Chernobyl, um peixe kinguio deprimido?
Os Kinguios são descendentes da carpa Carassius carassius (i.e., C. c. auratus) e podem viver entre 10 a 20 anos em média. Pertencente à família dos Ciprinídeos (Cyprinidae), é originário da Ásia Oriental, e datado como o primeiro peixe a ser criado com fins ornamentais pelo ser humano, na China. O Japão, e depois a Europa, cedo começaram a interessar-se pelo Kinguio. A cidade de Koriyama , ganhou fama como uma das primeiras a ter criadores deles fora da China em virtude da boa qualidade de água aí existente e pulgas d’agua (dáfnias) que nasciam nessas águas e serviam de ração para os filhotes. É ainda hoje uma referência mundial na criação desses peixes. Actualmente existem para cima de 100 variedades: o mais conhecido é o peixe dourado comum, de cauda levemente bifurcada e nadadeira dorsal longa e baixa. Mas existem ainda outras: Cometa, Ryukin, Shubunkin, Demekin, Tosakin, Hamanishiki - que devem ter tido origem nos criadores japoneses - , Cauda de véu, Celestial, Bolha ("bubbleyes"), Escama de pérola, Telescópio, Pompom, Oranda, Fantail (duas caudas, cauda de leque), Ranchu, Cabeça de leão, Phoenix (peixe ovo), Olho de dragão, Cabeça de sapo!
Ora, eu não sabia nada disto até ao Carnaval. Em 2006, neste blogue, confessava o meu apático interesse por peixes de estimação às voltas em aquários. E em 2019 não me tornei mais entusiasta do hobby. Os peixes, para mim sempre me agradaram de duas formas apenas: a nadar no mar ou então em molho de limão e manteiga, ou azeite, no meu prato. O que sempre me sucede quando me debruço sobre um animal que não anda lá muito no meu top de simpatias é que começo logo a descobrir coisas encantadoras, estranhas ou fascinantes acerca do seu comportamento e acabo conquistada. Por exemplo. Cobras, serpentes e parentes. Não sou grande apreciadora das rastejantes. Mas há uns tempos vi um vídeo onde uns rapazitos libertavam um cão do abraço de uma pitão, o que me lembrou logo daquela notícia da mulher, que, na Indonésia, foi engolida por uma serpente pitão com cerca de 6 metros, um acontecimento horrível mas felizmente raro. Quando vi essa notícia aproveitei para ler alguma coisa sobre elas. Todos sabemos que o método da constrição que aqui aparece em prática serve para sufocar a presa, uma vez aprisionada pela mandíbula. Depois a serpente usa o olfacto para localizar a cabeça da vítima e engole-a a partir dela. Mas a técnica do enrolamento serve também para a defesa do animal, que se enrola, escondendo a cabeça no interior do novelo, sua área mais vulnerável. Também se enrola em volta dos ovos, (cerca de 100) fazendo um ninho com o seu corpo, e agitando os músculos poderosos consegue, sendo de sangue frio, gerar calor para os chocar, além de os virar durante a exposição ao sol. O processo leva até dois meses. Outro facto assombroso é que a pitão é capaz de aumentar o tamanho dos seus orgãos quando ingere uma presa quase tão grande como ela e não apenas a cavidade digestiva, o que seria banal: o intestino delgado, mas também o coração, o fígado e os rins aumentam para mais do dobro. A taxa metabólica aumenta extraordinariamente, é tudo dissolvido, escamas, ossos, graças a uma acção conjunta de ácido clorídrico e pepsina presentes no intestino. Quando a digestão termina, um dia depois, os orgãos começam a regressar ao tamanho normal. Após a refeição a serpente procura um canto para dormir enquanto dura o processo, uma longa sesta de cinco ou mais dias. Pode ficar semanas, até meses, sem voltar a comer. Não regurgita nada, defeca um mínimo de desperdícios...As serpentes são dos animais que menos aprecio mas não deixam de ser extraordinárias.
Mas voltando ao tema dos peixinhos de aquário, no imaginário de todos nós existe algures um aquário em bola com um peixinho vermelho dentro. Ora, nada mais inapropriado para Kinguios. Os criadores aconselham um aquário onde possam caber pelo menos 100 litros de água. Porquê? Porque eles crescem que se fartam. Crescer faz parte da sua natureza e se não lhe dermos espaço, eles não crescem, atrofiam que nem um bonsai. Os Kinguios não podem viver numa panela, esqueça essa ideia de aquário redondinho. Vai levar para casa um animal de estimação. Logo, estime. Se quiser colocar um peixe numa panela, vá ao supermercado e compre um carapau para cozer. Claro que podem sobreviver em pouco espaço, mas sobreviver não é viver. Imagine que tinha de viver num quarto toda a sua vida! Se não pode dar condições ideais ao animal, é melhor ficar pelo carapau. Infelizmente, quando as lojas de animais celebram o aniversário distribuindo Kinguios em saquinhos não dizem isto aos pais das crianças que os levam, encantadas, para casa.
