Três razões e meia para ver a série Watchmen!


"In an era of stress and anxiety, when the present seems unstable and the future unlikely, the natural response is to retreat and withdraw from reality, taking recourse either in fantasies of the future or in modified visions of a half-imagined past."
― Alan Moore, Watchmen

Damon Lindelof. Ficou conhecido como um dos criadores de Lost. Em 2004, creio, é claro que via Lost, embora sem regularidade, e sempre me senti um pouco... perdida. Foi um marco na televisão porque audiências habituadas até aí a narrativas lineares se depararam com situações temporais que envolviam o passado das pessoas sobreviventes à queda do avião, o presente conflituoso na ilha, o futuro, e universos paralelos, além personagens e acontecimentos enigmáticos. Vi o primeiro episódio e vi o último, e, estranhamente, ainda me recordo relativamente bem de um e de outro.  O que entretanto se passou é a  modos que um túnel ou uma núvem de fumo negro. Devem ter sido mais de 100 episódios, várias temporadas. Eu não era fiel. O tempo passou. Vi The Leftovers, uma sugestão do Luis Rainha. Apenas a primeira temporada. Gostei bastante. Ele disse-me que visse a 2ª temporada também, que valia a pena. Mas eu escolhi antes ver Watchmen. Em comum temos um nome: Damon Lindelof, o homem que pensa e escreve estas histórias.

Gostava de vos convencer que esta série, Watchmen, mas não acredito que tenho talenta para isso. Quer nesta quer em The Leftovers, as personagens sofrem perdas diversas e traumas, têm de aprender a lidar com as consequências, a dor, a impotência,  a raiva, seja porque os seus familiares desapareceram misteriosamente, (The Leftovers) ou porque sofreram violência (racial, uma catastrófe, uma humilhação) ou porque são também herdeiras de um passado de violência onde o trauma faz parte da herança. Nos dois primeiros episódios de Watchmen eu também me senti perdida, e nem sabia quanto.  Mas tudo acabou por ser explicado, todos os mistérios, tudo se encaixa até ao derradeiro episódio final como as peças de um relógio, a história das personagens é explicada sem sobrecarregar o desenvolvimento da narrativa ...e é incrível. É sobretudo incrível que uma série repleta de fantasia, uma que envolve vigilantes mascarados, centrifugadoras quânticas, canhões tacónicos, gaiolas de lítio, comprimidos de memórias, clones e outros delírios, tenha partido de um facto histórico tão brutal e trágico e conseguido explorá-lo, e com tamanha audácia e dignidade, para nos levar a refletir sobre o ódio racial, a ameaça supremacista, a brutalidade policial, ou o trauma. E sem nunca se esquecer que é um espectáculo de entretenimento formidável. Watchmen é uma história sobre o ódio, uma história de amor,  é sobretudo uma denúncia de um passado criminoso que foi muitos enterraram vivo e que ainda sangra.

Conhecer importantes factos da história dos afro-americanos 

A série Watchmen abre com a recriação do massacre de Tulsa, que aconteceu naquela cidade em Junho de 1921, entre 31 de Maio e 1 de Junho. Não sabendo desse facto julguei tratar-se de ficção. Quando acabei de ver a série fui até ao Google aprofundar alguma coisa e foi quando descobri que tinha sido real. E que muitos americanos até se envergonham de ter tomado conhecimento do sucedido por essa via e apenas passados quase 100 anos. 

É somente em 2001 num relatório elaborado sobre o que se passou em Tulsa, resultado do estudo realizado por uma Comissão, que se recomendam reparações a fazer aos sobreviventes e descendentes afro-americanos. Nas imagens da série descobri a recriação exacta de algumas cenas captadas em fotografia pois existem fotos que nos mostram a fúria que varreu Tulsa. Numa reportagem da CBS - "Tulsa 1921: An American Tragedy,"- uma entrevistada diz que parecia ter explodido ali uma bomba atómica. Crê-se ter sido o mais violento dos massacres perpetrados contra comunidades negras. Se vos parece um exagero, vejam a fotografia abaixo.

