Quanto custa ter um cão e quais as suas necessidades essenciais
Documentos do cão
De que necessita um cão para ser feliz? Já pensou nisso? Precisa, em primeiro lugar, que compreenda as suas necessidades enquanto animal. Depois, precisa do seu tempo, do seu afecto, paciência e dinheiro. E talvez mais alguma coisa que não me ocorre agora. Em troca disso ganhará um amigo dedicado que o acompanhará por longos anos. É tentador, mas é exigente. Não se iluda.
O seu futuro cão significa despesa, variável, é certo, desde que nasce até que morre, com certeza que de acordo com as suas necessidades específicas, mas, também, certamente, de acordo com aquilo que poderá gastar com ele. Todavia, não deve tentar iludir este requisito dizendo-se a si mesmo que o dinheiro é secundário, que compensará a sua falta com dedicação, e que até os sem-abrigo têm cães. Se ler este texto poderá ver de que forma se gasta dinheiro com um animal de estimação. Não referi muitos dos preços pois existem variáveis envolvidas, importando sobretudo o tipo de animal e peso.
Na sequência da minha postagem sobre o Joaquim que vai comprar um cão em Janeiro, listei algumas indicações úteis para quem esteja a fazer planos de trazer um cãozinho para casa. Perante este desejo, existem duas vias. Uma é reunir informação sobre o assunto e só depois tomar a decisão. Outra, é ignorar todas as informações e trazer o cão, às cegas, fruto de um capricho ou paixão, seja para si ou para um seu familiar, embarcando assim numa aventura pelo desconhecido, que muitas vezes acaba por não correr bem. Ter o conhecimento não é, só por si, garantia, de que tudo irá ser satisfatório, mas é quase imprescindível para que tudo corra pelo melhor. Não quero com isto dizer que seja necessário tirar um "curso sobre cães" mas é de todo vantajoso e aconselhável obter informação relativa às implicações desse passo.
Uma coisa é certa: ou o dono domina o cão, ou o cão vai acabar por dominar o dono. Li isto muitas vezes e depois constatei na prática. E quando o cão começa a ser muito dono do seu focinho é quando começam os problemas. Para os evitar é preciso algum saber. Não é necessário dominar tudo sobre cães ao mesmo tempo. É algo que poderá fazer gradualmente, aprofundando e consolidando, à medida das necessidades que forem surgindo. Alguma dessa informação é mesmo de conhecimento obrigatório, por exemplo a que respeita a preceitos legais. Ah, mas as pessoas toda a vida tiveram cães e não era preciso nada disto, Belinha. Pois, só que a vida mudou, as pessoas mudaram, a maioria vive em blocos de apartamentos em cidades, não numa casinha na aldeia. Não vale a pena estar a comparar o cão que o avô tinha à porta de casa na aldeia com o cão que vamos ter no tapete, mesmo que da mesma raça.
(Esta lista não é exaustiva, é um pouco do que tenho aprendido, uma mera orientação que futuros donos de animais podem e devem aprofundar.)
0. Perfil pessoal e familiar - Estilo e ambiente de vida
Será sempre bom fazer um auto-exame e considerar o seu próprio carácter: vai necessitar quer de muita paciência mas também pulso firme, seja qual for o cão que escolher, em especial se ele for cachorro e precisar de se adaptar e aprender tudo. Também deverá ser capaz de estabelecer e honrar compromissos. O que sente em relação a isso?
Quando ao seu estilo de vida, considere se passa muito tempo fora de casa ou não, se vive só, ou não, se há crianças a viver consigo, ou idosos. É uma pessoa activa ou mais para o preguiçoso? Como é o ambiente para onde quer trazer o cão? Vive num apartamento ou numa moradia? No campo ou na cidade? Existem zonas verdes próximo? Ao ponderar estas questões será mais fácil perspectivar que tipo de cão será o ideal - ou aproximadamente o ideal - em função disso.
As diferentes raças de cães têm características e temperamentos diferentes. Ao comprar um cão de raça será previsível antecipar como se irá comportar, mas isso não é uma regra absoluta. Numa ninhada pode haver cães que serão adultos com temperamentos muito diferentes. O comportamento do cão também depende do treino e afecto que receber. A certeza é maior quando às características físicas do animal do que outro qualquer traço.
A incerteza quanto ao futuro não deverá ser um impedimento na adopção de um cão sem raça definida. Se isso for importante para si, ou se é a primeira vez que vai ter um cão, procure um cão adulto, pois ele já possui um temperamento/comportamento determinado que os seus protectores decerto conhecem e poderão informar. Alguns cães que estão nos abrigos foram ali entregues por donos que viajaram ou em caso do seu falecimento, sendo conhecidos os seus antecedentes. Procure em várias associações. No entanto, cães abandonados e ali recolhidos podem ter ficado traumatizados e apresentar necessidades de socialização extra para as quais um dono desprevenido não estará preparado. Daqui resultam devoluções de animais. A situação pode ser ultrapassada com treino persistente e paciente ou recurso a conselho profissional.
Existem cães mais enérgicos, mais adequados a quem tem um estilo de vida activa, e que espera a sua companhia numa corrida ou caminhada. Existem cães que convivem melhor com a ausência do dono, mais adequados para quem passe muito tempo ausente de casa. Um cão pequeno pode ser mais agitado do que um cão grande, ou seja, um cão grande até pode conviver melhor num espaço pequeno que um cãozito minúsculo que causa um enorme reboliço. Existem cães que precisam de fazer bastante exercício, ficando muito dependentes de espaços para correr e brincar ou de passeios mais longos. Quando existem crianças, pode ser indicado um cão mais forte - e de temperamento dócil - que resista às tropelias do que um mais frágil. Com idosos, pode ser indicado um cão mais tranquilo que enérgico, um cão adulto mais do que um filhote brincalhão. Uma família pode desejar mais do que um cão de companhia, pode também desejar que ele faça guarda à casa, etc.
1. Informação
O cão, em geral, e a raça específica, em particular - Legislação
A internet, só por si, está cheia de informação sobre cães, mas essa abundância pode desincentivar o leitor. Um site por onde pode começar é o site da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Deve conhecer a legislação aplicável. Por exemplo, em Junho do ano passado, as regras sobre identificação de animais foram alteradas. Existem regras quanto à convivência de cães e humanos em prédios urbanos, estabelecimentos comerciais, nas ruas, nos transportes, nas praias. Conhecê-las - e cumpri-las - evitará muitos transtornos.
Quanto a livros, basta escolher um manual sobre cães que cubra o essencial do conhecimento necessário. Um livro pode ser comprado, requisitado em bibliotecas ou até pedido emprestado. Existem muitos livros e torna-se difícil escolher. O melhor é ir a uma livraria e folhear alguns. Escolha o que lhe agradar mais. Há quem goste de livros mais ilustrados, há quem tenha mais paciência para descrições cuidadas. Li vários desses livros ao longo dos anos e alguma informação acaba por ser comum a todos.
À primeira leitura qualquer manual pode parecer até um pouco assustador, caso o assunto seja novidade. Mas não é motivo para desanimar. Com paciência e diligência tudo se consegue do animal, pelo menos, na maioria das vezes. Quando tal não sucede, resta obter ajuda de um profissional mas nada estará perdido. Depois, se por acaso optar por um cão de raça, também deverá aprofundar o conhecimento sobre essa raça em particular, para o que não faltam livros e sites.
