Uma menina de 11 anos pode fazer a diferença?

 



A resposta é: sim. Toda a gente conhece Greta Thunberg. Foi a "pessoa do ano" para a revista Time de 2019. Em maio de 2018, aos 15 anos, Greta venceu um concurso de redacção sobre mudança climática num jornal local. Depois começou a protestar em frente do parlamento sueco, prometendo continuar até que o governo cumprisse a meta de emissões de carbono acordada pelos líderes mundiais em Paris, em 2015. Greta segurava uma placa que dizia "Greve Escolar pelo Clima". Começou a faltar regularmente às aulas para fazer greve às sextas-feiras e pediu aos alunos de todo o mundo que se juntassem a ela. Seus protestos nas redes sociais viralizaram e, à medida que o apoio à sua causa crescia, outras greves  estudantis foram anunciadas. Em Dezembro de 2018, mais de 20.000 alunos em todo o mundo juntaram-se a ela em países variados. Hoje Greta continua a pelejar pelo ambiente e outras causas.

Mas Greta não é a única jovem que um dia quis fazer a diferença. Muito menos conhecida, Olivia Bouler é hoje uma estudante de arte de Ling Island, Nova York, que ficou famosa por arrecadar mais de 200 mil dólares para os esforços da Audobon Society para preservar a vida selvagem da Costa do Golfo e limpá-la após o trágico derramamento de óleo de 2010.

Em 2010, Olivia tinha 10 anos quando percebeu pelas notícias que as aves daquela área tinham sido colocadas em perigo. Olívia tinha crescido em contacto com as aves, nutria grande carinho e interesse por elas, em especial por influência dos avós, que eram muito protectores do meio ambiente, e com quem passava as suas férias na costa do Golfo. Para ela, as aves desafiam as leis da física, esse é o seu maior fascínio, estando adaptados ao voo de maneria incrível. A 20 de Abril de 2010, quando a plataforma Deepwater Horizon, que era propriedade da empresa suíça Transocean e operada pela BP, explodiu e afundou, matando 11 funcionários, o petróleo começou a jorrar no mar. A explosão danificou o poço de Macondo, a cerca de 1,5 mil metros de profundidade. Durante os meses seguintes quase 5 milhões de barris de petróleo foram despejados no oceano, no que é considerado o maior derrame acidental de petróleo da história. O acidente horrível contaminou mais de 650 milhas do litoral do golfo. 


Perante uma tão grande calamidade, Olívia não desanimou. Apesar de ser tão jovem, Olivia queria ajudar. Como pinatva e desenhava, foi assim que encontrou uma forma de conseguir arrecadar dinheiro para a causa da Audobon Society. Escreveu uma carta para lá onde dizia que tinha 11 anos e estava disposta a ajudar. Por cada donativo feito à instituição ela pintaria uma cena da vida selvagem. Acabou por desenhar 500 desenhos originais ao longo de três meses!  


São essas pinturas de pássaros, algumas, além de fotografias e desenhos, que depois foram depois usadas no livro que escreveu,  Olivia's Birds, Saving the Gulf , e que contém factos sobre a vida das aves comuns e outras em vias de extinção, além de recapitular a sua campanha para as ajudar.

Uma leitura exta: Olivia Bouler Brings her Birding Inspiration to Cutchogue

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