O que despoletou o massacre foi um episódio entre  dois jovens, um afro-americano  de 19 anos, e uma rapariga branca, de 17 anos, que operava um elevador num prédio. Ele só podia usar o WC no topo do edifício, os outros, mais acessíveis, eram destinados a brancos. Terá entrado, tropeçado e batido nela. Ela gritou e ele fugiu, com medo. Alguém chamou a polícia. É preso mais tarde e levado para a prisão. Os jornais insinuam que deve haver um linchamento. Soldados negros veteranos da IGG vêm para o tribunal, para o proteger. Um branco tenta desarmar um deles, a arma dispara e atinge alguém na rua. A partir daí é uma bola de neve.  Em 18 horas, uma multidão de brancos enraivecidos matou e destruiu uma comunidade que tinha virado a segregação a seu favor e tornado a área, no distrito de Greenwood, num caso de sucesso económico tão grande que era conhecida como a Black Wall Street. Eram gente instruida, apreciadora das artes, industriosa, cujo êxito  causava inveja e temor. A vizinhança sabia que a educação e a riqueza fariam  questionar a segregação a que a comunidade estava sujeita.  Os brancos pilharam e destruiram recheios e com tochas incendiaram as casas e negócios em 35 quarteirões. Com espingardas e  metralhadoras mataram irracionalmente homens, mulheres e crianças. Os que não foram mortos foram reunidos, e escoltados, de braços no ar, até um centro onde ficaram detidos. Aviões largaram bombas de querosene ou terebintina sobre os quarteirões. A recriação desta barbáre  é até meiga comparada com resultado deste ataque:100 a 300 mortes, 1200 casas destruidas, igrejas, negócios, hotéis, escolas, biblioteca, o Williams Dreamland Theatre, 10.000 sem casa. Nos comentários ao vídeo da CBS havia quem dissesse tratar-se de "revisionismo histórico" ou de mentiras.

Este incidente de violência racial, que não foi caso único no território, foi escondido da opinião pública por anos e anos. As pessoas foram aconselhadas - ou coagidas - a remeter-se ao silêncio. O Verão conhecido como o "Red Summer" - período entre o Inverno e o Outono de 1919 - foi um tempo em que brancos atacaram negros em vários estados, por exemplo, no Arkansas, aqui com destruiçao e registo de 100 a 200 mortes contra 5 de brancos. Entre as causas apontadas para a violência racial está a mobilização para a 1ª GG  que originou a migração de afro-americanos que ocuparam os lugares vagos,  desde logo provocando  tensões várias. Posteriormente, a desmobilização originou competição laboral. Nenhum destes tumultos foi omitido da história local e nacional, como sucedeu com o massacre de Tulsa. 

Os sobreviventes da comunidade negra mais rica dos Estados Unidos do séc. XX ainda hoje sofrem o impacto daquela brutalidade despojados que foram os seus antepassados da sua riqueza, terras, negócios. A seguir ao massacre houve uma tentativa de empurrar a comunidade negra ainda mais para norte que os tribunais impediram. A comunidade resiliente ressurgiu das cinzas a das ruinas mas não com a anterior pujança e hoje apenas um quarteirão de negócios existe. Nos anos 70, mais um duro golpe, a zona foi cortada por vias rápidas, que obrigaram a expropriações e deixaram lotes de terreno vazios, sem qualquer consulta ou respeito pelos residentes. O desenvolvimento e a renovação urbana de Greenwood são essencialmente brancos e a comunidade negra luta para renascer, mais uma vez, e pelo direito à sua herança e história.



Apreciar como o universo Watchmen ganha relevância para o nosso tempo 

Watchmen é uma série da HBO, de 2019. São apenas 9 episódios de 50 minutos. A sua história tem lugar 34 anos após a original da autoria de Alan Moore - que também escreveu para personagens como o Super Homem e Batman - e que Dave Gibbons desenhou. Existem ligações à obra inicial mas não é necessário conhecê-la para assistir de froma satisfatória a série de Lindelof. Ele  expandiu a história e criou novas personagens - Sister Night, Red Scar, Pirate Jenny,  Looking Glass, Lube Man, etc -  e, tal como Moore fez, buscou sentido em eventos  históricos para obter relevância social e política para as suas motivações, e manteve o exame de jogos de poder. A sua escolha desagradou a bastantes fãs da obra original e aos que não reconheceram validade no protagonismo dado à questão racial e às consequências desse trauma para os afro-americanos, embora a série desenvolva as suas ideias de forma surpreendente, e com grande mestria narrativa. Outro tipo de trauma - questionando-se a dado momento, num grupo de apoio, se a dor pode ser herdada - surge através da personagem Looking Glass, um polícia que sobreviveu a uma enorme explosão em 1985 mas que passados 34 anos ainda sofre ansiedade e teme cada dia, ou mesmo na repulsa que Laurie Blake tem pela sua "família". 