Outra hipótese que deve considerar é falar com donos de animais, voluntários que trabalhem em associações e veterinários. Esclareça as suas dúvidas.
Nunca se esqueça que nem todas as pessoas gostam de animais e que mesmo aquelas que gostam deles não desejam ser envolvidas em problemas resultantes da sua incapacidade para estar à altura do exigido. Vou dar-lhe um exemplo. Passear o cão pela trela parece ser algo de difícil entendimento e cumprimento para alguns donos. Se o cão, por mais fofo, vem ter comigo e me suja toda com as patas e lama por não ter obedecido ao chamamento do dono, forçando-me a chegar ao trabalho com ar desmazelado, acha que ficarei contente? Ou, se o entusiasmo do cão, por mais inofensivo, me apavora, porque já fui mordida uma vez, acha que devo ser condescendente? Se tenho um cão territorial, na trela, e um dono leva o seu sem trela, e ele se aproxima do meu, sendo mordido, a culpa não é minha, que tenho o cão na trela. O dono está a proceder erradamente. Este tipo de comportamento é comum, gera momentos de aborrecimento de parte a parte, perfeitamente escusados. Os donos têm de entender que as regras existem por alguma razão (protecção do animal e de pessoas, inclusivé) e deixar-se de fazer a sua interpretação pessoal delas só porque discordam ou lhes é conveniente. Portanto, se quer ter um cão, uma das primeiras questões a fazer-se é se saberá ser responsável. A responsabilidade diz respeito quer a cuidados que deve ter com o seu animal quer à consideração devida a pessoas em geral. Note que um cão nunca tem culpa de não ter um dono à altura do que merece.
2. Registo e identificação do animal
O sistema de informação de animais de companhia (SIAC) é uma base de dados pública que agrega informação sobre os animais de estimação residentes no país, bem como sobre a sua titularidade, detenção, localização e condição de saúde. O seu objetivo principal de prevenir o abandono animal, promovendo uma detenção responsável.
O Decreto-Lei que lhe deu origem determina que a identificação passa a ser obrigatória por registo dos animais (cães, gatos e furões, outras espécies podem, no entanto, ser registadas de forma voluntária.) e marcação com microchip, sendo da inteira responsabilidade dos médicos veterinários e agentes autorizados. Deve ser realizada até 120 dias após o seu nascimento.
No caso de animais nascidos antes de 25 de outubro 2019:
– cães nascidos antes de 1 de julho de 2008 sem microchip, o prazo para o fazer é de 1 ano;
– gatos e furões nascidos antes de 25 de outubro, sem microchip, o prazo para o fazer é de 3 anos;
– animais (cães, gatos e furões) com microchip mas sem registo no SIAC, o prazo é de 1 ano.
Com este novo sistema, os tutores de animais de companhia deixam de ter de fazer o registo e pagamento de licença de registo nas juntas de freguesia, mas existem outras licenças que continuam em vigor, por exemplo, são obrigatórias as licenças para os cães potencialmente perigosos e perigosos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 315/2009.
O novo registo apenas é aplicável a animais que nunca tenham sido registados por médicos veterinários. Para animais que já se encontram registados no SIRA ou SICAFE, os dados são transferidos automaticamente para o SIAC, não sendo necessário proceder a outro registo. Para confirmar se o animal está regsitado, basta aceder a www.siac.vet/verificar-registo e inserir os 15 dígitos referentes ao microship.
Outros documentos dos animais são o Passaporte de Animal de Companhia, emitido pelo veterinário exigido quando viaje na União Europeia, e o Boletim Sanitário de Cães e Gatos. Estes documentos podem ser solicitados pelas autoridades em qualquer momento.
Em Portugal, a vacina da raiva (anti-rábica) é a única obrigatória. Esta deve ser administrada a partir dos 3 meses, e os cães têm de estar devidamente identificados no SIAC. Pode registar o animal e proceder à vacinação na mesma consulta. Normalmente o valor da vacina já inclui a consulta veterinária rondando entre os 20€ e os 30€.
Os cães podem ser vacinados a partir das 6 semanas de idade, contra duas das principais doenças que afectam os cachorros: esgana e parvovirose. A partir das 8 semanas de idade já podem ser vacinados contra a parainfluenza, hepatite infeciosa e leptospirose.
Esterilização
A medida de esterilização pode ser tomada a partir do momento em que o animal atinge a maturidade sexual, entre os 6 e os 10 meses. Nos machos, faz-se através da retirada dos testículos, enquanto que nas fêmeas retiram-se apenas os ovários (procedimento mais comum) ou também o útero. É essencial para o controlo da população mas também acarreta benefícios para a saúde dos animais, que o veterinário poderá esclarecer. A esterilização varia em função do peso e do género do animal, uma vez que a cirurgia para fêmeas é bastante mais complexa, obrigando a internamento e mais medicação. Para um cão com cerca de 20kg pode chegar aos 120€. Para fêmeas com o mesmo peso pode chegar aos 200€. Consulte vários veterinários e até associações de protecção animal para conseguir obter o melhor preço.
Saúde
Poder contar com aconselhamento veterinário é um grande benefício para o animal mas também para o dono, que pode ser esclarecido sobre muitas questões por este profissional. Todavia os preços dos serviços são elevados. No momento da escolha de um animal é fundamental saber algo sobre a saúde dos cães. É conveniente ler alguns livros, procurar informação na internet ou junto de pessoas que possuam animais da raça. Existem certas raças que apresentam predisposição para certas doenças. Um exemplo que conheci de perto: os shar pei necessitam de operações às pálpebras porque é normal apresentarem problemas. Outras raças como os Cocker Spaniel, São Bernardo, Mastim Napolitano e Bloodhound, também. De igual forma, também poderá querer informar-se acerca da longevidade previsível de uma raça.
É comum dizer que cães sem raça definida são por regra mais saudáveis. Não tenho uma opinião formada embora seja certo que muitas raças foram vítimas da endogamia - criadores inescrupulosos cruzaram os animais entre ninhada promovendo a hereditariedade de doenças - ou da manipulação das suas raças para potenciar certas características ( beleza) acabando por desencadear problemas de saúde que são hoje perfeitamente conhecidos.
Em média, uma consulta de rotina pode custar 25 euros e uma de urgência 50 euros. Quero aqui destacar um projecto em particular, o Hospital Veterinário Solidário SOS Animal (HVS) . Aí se financia parcialmente a assistência veterinária a animais tutorados por cidadãos com baixos rendimentos comprovados, ao abrigo do “Regulamento de Cidadão Carenciado”. Com as receitas provenientes de uns, ajudam os outros. A SOS Animal não tem capacidade para apoiar todas as situações. Aproveito para divulgar pois talvez o leitor queira ajudar. Aqui estão as possibilidades de o fazer.
4. Seguros
Responsabilidade Civil - Outros
Um seguro é uma boa aposta para garantir tranquilidade ao dono pois os imprevistos acontecem. Com fundamento em responsabilidade civil, o seguro garante o pagamento por danos patrimoniais e/ou não patrimoniais decorrentes de lesões corporais e/ou materiais causadas a terceiros pelo cão, que serão indemnizados até ao limite estabelecido por lei.
