Monumento a Yuri Gagarini no Museu de Arte Urbana do Taguspark
Este é um monumento em solo nacional. Está no MAU – Museu de Arte Urbana do Taguspark – Cidade do Conhecimento. Assinala o 60.º aniversário do primeiro voo espacial de um ser humano, é composta pelo busto do cosmonauta Yuri Gagarini ao lado do foguetão Vostok 1. Foi uma oferta da Fundação Internacional de Caridade “O Diálogo das Culturas – O Mundo Unido” e da Embaixada da Federação Russa em Portugal. O pedestal vermelho com o martelo industrial, a foice agrícola e a estrela comunista estão a provocar reacções muito desfavoráveis, além das dos Terraplanistas que detestam Gagarini, que deu a primeira volta à Terra e sobreviveu para dizer redondas maravilhas. Mas, e se fosse a bandeira dos EUA e o busto fosse o de Neil Armstrong? Esta era a bandeira da União Soviética na época do feito histórico. Depois disso ela foi substituída, tal como monumentos da época da federação foram removidos. Posteriormente, foi restaurada em alguns momentos, em nome da nostalgia e como símbolo de união do povo russo, aparecendo ao lado da oficial. A cosmonáutica foi sempre um tema apaixonante para mim e não me importa sob que bandeira as suas conquistas ocorreram porque as entendo como conquistas da Humanidade. Estranho, sem dúvida, termos ali um busto do Gagarini, em Oeiras! Eu preferia ir ao Museu de Cosmonáutica de Moscovo ver a cápsula espacial em que nos levou a todos ao impossível. Mas agora sempre posso ir a Oeiras fazer uma selfie! Aquela bandeira está certíssima seja porque a conquista do espaço era comandada pelo Partido Comunista como verdadeira operação militar, ou porque as viagens espaciais eram ao tempo uma verdadeira corrida espacial travada entre as potências russa e americana, enquanto o resto do mundo assistia. Estarem ali para nos lembrar isso é apenas História. Há muitos livros e filmes sobre Gagarini, primeiro homem a orbitar o nosso planeta. A sua história de sucesso merece ser conhecida. Só foi o primeiro porque quem mandava tinha tanto apreço pela vida humana como pela da Laika! Tudo correu bem e , infelizmente, Gagarini acabou por morrer durante um treino banal. Foi um herói para os russos, para o que contribuiu também o seu modo de ser expansivo, humilde e afável. Vi, há talvez um ano, um filme no Netflix, a primeira biografia cinematográfica autorizada pela família do cosmonauta: "Gagarin: O Primeiro No Espaço", de Pavel Parkhomenko. Não sei se ainda lá está, mas podem começar por aí, a não ser que prefiram aquela versão Extreme do Big Brother coreano chamada Squid Game.
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