Também encontramos algum humor e muita bizarria em Watchmen, por exemplo, quando vacas são apanhadas em fogo cruzado, ou um vilão catapulta clones para o espaço ou pesca embriões num lago, - trata-se de Ozymandias e no final até a sua excentricidade fará sentido - ou uma camera de filmar é um instrumento de manipulação e hipnotismo.  Uma crítica que me parece justa é a da violência presente, sobretudo para os afro-americanos. Todavia, independentemente da nossa cor de pele e dos nossos ancestrais, a violência com motivação racial deveria ser algo capaz de envergonhar a humanidade inteira, tal como os prodígios dos americanos na conquista espacial deveriam orgulhá-la, e nessa óptica a todos devia tocar o conteúdo de  algumas cenas mais viscerais da série.

Alan Moore é creditado por ter renovado os velhos heróis de banda desenhada, criando uma nova era para estas figuras, que agem como pessoas reais, sem poderes extra. A história original, considerada por muitos como a melhor jamais escrita sobre super-heróis, acontece num plano alternativo onde os EUA tinham ganho ao Vietname na guerra, Nixon sempre foi presidente e o medo de uma guerra nuclear era algo muito real. Um físico, Jon Osterman, sofre um acidente atómico que o transforma num semi-deus, mas o Governo americano chama-lhe Manhattan para que ele possa inspirar o terror do projecto da bomba atómica, com o mesmo nome. O Comediante, um vigilane mercenário,  é morto e os colegas vigilantes Rorschach, Night Owl e Laurie, investigam. Descobrem então o plano de  Adrian Veigt  - teletransportar uma lula gigante para Nova Iorque - para acabar com a ameaça de uma guerra nuclear que dizimará a humanidade, e a guerra fria, a eterna disputa entre EUA e URSS. Matar milhões será justificado para salvar biliões.

Um aparte, uma controversa opinião de Moore sobre os super-heróis, pode ser revisitada aquando do visionamento de Watchmen. Retirada de uma entrevista que ele deu a Raphael Sassaki, no jornal Folha de São Paulo, em 2017, Moore dizia que o impacto dos super-heróis na cultura popular é tremendamente embaraçoso e nem um pouco preocupante. Moore também considera o filme de Griffith de 1915, O Nascimento de uma Nação, como o primeiro filme de super-heróis americano. E explica que o lugar dos super-heróis na cultura pop contemporânea parece ser tentar manter o controle sobre o passado imperfeito, fixando-se em personagens principalmente brancos, criados principalmente por artistas brancos. The Birth of a Nation, que facilitou a implantação do Ku Klux Klan, segue na mesma linha, apresentando vigilantes da supremacia branca usando capas e máscaras para proteger suas identidades, agarrrados a um passado que deveria permanecer no passado. 