Além desse seguro, pode pagar-se para ter protecção noutras valências: Despesas Médicas e Medicamentosas Convencionadas - Acesso a Rede Convencionada e Prestadores de Serviços e Produtos Despesas Médicas e Medicamentosas em caso de Cirurgia por Acidentes - Despesas - Médicas e Medicamentosas em caso de Cirurgia por Doença - Furto ou Roubo - Desaparecimento Eutanásia e/ou Funeral - Guarda em Canil ou Gatil - Protecção Jurídica.
O prémio dos seguros para animais é influenciado pela idade (pode ser exigida mínima e máxima) e a raça (o nível de perigosidade). Apresento um exemplo.
O Decreto-Lei nº312/2003 de 17 de Dezembro estabelece as regras para a posse de animais potencialmente perigosos. Segundo o mesmo, o detentor deste tipo de animal fica obrigado a possuir um seguro de responsabilidade civil, com o capital mínimo de € 50.000; em relação ao seu animal.
São considerados cães potencialmente perigosos aqueles que, devido às características de espécie, comportamento agressivo, tamanho ou potência de mandíbula, possam causar lesão ou morte a pessoas ou outros animais. Mais especificamente: Cão de fila brasileiro, Dogue argentino, Pit bull terrier, Rottweiller, Staffordshire terrier americano, Staffordshire bull terrier e Tosa inu.
5. Alimentação
Ração - Snacks - Suplementos
Por vezes gastar mais dinheiro numa ração de qualidade pode fazer a diferença, ajudando a diminuir idas ao veterinário. Por exemplo, se tem um animal susceptível a problemas de pele, como o shar pei, a substituição da ração pode ser decisiva. Também deve evitar dar ração em excesso ou dar alimentação humana ao seu animal. Alguns dos nossos alimentos são tóxicos para o cão, por exemplo, o chocolate. Importa conhecê-los e evitá-los. A prevenção do excesso de peso é fundamental para evitar doenças. Para reduzir o peso de um animal terá depois de o forçar a dieta, usar ração especial, mais dispendiosa, e prolongar os passeios. Por tudo isto, importa prevenir.
O custo relativo à alimentação do seu cão varia em função da saúde, do peso e idade do animal, ou até de certos objectivos. Imagine que quer levar o animal a concurso. Uma boa ração tem grande influência na saúde mas também na beleza do animal, na sua pelagem. Outro caso, uma cadela esterilizada pode ter tendência a engordar. Se não puder fazer com ela todos os passeios aconselháveis, a opção por uma ração adequada pode prevenir que engorde e que fique mais sujeita a doenças por excesso de peso.
O mercado tem rações de variado tipo e por vezes não são os produtos mais publicitados que são os mais adequados. Certos snacks para cão, por exemplo, podem ser extremamente calóricos. Não serão ideais para um cão que tenha excesso de peso, mas poderão ser bons para um animal jovem e com metabolismo bem activo.
Um dos suplementos mais habituais na alimentação são os ácidos gordos essenciais, que tornam o pêlo mais brilhante e sedoso e são anti-inflamatórios, ajudando muito em problemas de pele. Nesta área o conhecimento de um veterinário prestável e interessado pode fazer toda a diferença.
6. Higiene e beleza
Escovagens, banhos, corte de unhas e tosquias
A higiene do cão é mais ou menos fundamental consoante o ambiente onde viva. Poderá não conseguir lidar com isto e ser forçado a levar o animal, sempre, a um profissional. Ou poderá fazer parte da manutenção em casa e levá-lo ocasionalmente a um profissional. Ou tratar do seu animal de estimação como um profissional! Em casa será a melhor opção pois o animal não vai estranhar. Mas, por vezes, isso será impossível.
A escovagem pode ser mais exigente ou menos consoante o tamanho, tipo de pelagem e temperamento do seu animal. Um cão pode ser escovado semanalmente para desembaraçar, eliminar pelo morto, e promover a secreção da película gordurosa protectora da pele, ou, de acordo com as suas características de pelo, diariamente. Vai precisar de um pente de dentes largos ou escova com pontas metálicas para escovar o pelo, quer seja curto, ( neste caso até pode usar uma luva de borracha) médio ou longo, mas sobretudo neste último caso, pois o pelo ganha nós e tem tendência a enredar-se. Aproveita-se a escovagem para ver se há parasitas ou pequenas feridas, que, lambidas, logo se tornarão maiores e mais difíceis de tratar.
Se o cão tiver pelo algo comprido vai ser bom usar uma escova-ancinho de dentes metálicos que elimina muito bem os pelos soltos e mortos. Esta escova não corta mas remove o pelo e assim espalha-se menos pelo pela casa. Precisará ainda de uma boa tesoura para lhe aparar o pelo, se conseguir fazê-lo.
Deveria escovar os dentes do seu cão todos os dias, tal como lava os seus, mas se isso não for possível, pelo menos 3-4 vezes pode semana. Use uma escova e pasta de dentes específicas para cães. Para habituar o cão/cachorro há que começar por utilizar o dedo para escovação em vez de uma escova. Outra opção é uma dedeira, caso não se sinta confiante em por o dedo na boca do animal sem protecção. Existem pastas de dentes com sabores agradáveis, que podem ser ingeridas, o que acaba por tornar a tarefa mais simples do que parece! Pode parecer um luxo, mas vai deixar de pensar assim quando o cão começar a desenvolver mau hálito impossível de ignorar, além das doenças das gengivas e dos dentes. Ao lamber-se o odor da boca passará para o pelo e dali para o ambiente. Poderá ser mais ou menos sensível a este odor, mas não é agradável.
Em casa não pode faltar um comedouro e um bebedouro. Aconselho a que adquiram um comedouro com relógio. Funcionam a pilhas. É muito bom quando se trabalha fora e não se consegue chegar a casa a horas certas. Assim o cão pode sempre alimentar-se à hora a que estava habituado. Também é útil nos casos em que o cão come bem cedo. Imaginem que ao fim de semana querem dormir um pouco mais! Também é útil colocar um tapete anti-derrapante no chão com o comedouro e bebedouro.
Existem muitas variedade de camas para cão, ou até de casotas. No inverno, quando está mais frio, os cães gostam de mantas e muitas vezes fazem uma espécie de ninhos com elas.
Uma grade de separação é a solução ideal para limitar o acesso a determinadas áreas da casa. Por exemplo, se quer impedir o acesso à cozinha, ou à sala, quando tem visitas, ou enquanto limpa, ou precisa de algum isolamento. Também pode ser útil vedar as grades da varanda quando a cabeça ou o corpo do cão é mais fino que o seu intervalo. Tive de o fazer porque a cadela atirava os brinquedos para a rua através deles!
Os cães gostam mesmo de brincar com brinquedos. Brincam sozinhos e trazem-nos os brinquedos, mesmo sem quase os ensinarmos, para brincarmos com eles. Podem ser baratos, como aquela corda entrançada, ou mais caros, como este peluche com som. Existem brinquedos de vários tipos e adequados a estimular certas aptidões dos animais. Terá de os lavar e substituir periodicamente.
Outros itens úteis, são o rolo tira-pelos de animais de estimação, um bom aliado para manter a sua roupa, mantas, almofadas, sofás sem pelos. Se se aborrece muito com pelo treine o seu cão para nunca subir para sofás ou camas. De outra forma, haverá pelo. Também há quem invista em acessórios específicos para o aspirador. O aspirador é imprescindível. Também não deve faltar um desinfectante para casas com animais de estimação sem lixívia nem amoníaco, um balde e esfregona.