Embora sejam peixes popularmente conhecidos como de água fria, a temperatura da água deve manter-se nos 18-20 graus, é esta a ideal. A temperatura varia ao longo do ano e isso é favorável para o peixe se desenvolver. Não é necessário colocar um termostato se o local onde vive ou o ambiente onde tiver o aquário não sofrer oscilações sérias de temperatura. Colocar uma luz no aquário também pode ser uma ideia pois vai tornar as cores dos peixes mais vivas e permitir apreciá-los melhor. Se o espaço onde tiver o aquário tiver boa luz natural, pode ser dispensada. O que é essencial é ter uma boa filtragem pois a água vai ficar suja graças a certas particularidades do peixe. Fiquei a saber que possuem dentes, aparelho digestivo peculiar, com longo tubo digestivo. O alimento não é, assim, completamente aproveitado pois não existe um verdadeiro estômago. E daí o muito apetite do Kinguio que parece estar sempre a pedir comida, pelo menos, o do meu sobrinho é assim. Muito do que é engolido é excretado. Deve ser alimentado em pequenas quantidades e várias vezes ao dia. O Chernobyl supreendeu-nos há uns tempos porque se deixavamos passar a hora da alimentação, ele vinha o vidro e pedia comida fazendo pequenos silvos perfeitamente audíveis.
Uma vez o meu sobrinho pediu-me para comprar ração para o peixinho. Ora, sem perceber nada do assunto, fui à loja dos animais, convencida de que seria fácil. Os Kinguios são peixes com um apetite voraz, mas isso não quer dizer que se lhes possa dar qualquer coisa de comer. Agora percebo melhor porque precisam de uma alimentação adequada ao seu sistema digestivo e porque não se pode dar comida nem a mais nem a menos. Mas e escolher de entre as várias texturas, escamas, grânulos ou sticks flutuantes? Ou seria melhor flocos que afundam? Tudo muito intrincado e complexo, até a descoberta de comedouros automáticos e digitais que são programados para que o peixe não coma demais, ou mais frequentemente do que o recomendado, ou para que seja alimentado na nossa ausência, me causou espanto. Chamei a funcionária da loja que aparentava saber ainda menos do que eu. Depois de breve conversa, nada esclarecedora, trouxe a embalagem mais pequena, não fosse o peixe não comer. Mas ele não se fez rogado. Os peixes vermelhos são omnívoros, podem comer frutas, verduras, cereais e carne, como coração de boi, cozido e esmigalhadinho. Não dizem não a coisas verdes - pepino, espinafres, brócolos, couve flor, ervilhas semi-cozidas e levemente amassadas - frutos do mar - caranguejo, camarão, - alimento vivo - artêmias, Blood Worms, Tubifex, (não faço ideia do que seja isto!) larvas de mosquito, moscas de fruta! Mas o Chernobyl tem apenas comido enlatados industriais. A ração que trouxe, os flocos, afunda. Fiquei entretanto a saber que as que ficam a boiar à superfície da água favorecem a ingestão de ar e a formação de gases que podem causar problemas na membrana natatória de algumas variedades.
Outra particularidade do Chernobyl é passar o tempo a remexer o cascalho do fundo: chega a meter várias pedras na boca e depois cospe-as para fora. O areão é bem grosso mas o peixe cresceu, e se dantes não conseguia meter as pedras na boca, agora consegue. Aconselham os entendidos dolomita ou aragonita que ainda tem a vantagem de alcalinizar a água. Há quem prefira o fundo nú, assim não há desculpa para não limpar pois não dá para fingir que está limpo. Não há decorações, nem pedras, nem plantas no aquário do meu sobrinho, mas ainda bem, porque os Kinguios, alguns desajeitados e bamboleantes no seu nadar, podem até ferir-se nelas, e, quanto a plantas, arrancam-nas e comem-nas sem discrição.
