A fava - Um poema de Vasco Graça Moura
Espero que me calhe aquela fava
que é costume meter no bolo-rei:
quer dizer que o comi, que o partilhei
no natal com quem mais o partilhava
numa ordem das coisas cuja lei
de afectos e memória em nós se grava
nalgum lugar da alma e que destrava
tanta coisa sumida que, bem sei,
pela sua presença cristaliza
saudade e alegria em sons e brilhos,
sabores, cores, luzes, estribilhos...
e até por quem nos falta então se irisa
na mais pobre semente a intensa dança
de tempo adulto e tempo de criança.
Desejo um FELIZ NATAL a todos os meus amigos e seguidores
E mais algumas árvores de Natal!
Decorações de Natal:
E só mais esta: a árvore pós-Natal:
Comentários