Conte com um espaço próprio (baú, caixa plástica, pequeno armário, prateleiras em armário) para acondicionar todos os pertences do cão, medicação e sua documentação.
9. Pet-sitting, guarda ou hospedagem
Por fim, o que fazer quando temos de nos separar do animal por motivos de viagem seja em lazer seja em trabalho ou outra eventualidade? Nem todos temos um vizinho, ou amigo ou familiar disposto a ficar com o cão. Os donos confiam então as chaves de casa a um profissional que por um preço entre 7-10 euros, uma visita - com direito a tratar da comida, água e higiene e passeio, ou mesmo birncadeira, escovagem, envio de fotografias - ou duas visitas, - por exemplo, se for preciso dar medicação - se encarrega de cuidar do nosso amigo de quatro patas na nossa ausência. Outras vezes, os cães ficam à guarda do pet-sitter, em sua casa. Outra possibilidade é a da hospedagem na casa de um pet-sitter ou então num hotel canino, que usualmente dispõe de boxes para os animais.
Também poderá considerar o pet-walking, um serviço em que alguém vai passear o cão enquanto o dono trabalha ou está doente, ou de alguma forma impossibilitado de o fazer.
Na sequência da minha postagem sobre o Joaquim que vai comprar um cão em Janeiro, listei algumas indicações úteis para quem esteja a fazer planos de trazer um cãozinho para casa. Perante este desejo, existem duas vias. Uma é reunir informação sobre o assunto e só depois tomar a decisão. Outra, é ignorar todas as informações e trazer o cão, às cegas, fruto de um capricho ou paixão, seja para si ou para um seu familiar, embarcando assim numa aventura pelo desconhecido, que muitas vezes acaba por não correr bem. Ter o conhecimento não é, só por si, garantia, de que tudo irá ser satisfatório, mas é quase imprescindível para que tudo corra pelo melhor. Não quero com isto dizer que seja necessário tirar um "curso sobre cães" mas é de todo vantajoso e aconselhável obter informação relativa às implicações desse passo.
Uma coisa é certa: ou o dono domina o cão, ou o cão vai acabar por dominar o dono. Li isto muitas vezes e depois constatei na prática. E quando o cão começa a ser muito dono do seu focinho é quando começam os problemas. Para os evitar é preciso algum saber. Não é necessário dominar tudo sobre cães ao mesmo tempo. É algo que poderá fazer gradualmente, aprofundando e consolidando, à medida das necessidades que forem surgindo. Alguma dessa informação é mesmo de conhecimento obrigatório, por exemplo a que respeita a preceitos legais. Ah, mas as pessoas toda a vida tiveram cães e não era preciso nada disto, Belinha. Pois, só que a vida mudou, as pessoas mudaram, a maioria vive em blocos de apartamentos em cidades, não numa casinha na aldeia. Não vale a pena estar a comparar o cão que o avô tinha à porta de casa na aldeia com o cão que vamos ter no tapete, mesmo que da mesma raça.
(Esta lista não é exaustiva, é um pouco do que tenho aprendido, uma mera orientação que futuros donos de animais podem e devem aprofundar.)
0. Perfil pessoal e familiar - Estilo e ambiente de vida
Será sempre bom fazer um auto-exame e considerar o seu próprio carácter: vai necessitar quer de muita paciência mas também pulso firme, seja qual for o cão que escolher, em especial se ele for cachorro e precisar de se adaptar e aprender tudo. Também deverá ser capaz de estabelecer e honrar compromissos. O que sente em relação a isso?
Quando ao seu estilo de vida, considere se passa muito tempo fora de casa ou não, se vive só, ou não, se há crianças a viver consigo, ou idosos. É uma pessoa activa ou mais para o preguiçoso? Como é o ambiente para onde quer trazer o cão? Vive num apartamento ou numa moradia? No campo ou na cidade? Existem zonas verdes próximo? Ao ponderar estas questões será mais fácil perspectivar que tipo de cão será o ideal - ou aproximadamente o ideal - em função disso.
As diferentes raças de cães têm características e temperamentos diferentes. Ao comprar um cão de raça será previsível antecipar como se irá comportar, mas isso não é uma regra absoluta. Numa ninhada pode haver cães que serão adultos com temperamentos muito diferentes. O comportamento do cão também depende do treino e afecto que receber. A certeza é maior quando às características físicas do animal do que outro qualquer traço.
A incerteza quanto ao futuro não deverá ser um impedimento na adopção de um cão sem raça definida. Se isso for importante para si, ou se é a primeira vez que vai ter um cão, procure um cão adulto, pois ele já possui um temperamento/comportamento determinado que os seus protectores decerto conhecem e poderão informar. Alguns cães que estão nos abrigos foram ali entregues por donos que viajaram ou em caso do seu falecimento, sendo conhecidos os seus antecedentes. Procure em várias associações. No entanto, cães abandonados e ali recolhidos podem ter ficado traumatizados e apresentar necessidades de socialização extra para as quais um dono desprevenido não estará preparado. Daqui resultam devoluções de animais. A situação pode ser ultrapassada com treino persistente e paciente ou recurso a conselho profissional.
Existem cães mais enérgicos, mais adequados a quem tem um estilo de vida activa, e que espera a sua companhia numa corrida ou caminhada. Existem cães que convivem melhor com a ausência do dono, mais adequados para quem passe muito tempo ausente de casa. Um cão pequeno pode ser mais agitado do que um cão grande, ou seja, um cão grande até pode conviver melhor num espaço pequeno que um cãozito minúsculo que causa um enorme reboliço. Existem cães que precisam de fazer bastante exercício, ficando muito dependentes de espaços para correr e brincar ou de passeios mais longos. Quando existem crianças, pode ser indicado um cão mais forte - e de temperamento dócil - que resista às tropelias do que um mais frágil. Com idosos, pode ser indicado um cão mais tranquilo que enérgico, um cão adulto mais do que um filhote brincalhão. Uma família pode desejar mais do que um cão de companhia, pode também desejar que ele faça guarda à casa, etc.
1. Informação
O cão, em geral, e a raça específica, em particular - Legislação
A internet, só por si, está cheia de informação sobre cães, mas essa abundância pode desincentivar o leitor. Um site por onde pode começar é o site da Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Deve conhecer a legislação aplicável. Por exemplo, em Junho do ano passado, as regras sobre identificação de animais foram alteradas. Existem regras quanto à convivência de cães e humanos em prédios urbanos, estabelecimentos comerciais, nas ruas, nos transportes, nas praias. Conhecê-las - e cumpri-las - evitará muitos transtornos.
Quanto a livros, basta escolher um manual sobre cães que cubra o essencial do conhecimento necessário. Um livro pode ser comprado, requisitado em bibliotecas ou até pedido emprestado. Existem muitos livros e torna-se difícil escolher. O melhor é ir a uma livraria e folhear alguns. Escolha o que lhe agradar mais. Há quem goste de livros mais ilustrados, há quem tenha mais paciência para descrições cuidadas. Li vários desses livros ao longo dos anos e alguma informação acaba por ser comum a todos.
