens que me são bem mais atraentes, até desportistas e igualmente oriundos da Sérvia, como o tenista Novak Djokovic, ou artistas, como o cineasta Kusturica. Mas a quem vive a bola como se fosse uma cegueira, melhor que culpá-lo, abatido por manchetes-tiro que são disparadas sempre que o nome Mihajlovic está em jogo, ou desculpá-lo por amor à camisola, talvez seja bom tentar perceber o novo treinador do Sporting. Mas ressalvo que até eu, 90% do tempo alheia à bola, me lembro de episódios pouco desportivos no relvado e de uma aura polémica em seu torno. Estudar este ciganão da bola como se num laboratório, é o que eu faria, mais vale prevenir;

Os ladrões armados de Kodaks e smartphones

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Quem sai da estação de S. Bento, em pleno centro do Porto, olha à direita e encara com a barroca igreja de Stº António dos Congregados. Foi assim que a descobri há muitos anos. O fantástico azul e branco da sua fachada, capaz de resgatar qualquer um aos dias mais cinzentos, está hoje coberto por uma tela esverdeada. Compreende-se mas não se perdoa que se explore a vantagem publicitária enquanto se restaura a esplêndida fachada de azulejos. Rebusco na memória por essa imagem para que me salve deste Junho invernoso enquanto subo a caminho dos Aliados. Alcanço-a. A porta fecha-se atrás de mim e é o silêncio. Em criança as igrejas eram-me ingratas. Entrava arrastada pela mão materna, chorosa. Era outra dimensão. As paredes sem fim, os tectos sempre tão longínquos, as estátuas emprateleiradas em transes diversos, os relevos lavrados a ouro, os bancos austeros alinhados, o cheiro a círios; tudo aquilo me era horroroso, quase medonho. O medo dissipou-se um dia mas a fé nunca preencheu

Bourdain. Não há mais histórias para degustar neste menu.

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Bourdain. Um dos poucos que me levava a ligar a TV. Não li nada sobre a sua morte. Quando me disseram ao telefone, estranhamente quase como se ele fosse da minha família, eu apenas exclamei: o Bourdain. Mas que caralho. E mudei de assunto. Porque há momentos que não queremos ver estragados e podemos. Mas coisas há que custam a engolir mesmo quando parece que nada têm a ver connosco. E de repente um estranho de chapéu que puxava uma mala de viagem na 1º de Janeiro era mesmo parecido com o Bourdain. E no restaurante, sem que eu tivesse conseguido evitar, acaba-se a falar do chef, que também esteve ali, no Porto. Afinal a palavra serve para homenagear, para fazer a paz com o facto. Não li nada e não vou ler. Vou fingir que nem soube, é o que é. Comecei a escrever aqui e só pensava: que caralho, o Bourdain. Acabou-se a nossa deliciosa viagem pela gastronomia mas também pelos lugares, os comuns e os exóticos, e sobretudo pelas pessoas do perto e do mais longe. Não há mais histórias para d