Todo este interesse nos Kinguios começou quando o Chernobyl, durante o Carnaval, sem pré-aviso, e durante dois dias, ficou de cabeça para baixo, meio inclinado, a um canto do aquário. Já pensávamos que ia bater a bota, ou, melhor, a barbatana. Quase não se movia dali. Dava uma volta curta e voltava ao mesmo transe. Parecia até que não tinha forças para nadar até à superfície. E parou de se alimentar. Todos vaticinamos que tinha chegado a hora do peixinho vermelho. Afinal já contava com 13 anos de vida, tinha passado por três aquários diferentes e assistido ao desaparecimento de todos os seus companheiros. E até tinha sobrevivido a uma mudança de casa do seu dono, de um distrito para outro.
Cada um de nós foi para a internet procurar a razão de tal comportamento e o que fazer para salvar o bichinho. Não estava fácil. O peixe não aparentava sintomas de infeção bacteriana: nem perda de cor, nem desgaste das barbatanas, nem feridas, nem inchaços. Mas parecia estar um pouco ofegante, sim. Em redor dos olhos ou boca não havia manchas com cor esbranquiçada, o que significaria problema de fungos, mas uns dias antes tinha andado a nadar de um lado para o outro no aquário com velocidade acelerada, a dizer que não com a cabeça. Infecção por parasitas daria perda de vontade de nadar, que, de facto, ele não tinha, pois continuava a agitar as barbatanas para se manter a fazer o pino, - mas seria isso, ainda nadar? Já respiração acelerada, aparentava ter, e perda de apetite, era notória: o comilão Chernobyl não se alimentava. Seria então um parasita? Não conseguíamos fazer nenhum diagnóstico, apenas isolávamos sintomas. E, enquanto isso, o peixe lá continuava de rabo ao ar, no seu canto.
Uma vez o meu sobrinho pediu-me para comprar ração para o peixinho. Ora, sem perceber nada do assunto, fui à loja dos animais, convencida de que seria fácil. Os Kinguios são peixes com um apetite voraz, mas isso não quer dizer que se lhes possa dar qualquer coisa de comer. Agora percebo melhor porque precisam de uma alimentação adequada ao seu sistema digestivo e porque não se pode dar comida nem a mais nem a menos. Mas e escolher de entre as várias texturas, escamas, grânulos ou sticks flutuantes? Ou seria melhor flocos que afundam? Tudo muito intrincado e complexo, até a descoberta de comedouros automáticos e digitais que são programados para que o peixe não coma demais, ou mais frequentemente do que o recomendado, ou para que seja alimentado na nossa ausência, me causou espanto. Chamei a funcionária da loja que aparentava saber ainda menos do que eu. Depois de breve conversa, nada esclarecedora, trouxe a embalagem mais pequena, não fosse o peixe não comer. Mas ele não se fez rogado. Os peixes vermelhos são omnívoros, podem comer frutas, verduras, cereais e carne, como coração de boi, cozido e esmigalhadinho. Não dizem não a coisas verdes - pepino, espinafres, brócolos, couve flor, ervilhas semi-cozidas e levemente amassadas - frutos do mar - caranguejo, camarão, - alimento vivo - artêmias, Blood Worms, Tubifex, (não faço ideia do que seja isto!) larvas de mosquito, moscas de fruta! Mas o Chernobyl tem apenas comido enlatados industriais. A ração que trouxe, os flocos, afunda. Fiquei entretanto a saber que as que ficam a boiar à superfície da água favorecem a ingestão de ar e a formação de gases que podem causar problemas na membrana natatória de algumas variedades.
Outra particularidade do Chernobyl é passar o tempo a remexer o cascalho do fundo: chega a meter várias pedras na boca e depois cospe-as para fora. O areão é bem grosso mas o peixe cresceu, e se dantes não conseguia meter as pedras na boca, agora consegue. Aconselham os entendidos dolomita ou aragonita que ainda tem a vantagem de alcalinizar a água. Há quem prefira o fundo nú, assim não há desculpa para não limpar pois não dá para fingir que está limpo. Não há decorações, nem pedras, nem plantas no aquário do meu sobrinho, mas ainda bem, porque os Kinguios, alguns desajeitados e bamboleantes no seu nadar, podem até ferir-se nelas, e, quanto a plantas, arrancam-nas e comem-nas sem discrição.
Todo este interesse nos Kinguios começou quando o Chernobyl, durante o Carnaval, sem pré-aviso, e durante dois dias, ficou de cabeça para baixo, meio inclinado, a um canto do aquário. Já pensávamos que ia bater a bota, ou, melhor, a barbatana. Quase não se movia dali. Dava uma volta curta e voltava ao mesmo transe. Parecia até que não tinha forças para nadar até à superfície. E parou de se alimentar. Todos vaticinamos que tinha chegado a hora do peixinho vermelho. Afinal já contava com 13 anos de vida, tinha passado por três aquários diferentes e assistido ao desaparecimento de todos os seus companheiros. E até tinha sobrevivido a uma mudança de casa do seu dono, de um distrito para outro.