À primeira leitura qualquer manual pode parecer até um pouco assustador, caso o assunto seja novidade. Mas não é motivo para desanimar. Com paciência e diligência tudo se consegue do animal, pelo menos, na maioria das vezes. Quando tal não sucede, resta obter ajuda de um profissional mas nada estará perdido. Depois, se por acaso optar por um cão de raça, também deverá aprofundar o conhecimento sobre essa raça em particular, para o que não faltam livros e sites.
Outra hipótese que deve considerar é falar com donos de animais, voluntários que trabalhem em associações e veterinários. Esclareça as suas dúvidas.
Nunca se esqueça que nem todas as pessoas gostam de animais e que mesmo aquelas que gostam deles não desejam ser envolvidas em problemas resultantes da sua incapacidade para estar à altura do exigido. Vou dar-lhe um exemplo. Passear o cão pela trela parece ser algo de difícil entendimento e cumprimento para alguns donos. Se o cão, por mais fofo, vem ter comigo e me suja toda com as patas e lama por não ter obedecido ao chamamento do dono, forçando-me a chegar ao trabalho com ar desmazelado, acha que ficarei contente? Ou, se o entusiasmo do cão, por mais inofensivo, me apavora, porque já fui mordida uma vez, acha que devo ser condescendente? Se tenho um cão territorial, na trela, e um dono leva o seu sem trela, e ele se aproxima do meu, sendo mordido, a culpa não é minha, que tenho o cão na trela. O dono está a proceder erradamente. Este tipo de comportamento é comum, gera momentos de aborrecimento de parte a parte, perfeitamente escusados. Os donos têm de entender que as regras existem por alguma razão (protecção do animal e de pessoas, inclusivé) e deixar-se de fazer a sua interpretação pessoal delas só porque discordam ou lhes é conveniente. Portanto, se quer ter um cão, uma das primeiras questões a fazer-se é se saberá ser responsável. A responsabilidade diz respeito quer a cuidados que deve ter com o seu animal quer à consideração devida a pessoas em geral. Note que um cão nunca tem culpa de não ter um dono à altura do que merece.
2. Registo e identificação do animal
O sistema de informação de animais de companhia (SIAC) é uma base de dados pública que agrega informação sobre os animais de estimação residentes no país, bem como sobre a sua titularidade, detenção, localização e condição de saúde. O seu objetivo principal de prevenir o abandono animal, promovendo uma detenção responsável.
O Decreto-Lei que lhe deu origem determina que a identificação passa a ser obrigatória por registo dos animais (cães, gatos e furões, outras espécies podem, no entanto, ser registadas de forma voluntária.) e marcação com microchip, sendo da inteira responsabilidade dos médicos veterinários e agentes autorizados. Deve ser realizada até 120 dias após o seu nascimento.
Para serem registados os animais têm primeiro de ser marcados com um transponder. Um transponder é um dispositivo electrónico (microchip) que é injectado debaixo da pele do animal. Depois de marcado, o animal é registado no sistema, que faz equivaler a sua ficha ao número de série do microchip que foi injectado. Na ficha de registo passam a constar a identificação e dados pessoais do titular, bem como o registo de acções veterinárias relevantes (como as vacinações obrigatórias, amputações e castrações). É depois emitido o DIAC, isto é, o Documento de Identificação dos Animais de Companhia sujeitos à obrigação de registo naquele sistema.
O microchip e o procedimento de marcação de um animal de companhia numa clínica veterinária particular tem um custo que ronda os 30 euros. A este custo vai somar-se uma taxa de registo no sistema de informação de animais de companhia (2,50 euros).
Para cães, gatos e furões nascidos depois de 25 de outubro de 2019, o registo e marcação no SIAC deve ser realizado em 120 dias, ou seja quatro meses após o nascimento do animal.
No caso de animais nascidos antes de 25 de outubro 2019:
– cães nascidos antes de 1 de julho de 2008 sem microchip, o prazo para o fazer é de 1 ano;
– gatos e furões nascidos antes de 25 de outubro, sem microchip, o prazo para o fazer é de 3 anos;
– animais (cães, gatos e furões) com microchip mas sem registo no SIAC, o prazo é de 1 ano.
Com este novo sistema, os tutores de animais de companhia deixam de ter de fazer o registo e pagamento de licença de registo nas juntas de freguesia, mas existem outras licenças que continuam em vigor, por exemplo, são obrigatórias as licenças para os cães potencialmente perigosos e perigosos, de acordo com o Decreto-Lei n.º 315/2009.
O novo registo apenas é aplicável a animais que nunca tenham sido registados por médicos veterinários. Para animais que já se encontram registados no SIRA ou SICAFE, os dados são transferidos automaticamente para o SIAC, não sendo necessário proceder a outro registo. Para confirmar se o animal está regsitado, basta aceder a www.siac.vet/verificar-registo e inserir os 15 dígitos referentes ao microship.
Outros documentos dos animais são o Passaporte de Animal de Companhia, emitido pelo veterinário exigido quando viaje na União Europeia, e o Boletim Sanitário de Cães e Gatos. Estes documentos podem ser solicitados pelas autoridades em qualquer momento.
O Boletim Sanitário de Cães e Gatos tem a informação do detentor/titular do animal, a identificação/descrição do animal, a identificação do veterinário, o código de identificação electrónica, certificados veterinários de saúde, vacinação anti-rábica, outras vacinas, desparasitações, testes de diganóstico, tratamentos, licenciamentos. Criado em parceria com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, a OMV criou o boletim sanitário para cães e gatos, para registar as vacinas e dificultar a vida a "veterinários falsos". Até ao momento, eram os próprios laboratórios farmacêuticos que forneciam estes boletins, dificultando a fiscalização. O novo boletim veio tornar difícil falsificar estes documentos — uma vez que tem um holograma e um número de série.
3. Serviço de veterinária
Vacinação
3. Serviço de veterinária
Vacinação
A vacinação não é um acto isento de risco nem no homem nem num animal, mas é uma forma de protecção eficaz contra vírus, bactérias ou parasitas. Deve ser administrada a animais saudáveis e só depois de consulta do médico veterinário onde ele procede à revisão do historial médico, esclarece sobre riscos e efeitos adversos. O protocolo de vacinação varia consoante a área geográfica e o veterinário aconselha qual o ideal especifico para o seu animal: existem até raças mais susceptíveis a certas doenças. As doenças mais comuns em cães e que podem ser prevenidas são: Esgana, Hepatite de Rubarth, Parvovirose, Leptospirose e Raiva - estas duas podem ser transmitidas aos humanos -, Tosse do Canil, Piroplasmose ou Babesiose, Doença de Lyme e Herpesvirose.
Em Portugal, a vacina da raiva (anti-rábica) é a única obrigatória. Esta deve ser administrada a partir dos 3 meses, e os cães têm de estar devidamente identificados no SIAC. Pode registar o animal e proceder à vacinação na mesma consulta. Normalmente o valor da vacina já inclui a consulta veterinária rondando entre os 20€ e os 30€.
Os cães podem ser vacinados a partir das 6 semanas de idade, contra duas das principais doenças que afectam os cachorros: esgana e parvovirose. A partir das 8 semanas de idade já podem ser vacinados contra a parainfluenza, hepatite infeciosa e leptospirose.
Após o primeiro ano de vida é preciso reforçar a vacinação, depois o animal é vacinado anualmente com uma dose de cada vacina. Algumas vacinas, incluindo a da raiva, já podem ser administradas com validade para três anos.