Se nunca viram este filme, aqui fica mais um aparte. A acção da primeira longa metragem norte-americana, O nascimento de uma nação, situa-se entre a Guerra da Sessessão e a Reconstrução subsequente. O filme de três horas de duração, acompanhado por uma orquestra de 40 elementos,  com muitos figurantes - empregou 18.000 pessoas, entre figurantes e actores de caras pintadas de negro, - e cenas de acção, contém, de facto, a semente dos épicos blockbusters actuais. É indubitavelmente um filme artístico, inovador em termos técnicos, que transformou o modo de fazer cinema, e lhe apontou o caminho do futuro, mas a sua narrativa inequivocamente racista serviu para atiçar ânimos contra os negros, caraterizados como preguiçosos, corruptos, ignorantes e predadores sexuais de mulheres brancas, e endeusar a Ku Klux Klan,  levando a tumultos em cidades.  Foi, tal como é mostrado em Watchmen, mostrado na Casa Branca, sendo atribuido ao Presidente Woodrow Wilson, um político celebrado como reformista mas que foi um segregacionista, o seguinte comentário: "It's like writing history with lightning. My only regret is that it is all so terribly true." A sua enorme popularidade ao tempo contribuiu para a expansão do KKK que, no filme, é creditada por salvar o Sul da abominação e da anarquia negra, glorificando a raça branca. Criado após a Guerra da Sessessão, que opôs o norte capitalista, "evoluido", industrial e liberal, ao sul agrário, "atrasado" e economicamente feudal em termos de hierarquias sociais, e puritano, o KKK era clube de veteranos da Confederação,  uma força da resistência sulista, que perseguia os escravos libertados, considerados uma ameaça, porque vingativos, e os seus protectores. Os sulistas proibiram os negros de participar em actos eleitorais, (o voto é um símbolo de cidadania) ser jurados em tribunais, carregar armas no espaço público, limitavam o acesso a certas profissões e trabalhos, com o aval do Presidente Jonhson. Novas eleições ditaram que o Congresso começasse a promover leis para a integação.  O KKK foi extinto por acção do Presidente Grant, mas reapareceu em 1915, perseguindo também outras minorias. Criticado por, a coberto de uma aparência de verdade, deturpar e História, tornou-se uma espécie de propaganda sobre como a subordinação da comunidade negra servia os interesses da justiça e da civilização. Birth of a nation  foi largamente usado pelo Ku Klux Klan para recrutar para as suas fileiras. Prisioneiro das suas raizes sulistas, talvez por isso incapaz de perceber as implicações do seu  filme, Griffith negou ser racista até morrer e ficou destroçado pelas críticas negativas: até ovos foram atirados às telas em alguns cinemas. De imediato os liberais do Norte e Sul se manifestaram negativamente, mais do que os afro-americanos pois em muitos teatros sulistas os negros não podiam entrar. Fruto dos protestos, o filme por vezes não era exibido e muitas cenas foram cortadas. O cineasta também fez um filme sobre o ataque do KKK a um branco rico que não queria aliar-se aos supremacistas.O romance em que ele baseou o argumento do filme - The Clansman - não deixa dúvidas quanto ao seu tom racista e a perspectiva que Griffith escolheu não dá grande margem para que o possamos entender como uma denúncia. Nas imagens finais do filme, os afro-americanos eram embarcados de volta para África, uma das cenas que foi cortada, o que traduz o que tantos racistas ainda hoje clamam: "Vai para a tua terra." 





A série de Lindelof situa os acontecimentos em Tulsa, no Oklahoma. E um derradeiro aparte: David Duke, o mais famoso supremacista  americano, antigo líder da Ku Klux Klan, que ofereceu apoio ao presidente Trump aquando da sua campanha eleitoral, apoio escandalosamente irrecusado, nasceu em Tulsa. Em 2019, nuns EUA alternativos, num tempo em que os habitantes de Tulsa já não temem o nuclear e antes uma nova catástrofe de origem alienígena semelhante à de Nova Iorque, que há 34 anos, - a que chamam o 2/11 - dizimara uns milhões de pessoas, uma que a queda de lulas do céu recorda periodicamente. Os vigilantes foram proscritos e o ser mais inteligente e poderoso que habitou a Terra, Manhattan, isolou-se em Marte. Ozymandias, dado como morto após um longo desaparecimento, afinal está algures exilado numa mansão, e uma misteriosa construção conhecida como o "Relógio do Milénio" ergue-se nos arredores da cidade, obra da trilionária vietnamita Lady Trieu. 