Cada um de nós foi para a internet procurar a razão de tal comportamento e o que fazer para salvar o bichinho. Não estava fácil. O peixe não aparentava sintomas de infeção bacteriana: nem perda de cor, nem desgaste das barbatanas, nem feridas, nem inchaços. Mas parecia estar um pouco ofegante, sim. Em redor dos olhos ou boca não havia manchas com cor esbranquiçada, o que significaria problema de fungos, mas uns dias antes tinha andado a nadar de um lado para o outro no aquário com velocidade acelerada, a dizer que não com a cabeça. Infecção por parasitas daria perda de vontade de nadar, que, de facto, ele não tinha, pois continuava a agitar as barbatanas para se manter a fazer o pino, - mas seria isso, ainda nadar? Já respiração acelerada, aparentava ter, e perda de apetite, era notória: o comilão Chernobyl não se alimentava. Seria então um parasita? Não conseguíamos fazer nenhum diagnóstico, apenas isolávamos sintomas. E, enquanto isso, o peixe lá continuava de rabo ao ar, no seu canto.
Outra hipótese levantada foi que o Chernobyl estivesse com depressão, uma doença tão dos tempos modernos, ora porque não? Então perguntei ao Google, esse poço de sabedoria: Pode um peixe ficar deprimido? Senti-me meio idiota mas só até ler outras questões colocadas ao motor de busca: Pode um peixe ficar deprimido quando outro morre? Pode um peixe ver a água onde nada? Pode um peixe ser feliz? Pode um peixe afogar-se? Pode um peixe ficar "high"? Logo encontrei um estudo - mas é claro, tinha de haver um! - dum tal Dr. Pittman em sentido afirmativo. Há um debate acalorado na comunidade de pesquisa sobre se o melhor termo a empregar é ansiedade ou depressão. O Dr. Pittman, e outros, andam há dez anos a estudar o assunto e a observar como o peixe-zebra perde o interesse em quase tudo: comida, brinquedos, exploração - assim como pessoas clinicamente deprimidas. Culum Brown, um biólogo comportamental da Universidade Macquarie, em Sydney, que publicou mais de 100 artigos sobre cognição de peixes, defende que de forma idêntica pessoas e peixes quando deprimem ficam retraídas, distantes. A culpa da depressão dos peixinhos de aquário somos nós que não lhes fornecemos estímulos, distração, ou que não cuidamos de manter a água com oxigénio suficiente. Será, então, que podem morrer de tédio?
Por vezes, em tempos passados, tinha visto o peixe, muito quieto, quase estacionado sobre o fundo, e uma vez perguntei ao meu sobrinho: " Está morto?" Ele respondeu que não. Que estaria a dormir. -"Ora, então mas tu não sabes que os peixes não dormem?- brinquei eu. -" Os peixes passam pelas brasas." Ele continuou: -"Um peixe não tem pálpebras, mas isso não significa que não "durma". Se não o fizesse morreria de exaustão. Ficam num estado superficial de imobilidade, movem-se o mínimo, apenas para manter o equilíbrio, com os sinais vitais reduzidos. Pode nadar vagarosamente e estar a dormir. O peixe precisa de se mover para passar água através de suas brânquias, que permitem captar o oxigénio da água. Portanto um peixe não está a dormir quando está parado nem acordado quando está em movimento." Os peixes são matreiros, pensei eu. Um peixe está morto quando as brânquias não abrem e fecham?Alguns respiram pela boca e, por isso, observar as brânquias não basta para saber. Temos também de olhar ao movimento ascendente e descendente do corpo. O peixe Betta Splendens vem à superfície da água respirar e possui um órgão de respiração complementar, chamado labirinto. Matreiros, sem dúvida. Sintomas como a incapacidade de comer ou de mergulhar após nadar até à superfície da água, e olhos acinzentados ou fundos indicam que o peixe está morto ou à beira da morte.
Concluindo. Após 48 horas, o peixinho vermelho retomou o seu comportamento habitual. Assim. Como se nada se tivesse passado de anormal. Não sabemos de esteve à beira da morte, muito ou pouco doente, se em greve de fome e protesto por falta de qualidade de vida, se em depressão. Acreditamos que nos pregou uma partida de Carnaval. Os peixes são mesmo uns matreiros.
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