A primovacinação deve ser repetida mensalmente até às 16 semanas ou, para além destas, para que seja garantida a imunidade de pelo menos um ano. A revacinação (após a primovacinação) é feita todos os anos, uma vez por ano, para cada vacina.
Para além da vacina que confere proteção contra a Raiva, o veterinário normalmente vacina o animal contra a Parvovirose, Esgana, Parainfluenza, Hepatite infeciosa e Leptospirose.
Existem vacinas mais específicas que só são administradas observadas certas condições: é o caso da leishmaniose, doença que afecta principalmente zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Alentejo, Lisboa e Algarve. Pode ser administrada em animais a partir dos 6 meses de idade. É dada em 3 doses e posteriormente repetida anualmente numa dose única. Se o cão vai passar uma temporada num hotel canino, deve considerar a vacina contra a tosse do canil.
Desparasitação
A desparasitação pode ser feita internamente e dará protecção contra vermes como as lombrigas. Estes parasitas, afectam geralmente o estômago, esófago e intestinos, e transmitem-se através da ingestão oral, quando os animais ingerem ovos ou larvas de parasitas depositados no chão. Deve ser feita de três em três meses. Os adultos e crianças que convivam com o animal também devem fazer esta desparasitação. Informe-se com o veterinário ou o seu médico de família sobre vantagens e desvantagens.
A externa faz-se para proteger o animal de parasitas externos como pulgas, carraças, (provoca febre da carraça, deve ser removida com pinça) ácaros ou flebótomos. Os parasitas afectam pele e a pelagem, causando dermatite, comichão e mesmo queda de pelo. As picadas são desagradáveis para o animal, e podem transmitir doenças (leishmaniose, borreliose, verme do coração ou babesiose). Existem diversas alternativas de desparasitantes incorporadas na coleira do animal, em spray ou em pipetas.
A primovacinação deve ser repetida mensalmente até às 16 semanas ou, para além destas, para que seja garantida a imunidade de pelo menos um ano. A revacinação (após a primovacinação) é feita todos os anos, uma vez por ano, para cada vacina.
Para além da vacina que confere proteção contra a Raiva, o veterinário normalmente vacina o animal contra a Parvovirose, Esgana, Parainfluenza, Hepatite infeciosa e Leptospirose.
Existem vacinas mais específicas que só são administradas observadas certas condições: é o caso da leishmaniose, doença que afecta principalmente zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, Alentejo, Lisboa e Algarve. Pode ser administrada em animais a partir dos 6 meses de idade. É dada em 3 doses e posteriormente repetida anualmente numa dose única. Se o cão vai passar uma temporada num hotel canino, deve considerar a vacina contra a tosse do canil.
Desparasitação
A desparasitação pode ser feita internamente e dará protecção contra vermes como as lombrigas. Estes parasitas, afectam geralmente o estômago, esófago e intestinos, e transmitem-se através da ingestão oral, quando os animais ingerem ovos ou larvas de parasitas depositados no chão. Deve ser feita de três em três meses. Os adultos e crianças que convivam com o animal também devem fazer esta desparasitação. Informe-se com o veterinário ou o seu médico de família sobre vantagens e desvantagens.
Indicado para prevenção da dirofilariose canina (conhecida como verme do coração),
tratamento e controle de infecções intestinais por vermes redondos e vermes chatos.
A externa faz-se para proteger o animal de parasitas externos como pulgas, carraças, (provoca febre da carraça, deve ser removida com pinça) ácaros ou flebótomos. Os parasitas afectam pele e a pelagem, causando dermatite, comichão e mesmo queda de pelo. As picadas são desagradáveis para o animal, e podem transmitir doenças (leishmaniose, borreliose, verme do coração ou babesiose). Existem diversas alternativas de desparasitantes incorporadas na coleira do animal, em spray ou em pipetas.
Este desparasitante externo para cães entre 10 e 25Kg tem 4 pipetas, aplica-se na pele do animal,
na zona da coluna, uma por mês. Mata pulgas, carraças e piolhos assim que tocam na pele do cão.
Repele carraças, mosquitos, moscas picadoras e flebótomos evitando as suas picadas.
Custa 20 euros. Estes produtos variam consoante o peso do animal.
Esterilização
A medida de esterilização pode ser tomada a partir do momento em que o animal atinge a maturidade sexual, entre os 6 e os 10 meses. Nos machos, faz-se através da retirada dos testículos, enquanto que nas fêmeas retiram-se apenas os ovários (procedimento mais comum) ou também o útero. É essencial para o controlo da população mas também acarreta benefícios para a saúde dos animais, que o veterinário poderá esclarecer. A esterilização varia em função do peso e do género do animal, uma vez que a cirurgia para fêmeas é bastante mais complexa, obrigando a internamento e mais medicação. Para um cão com cerca de 20kg pode chegar aos 120€. Para fêmeas com o mesmo peso pode chegar aos 200€. Consulte vários veterinários e até associações de protecção animal para conseguir obter o melhor preço.
Saúde
Poder contar com aconselhamento veterinário é um grande benefício para o animal mas também para o dono, que pode ser esclarecido sobre muitas questões por este profissional. Todavia os preços dos serviços são elevados. No momento da escolha de um animal é fundamental saber algo sobre a saúde dos cães. É conveniente ler alguns livros, procurar informação na internet ou junto de pessoas que possuam animais da raça. Existem certas raças que apresentam predisposição para certas doenças. Um exemplo que conheci de perto: os shar pei necessitam de operações às pálpebras porque é normal apresentarem problemas. Outras raças como os Cocker Spaniel, São Bernardo, Mastim Napolitano e Bloodhound, também. De igual forma, também poderá querer informar-se acerca da longevidade previsível de uma raça.
É comum dizer que cães sem raça definida são por regra mais saudáveis. Não tenho uma opinião formada embora seja certo que muitas raças foram vítimas da endogamia - criadores inescrupulosos cruzaram os animais entre ninhada promovendo a hereditariedade de doenças - ou da manipulação das suas raças para potenciar certas características ( beleza) acabando por desencadear problemas de saúde que são hoje perfeitamente conhecidos.
Em média, uma consulta de rotina pode custar 25 euros e uma de urgência 50 euros. Quero aqui destacar um projecto em particular, o Hospital Veterinário Solidário SOS Animal (HVS) . Aí se financia parcialmente a assistência veterinária a animais tutorados por cidadãos com baixos rendimentos comprovados, ao abrigo do “Regulamento de Cidadão Carenciado”. Com as receitas provenientes de uns, ajudam os outros. A SOS Animal não tem capacidade para apoiar todas as situações. Aproveito para divulgar pois talvez o leitor queira ajudar. Aqui estão as possibilidades de o fazer.
Ajudar o Hospital Veterinário Solidário
Responsabilidade Civil - Outros
Um seguro é uma boa aposta para garantir tranquilidade ao dono pois os imprevistos acontecem. Com fundamento em responsabilidade civil, o seguro garante o pagamento por danos patrimoniais e/ou não patrimoniais decorrentes de lesões corporais e/ou materiais causadas a terceiros pelo cão, que serão indemnizados até ao limite estabelecido por lei.