Um homem mata um polícia negro e desconfia-se que pertença à 7ª Cavalaria, um grupo de supremacistas que usa a máscara do antigo vigilante, Rorschach, e que se prepara para colocar em prática um plano sinistro. Três anos antes tinham atacado os polícias nas suas casas, na noite de Natal, no que ficou conhecido como "A noite branca". Os polícias que não morreram reformaram-se. Robert Redford é presidente há 28 anos, lançou uma série de medidas de reparação histórica às comunidades negras do país. Um senador ambicioso faz uma lei que ditou o uso de máscara para proteção da identidade dos polícias e alguns deles completam-na com fatos que fazem lembrar os "vigilantes" e inventam vidas paralelas para não serem descobertos. O xerife da cidade aparece enforcado e a suspeita é que tenha sido obra desses herdeiros na filosofia do Ku Klux Klan. Uma sarcástica agente do FBI, Laurie Blake, chega a Tulsa para ajudar na investigação. Uma esposa e mãe dedicada, a reformada polícia Angela Bar, tem uma pastelaria em obras permanentemente. Isso não passa de uma fachada. Ela é a Sister Night, uma polícia que, de máscara, abusa da força para obter informações e ao mesmo tempo libertar toda a raiva que sente desde a Noite Branca, quando foi alvejada. Após a morte do xerife, Angela embarca numa jornada pela verdade que irá levá-la à descoberta de si mesma, do seu passado, das suas raizes. 

Assistir a um prodígio na arte de bem contar histórias em televisão

O episódio dedicado a Will Reeves, avô de Angela, o sexto, é memorável a todos os níveis. O trabalho de filmagem, a linguagem visual deste episódio, o argumento, as interpretações, o sentido e respostas que ele aporta para a série, a perspectiva que foi escolhida, tudo concorre para um momento televisivo de grande qualidade e impacto emocional. 

Will, foi a criança que no primeiro episódio estava no teatro em Tulsa a ver o filme mudo onde um xerife negro aparecia a socorrer brancos e era festejado a dizer "trust in the law". A criança que sobreviveu ao massacre de Tulsa para se tornar polícia. Mas uma vez integrado na força policial do Departamento de Polícia de Nova Iorque é imdediatamente desrespeitado na sua função, impedido de fazer o que lhe competia, e perseguido pelos seus colegas por ser negro. Então ele conhece o ódio racial: regressa a casa com um nó corredio ao pescoço e um capuz nas mãos. Ficamos a perceber o que Laurie Blake, a agente do FBI, disse a Sister Night: há sofrimento por debaixo da máscara. Angela Bar ao tomar os comprimidos de Nostalgia revive as memórias do avô e é assim que vai perceber - e nós - como é que o passado se liga intimamente e explica o presente. Avô e neta estão unidos por laços familiares e também pelo mesmo sofrimento e pela mesma raiva. Afinal Hooded Justice não era um branco que queria ser um herói, como se contava no American Hero Story, um programa de TV dentro da série, que conta a história da formação dos Minutemen, a primeira equipa de heróis liderada pelo capitão Metropolis. Ele era um polícia negro que compreendeu que só o deixariam combater o crime escondendo a sua identidade: em vez do uniforme e distintivo policial, ele passou a usar uma máscara. Ele era um super-herói negro que se escondia sob uma máscara porque a América não aceitaria um negro com super-poderes. A máscara protege da dor, dizia Laurie Blake a Angela, a polícia que também tinha de  pintar a cara com tinta e usar uma máscara para fazer justiça. 

Ainda tem dúvidas sobre se Watchmen vale o seu tempo? Watchmen arrecadou 10 Emmy: isso deve significar alguma coisa. "Watchmen" foi notícia por ter obtido 26 nomeações e venceu nas categorias de Melhor Actor Secundário para Yahya Abdul-Mateen II (pelo papel de Cal Abar/Dr. Manhattan), Melhor Actriz para Regina King (como Angela Abar/Sister Night), Melhor Casting, Melhor Música e Melhor Argumento para Damon Lindelof e Cord Jefferson (pelo episódio que referi, This Extraordinary Being.) No lado técnico, arrecadou os prémios nas categorias de Melhor Mistura de Som, Melhor Edição, Melhores Figurinos de Fantasia/Sci-fi e Melhor Fotografia. Foi a primeira adaptação de banda desenhada a ganhar na categoria Melhor Série Limitada. 

Para leitura:

Peteypedia, autoria da personagem Dale Petey , agente do FBI e parceiro de Laurie Blake. Serve para saciar a curiosidade dos mais interessados no universo Watchmen.

Alan Moore World , um blogue para ler, aqui




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