A caçada da carriça: uma tradição irlandesa


Na Irlanda, havia uma tradição de caçar a carriça - a rainha de todas as aves -  no dia 26 de Dezembro, dia de Santo Estêvão.  Os rapazes  vestiam-se com fatos velhos cobertos de palha, tingiam as caras com pós de carvão e desfilavam com uma carriça morta pendurada num pau revestido com azevinho decorado com fitas. Dançavam, cantavam e tocavam pelas ruas, passando de casa em casa, juntando dinheiro para pagar o funeral do pássaro. Talvez seja esta a justificação para este antigo cartão de Natal.


Para os Celtas e Druidas, a carriça era sagrada e somente podia ser caçada em jeito de sacrifício num único dia. Porque punha muitos ovos era vista como um símbolo de fertilidade. As penas também conferiam proteção aos pescadores e às gentes em geral. Mas depois surgiu uma lenda conta que uma bruxa atraía os homens para a morte e que para escapar se teria transformado numa ave minúscula: a carriça. Foi punida com a obrigatoriedade de aparecer um dia por ano, altura em que era perseguida pelas árvores e morta. A carriça supostamente também traiu Santo Estêvão ao revelar a localização do seu esconderijo, resultando daí uma razão mais para a sua morte. A carriça traiu também os irlandeses quando lutaram contra a colonização de Cromwell, acordando os soldados quando os irlandeses estavam prestes a atacar.

Mas como é que ganhou o título real? As aves fizeram um concurso para decidir sobre o título e a águia entendeu que sendo o voo a habilidade maior das aves, seria esse o critério: quem voasse mais alto seria o rei. Possante, não teve dificuldade em sagrar-se vencedora. Mas eis que de dentro das duas penas voou a carriça, mais uns metros acima da sua cabeça, piando vitória. Pequena mas matreira, a carricinha!

The Wren In The Furze ( The Chieftains) 

The wren, oh the wren; he's the king of all birds,
On St. Stevens day he got caught in the furze,
So it's up with the kettle and it's down with the pan,
Won't you give us a penny for to bury the wren!

Chorus:

Hup-bup-biddley-dah, diddle-daddle diddle-dah,
Doo-dah diddley-dah di-diddley diddle-um!
Hup-bum, diddle-ah, diddley-daddle doodle-dah
Diddley-dah do biddle-bah, ba-dum daddle diddle-um!

Well it's Christmas time; that's why we're here,
Please be good enough to give us an ear,
For we'll sing and we'll dance if you give us a chance,
And we won't be comin' back for another whole year!

CHORUS

We'll play Kerry polkas; they're real hot stuff,
We'll play the Masons Apron and the Pinch of Snuff,
Jon Maronley's jig and the Donegal reel,
Music made to put a spring in your heel!

CHORUS

If there's a drink in the house, would it make itself known,
Before I sing a song called "The Banks of the Lowne",
And I'll drink with you with occasion in it,
For me, poor dry throat and I'll sing like a linnet!

CHORUS

Oh please give us something for the little birds wake,
A big lump of pudding or some Christmas cake,
A fist full o' goose and a hot cup o' tay (Tea),
And then we'll all be goin' on our way!


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