Além desse seguro, pode pagar-se para ter protecção noutras valências: Despesas Médicas e Medicamentosas Convencionadas - Acesso a Rede Convencionada e Prestadores de Serviços e Produtos Despesas Médicas e Medicamentosas em caso de Cirurgia por Acidentes - Despesas - Médicas e Medicamentosas em caso de Cirurgia por Doença - Furto ou Roubo - Desaparecimento Eutanásia e/ou Funeral - Guarda em Canil ou Gatil - Protecção Jurídica.
O prémio dos seguros para animais é influenciado pela idade (pode ser exigida mínima e máxima) e a raça (o nível de perigosidade). Apresento um exemplo.
O Decreto-Lei nº312/2003 de 17 de Dezembro estabelece as regras para a posse de animais potencialmente perigosos. Segundo o mesmo, o detentor deste tipo de animal fica obrigado a possuir um seguro de responsabilidade civil, com o capital mínimo de € 50.000; em relação ao seu animal.
São considerados cães potencialmente perigosos aqueles que, devido às características de espécie, comportamento agressivo, tamanho ou potência de mandíbula, possam causar lesão ou morte a pessoas ou outros animais. Mais especificamente: Cão de fila brasileiro, Dogue argentino, Pit bull terrier, Rottweiller, Staffordshire terrier americano, Staffordshire bull terrier e Tosa inu.
5. Alimentação
Ração - Snacks - Suplementos
Por vezes gastar mais dinheiro numa ração de qualidade pode fazer a diferença, ajudando a diminuir idas ao veterinário. Por exemplo, se tem um animal susceptível a problemas de pele, como o shar pei, a substituição da ração pode ser decisiva. Também deve evitar dar ração em excesso ou dar alimentação humana ao seu animal. Alguns dos nossos alimentos são tóxicos para o cão, por exemplo, o chocolate. Importa conhecê-los e evitá-los. A prevenção do excesso de peso é fundamental para evitar doenças. Para reduzir o peso de um animal terá depois de o forçar a dieta, usar ração especial, mais dispendiosa, e prolongar os passeios. Por tudo isto, importa prevenir.
O custo relativo à alimentação do seu cão varia em função da saúde, do peso e idade do animal, ou até de certos objectivos. Imagine que quer levar o animal a concurso. Uma boa ração tem grande influência na saúde mas também na beleza do animal, na sua pelagem. Outro caso, uma cadela esterilizada pode ter tendência a engordar. Se não puder fazer com ela todos os passeios aconselháveis, a opção por uma ração adequada pode prevenir que engorde e que fique mais sujeita a doenças por excesso de peso.
O mercado tem rações de variado tipo e por vezes não são os produtos mais publicitados que são os mais adequados. Certos snacks para cão, por exemplo, podem ser extremamente calóricos. Não serão ideais para um cão que tenha excesso de peso, mas poderão ser bons para um animal jovem e com metabolismo bem activo.
Um dos suplementos mais habituais na alimentação são os ácidos gordos essenciais, que tornam o pêlo mais brilhante e sedoso e são anti-inflamatórios, ajudando muito em problemas de pele. Nesta área o conhecimento de um veterinário prestável e interessado pode fazer toda a diferença.
6. Higiene e beleza
Escovagens, banhos, corte de unhas e tosquias
A higiene do cão é mais ou menos fundamental consoante o ambiente onde viva. Poderá não conseguir lidar com isto e ser forçado a levar o animal, sempre, a um profissional. Ou poderá fazer parte da manutenção em casa e levá-lo ocasionalmente a um profissional. Ou tratar do seu animal de estimação como um profissional! Em casa será a melhor opção pois o animal não vai estranhar. Mas, por vezes, isso será impossível.
A escovagem pode ser mais exigente ou menos consoante o tamanho, tipo de pelagem e temperamento do seu animal. Um cão pode ser escovado semanalmente para desembaraçar, eliminar pelo morto, e promover a secreção da película gordurosa protectora da pele, ou, de acordo com as suas características de pelo, diariamente. Vai precisar de um pente de dentes largos ou escova com pontas metálicas para escovar o pelo, quer seja curto, ( neste caso até pode usar uma luva de borracha) médio ou longo, mas sobretudo neste último caso, pois o pelo ganha nós e tem tendência a enredar-se. Aproveita-se a escovagem para ver se há parasitas ou pequenas feridas, que, lambidas, logo se tornarão maiores e mais difíceis de tratar.
Se o cão tiver pelo algo comprido vai ser bom usar uma escova-ancinho de dentes metálicos que elimina muito bem os pelos soltos e mortos. Esta escova não corta mas remove o pelo e assim espalha-se menos pelo pela casa. Precisará ainda de uma boa tesoura para lhe aparar o pelo, se conseguir fazê-lo.
Os cães não precisam de tomar muitos banhos, depende muito do ambiente onde vivem e se se sujam ou não. O tipo de pelo também tem influência e o cuidado geral que o dono tem com ele e o estilo de vida que faz com ele: se circula entre o jardim e a casa, se está sempre em casa, etc. Um banho por mês poderá até ser demasiado. Use a regra do bom senso.
Para o banho, se não tiver quintal ou jardim, vai precisar usar a sua banheira ou o chuveiro - e, no final, limpar todo o WC por onde se espalharam muitos pelos. Tem de usar um shampoo próprio para cão e toalhas turcas para o secar. O cão vai-se esfregar também em toalhas que espalhe no chão. Se não as tiver lá, ele vai esfregar-se em carpetes, tapetes, sofás... Depois das toalhas, use mesmo um secador de cabelo.Um cão pequenino vai ter mais frio do que um grande. Se conseguir ter um ambiente aquecido será melhor para o bicho. Evite correntes de ar e escolha, de preferência, um dia de sol.
A seguir ao banho é uma boa ocasião para cortar as unhas do seu cão com um corta-unhas adequado. Se o cão não andar em superfícies duras com frequência, elas não se vão desgastar, ou se for um cão leve. Não meta nada nas orelhas do seu cão, tipo cotonetes. Use uma toalhita humedecida para limpara a orelha se ela contiver sujidade.
Para o banho, se não tiver quintal ou jardim, vai precisar usar a sua banheira ou o chuveiro - e, no final, limpar todo o WC por onde se espalharam muitos pelos. Tem de usar um shampoo próprio para cão e toalhas turcas para o secar. O cão vai-se esfregar também em toalhas que espalhe no chão. Se não as tiver lá, ele vai esfregar-se em carpetes, tapetes, sofás... Depois das toalhas, use mesmo um secador de cabelo.Um cão pequenino vai ter mais frio do que um grande. Se conseguir ter um ambiente aquecido será melhor para o bicho. Evite correntes de ar e escolha, de preferência, um dia de sol.
A seguir ao banho é uma boa ocasião para cortar as unhas do seu cão com um corta-unhas adequado. Se o cão não andar em superfícies duras com frequência, elas não se vão desgastar, ou se for um cão leve. Não meta nada nas orelhas do seu cão, tipo cotonetes. Use uma toalhita humedecida para limpara a orelha se ela contiver sujidade.
Deveria escovar os dentes do seu cão todos os dias, tal como lava os seus, mas se isso não for possível, pelo menos 3-4 vezes pode semana. Use uma escova e pasta de dentes específicas para cães. Para habituar o cão/cachorro há que começar por utilizar o dedo para escovação em vez de uma escova. Outra opção é uma dedeira, caso não se sinta confiante em por o dedo na boca do animal sem protecção. Existem pastas de dentes com sabores agradáveis, que podem ser ingeridas, o que acaba por tornar a tarefa mais simples do que parece! Pode parecer um luxo, mas vai deixar de pensar assim quando o cão começar a desenvolver mau hálito impossível de ignorar, além das doenças das gengivas e dos dentes. Ao lamber-se o odor da boca passará para o pelo e dali para o ambiente. Poderá ser mais ou menos sensível a este odor, mas não é agradável.
Orozyme pasta dentífrica apresentado na forma de gel destina-se a
manter as gengivas e os dentes saudáveis e a prevenir o mau hálito reduzindo a placa dentária. 12 euros
7. Acessórios
Passeio - Viagens - Casa - Outros
Para os passeios existem à venda trelas, peitorais, açaimes, é o básico para poder circular com o seu cão na via pública, além de sacos para recolher os dejectos do animal e seu dispensador. Pode ainda comprar uma capa para protecção da chuva se não gostar de cheiro de pelo molhado e se quiser passar menos tempo a limpar-lhe o pelo com uma toalha quando chegar a casa. Ajuda mas ele sempre virá para casa molhado.
Se viaja com frequência, uma peitoral de segurança para usar no carro, que também pode ser usada em passeio, é uma aquisição a considerar. Além da sua forma e do seu material acolchoado, o seu desenho especial permite passar com o cinto do carro pela fita do peitoral para melhorar a fixação no carro. Assim o seu cão ficará seguro em caso de acidente ou travagem brusca, e esta segurança também o protege. Conte ainda com uma protecção resistente, uma capa de nylon para proteger os bancos traseiros do carro e evitar a deterioração dos assentos por arranhões, humidade ou pelos. A capa é ligada/presa aos encostos de cabeça frente e traseira. Tira-se com facilidade, permitindo que passageiros se sentem no banco limpo. E também se lava com facilidade.
Passeio - Viagens - Casa - Outros
Para os passeios existem à venda trelas, peitorais, açaimes, é o básico para poder circular com o seu cão na via pública, além de sacos para recolher os dejectos do animal e seu dispensador. Pode ainda comprar uma capa para protecção da chuva se não gostar de cheiro de pelo molhado e se quiser passar menos tempo a limpar-lhe o pelo com uma toalha quando chegar a casa. Ajuda mas ele sempre virá para casa molhado.
Se viaja com frequência, uma peitoral de segurança para usar no carro, que também pode ser usada em passeio, é uma aquisição a considerar. Além da sua forma e do seu material acolchoado, o seu desenho especial permite passar com o cinto do carro pela fita do peitoral para melhorar a fixação no carro. Assim o seu cão ficará seguro em caso de acidente ou travagem brusca, e esta segurança também o protege. Conte ainda com uma protecção resistente, uma capa de nylon para proteger os bancos traseiros do carro e evitar a deterioração dos assentos por arranhões, humidade ou pelos. A capa é ligada/presa aos encostos de cabeça frente e traseira. Tira-se com facilidade, permitindo que passageiros se sentem no banco limpo. E também se lava com facilidade.
Comedouro e bebedouro
Em casa não pode faltar um comedouro e um bebedouro. Aconselho a que adquiram um comedouro com relógio. Funcionam a pilhas. É muito bom quando se trabalha fora e não se consegue chegar a casa a horas certas. Assim o cão pode sempre alimentar-se à hora a que estava habituado. Também é útil nos casos em que o cão come bem cedo. Imaginem que ao fim de semana querem dormir um pouco mais! Também é útil colocar um tapete anti-derrapante no chão com o comedouro e bebedouro.
Existem muitas variedade de camas para cão, ou até de casotas. No inverno, quando está mais frio, os cães gostam de mantas e muitas vezes fazem uma espécie de ninhos com elas.
Uma grade de separação é a solução ideal para limitar o acesso a determinadas áreas da casa. Por exemplo, se quer impedir o acesso à cozinha, ou à sala, quando tem visitas, ou enquanto limpa, ou precisa de algum isolamento. Também pode ser útil vedar as grades da varanda quando a cabeça ou o corpo do cão é mais fino que o seu intervalo. Tive de o fazer porque a cadela atirava os brinquedos para a rua através deles!
Brinquedos
Outros itens úteis, são o rolo tira-pelos de animais de estimação, um bom aliado para manter a sua roupa, mantas, almofadas, sofás sem pelos. Se se aborrece muito com pelo treine o seu cão para nunca subir para sofás ou camas. De outra forma, haverá pelo. Também há quem invista em acessórios específicos para o aspirador. O aspirador é imprescindível. Também não deve faltar um desinfectante para casas com animais de estimação sem lixívia nem amoníaco, um balde e esfregona.
Conte com um espaço próprio (baú, caixa plástica, pequeno armário, prateleiras em armário) para acondicionar todos os pertences do cão, medicação e sua documentação.
8. Treinos
Obediência - Problemas de comportamento - Modalidades desportivas ( Podem ser consideradas)
Vai querer ensinar algumas coisas ao seu animal para facilitar a convivência consigo e com os outros. O tal Manual que indiquei costuma ser o suficiente para aprendermos como fazer. O veterinário também pode dar uma boa ajuda. Entre os 3 e os 6 meses são ensinadas coisas básicas aos cachorros: comportamento básico de obediência, ou não morder e não roer objectos, fazer as necessidades no sítio certo. Depois, por exemplo, andar à trela, ao lado do dono, sentar quando o dono pára, caminhar sem puxões e arrastões, durante os passeios. Ou mesmo evitar que comam do chão ou aceitem coisas de estranhos. Mas por vezes os cães apresentam questões comportamentais que necessitam de treino mais específico. Deve-se estar alerta para sinais de perigo e não minimizar. É também complicado resolver medos e fobias a barulhos, objectos e pessoas, ou ensinar o cão a não perseguir pessoas e animais ou evitar que lata em demasia, ou até combater manifestações de agressividade. Resta, nos casos mais difíceis, a intervenção de um profissional, que não é barata mas que costuma resolver. Deixo uma sugestão. O sr. Jorge é um profissional de extrema competência que não hesito em recomendar. Contactos: FONTE DO OURO - Canil e Escola - Rua Real, s/n, Gordos - Arazede - Coimbra
9. Pet-sitting, guarda ou hospedagem
Por fim, o que fazer quando temos de nos separar do animal por motivos de viagem seja em lazer seja em trabalho ou outra eventualidade? Nem todos temos um vizinho, ou amigo ou familiar disposto a ficar com o cão. Os donos confiam então as chaves de casa a um profissional que por um preço entre 7-10 euros, uma visita - com direito a tratar da comida, água e higiene e passeio, ou mesmo birncadeira, escovagem, envio de fotografias - ou duas visitas, - por exemplo, se for preciso dar medicação - se encarrega de cuidar do nosso amigo de quatro patas na nossa ausência. Outras vezes, os cães ficam à guarda do pet-sitter, em sua casa. Outra possibilidade é a da hospedagem na casa de um pet-sitter ou então num hotel canino, que usualmente dispõe de boxes para os animais.
Também poderá considerar o pet-walking, um serviço em que alguém vai passear o cão enquanto o dono trabalha ou está doente, ou de alguma forma impossibilitado de o fazer.
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