Caminhada e exercício: insista, resista e não desista.



Um texto escrito em Agosto de 2013 e que se engasgou na postagem automática do Blogger! Encontrei-o ontem, nos rascunhos, entre outros sobre a caminhada, uso de podómetros e afins. Sim, é verdade, este ano estou bem mais motivada do que em 2013-após um verão de caminhadas não muito longas mas frequentes, o outono já quase lá vai e eu continuo a caminhar 3 vezes por semana, entre 3 e 8 km de cada vez! Parabéns a mim! Se não fosse uma conversa com uma amiga, ontem, sobre as minhas caminhadas e os podómetros, este e outros textos sobre o assunto não veriam a luz do dia, ou do blogue, ou da internet! Aqui vai. (Depois publico os outros, são dicas sobre a caminhada, a motivação, seus benefícios, etc. Pode ser que inspirem alguém!)

"Há uns tempos escrevi toda entusiasmada sobre a guerra ao sedentarismo. Antes disso tinha escrito que emagrecer devia ser divertido. Estávamos no início do ano (2013), as resoluções de ano novo ainda deviam estar frescas e eu cheia de vontade de me fazer à estrada. Mas a vontade de caminhar, fazer jogging, marcha, o que quer que lhe queiram chamar, acabou depressinha. Foi uma vergonha. Equipei-me três vezes e pronto. Hibernei! Os meses passaram. Veio a Primavera, veio o Verão. Já vamos quase no final de Agosto. Está na altura de retomar o tema aqui no blogue. Ou por acaso achariam que eu tinha mandado o meu plano original às ortigas? Não andariam longe da verdade se por acaso eu não tivesse ido ao Porto no 10 de Junho. Essa ida ao Porto foi a gota de suor que faltava para despertar de uma vez a minha motivação. Como sabem a cidade do Porto não é exactamente plana. Além de ter andado pelas ruas, como habitual, desta vez tive de subir escadas por todo o lado, no estádio, no metro, no interior das casas. E custou-me muito. Além de saber que carrego peso a mais, também os músculos não pareciam querer trabalhar. Nessa noite tomei a decisão de retomar o plano de Fevereiro. E assim foi, de regresso à Figueira meti as pernas e os pés à obra! Mas em vez dos 15 minutos de marcha que fazia em Fevereiro aventurei-me a um esforço maior: nada mais nada menos do que 5km de marcha diários. São 80 minutos de marcha rápida. Sim, não vou exactamente a pisar ovos, para isso mais valia ficar em casa. Não acreditam? Verdade! A chave para o sucesso destas empresas está na motivação. E desta vez bastava lembrar-me dos meus dias no Porto para não desistir!

Vamos ao relato. Pode ser que consiga convencer os agarrados ao sofá com a minha experiência. Tenho de confessar, os primeiros 12 dias foram terríveis. O que foi mais difícil não foi fazer o exercício, foi o pós-exercício. É verão, há sol. Desde logo a luz e o calor são bons convites para sair de casa, é muito diferente do inverno. Mas quando chegava a casa as minhas pernas doíam imenso. Na primeira semana eu não consegui fazer isso diariamente. Fiz dia sim, dia não. Só na 12ª vez é que, à noite, quando me deitei, notei finalmente os meus músculos em paz, como se eu apenas tivesse atravessado a estrada para ir comprar o jornal ao quiosque! Portanto, o que custa é começar e não podemos começar à bruta. Como é que escolhi o percurso? De forma a sentir-me recompensada. Fiz o meu percurso Tavarede - Buarcos - Tavarede a horas diversas, procurando fugir ao calor. De manhã cedo e ao final da tarde. O objectivo era chegar à borda do mar, talvez molhar os pés ou dar um mergulho, e regressar. No inverno posso substituir por tomar um café em frente ao mar. Isto é como a cenoura que se baloiça à frente do burro, acreditem que ajuda estabelecer este pequeno incentivo. Pois os benefícios reais não são imediatos, temos de ir enganando a mente com estes truques!Desta vez não estou a caminhar no parque, estou a usar a estrada e os passeios.Procurei caminhar o mais longe possível do trânsito automóvel, para evitar respirar as emissões. Não que a Figueira seja uma cidade muito poluída, não é o Porto, mas às horas de saída e entrada na cidade, há algum trânsito. Tenho alguns metros de ruas para subir mas na maioria o terreno é plano. Quanto a equipamento, comprei umas sandálias com sola reforçada, em substituição das sapatilhas, mas posso dizer que foi uma péssima escolha. Eram confortáveis e não me fizeram bolhas, mas já estão prontas para ir para ir para o lixo. Nem 70km aguentaram!

Ao fim de 15 dias de marcha comecei a notar mais energia diária, tendência para melhorar instintivamente a minha postura quer ao caminhar ou mesmo quando estou sentada. Outra coisa que notei foi ao nível da respiração, sobretudo à noite. Parece que respiro melhor e que a caixa toráxica se tornou maior!Quanto a perder peso, isso seria bem interessante, mas não estou a mudar os meus hábitos alimentares pelo que não sei se a esse nível irei ter muito sucesso. De qualquer forma só me voltarei a pesar em Outubro. Não sou daquelas pessoas que passam o tempo a fazer step na sua balança e a apontar as oscilações! 

O meu plano agora é continuar a fazer marcha até ao momento em que me sinta confiante para começar a correr. Mas ainda estou longe disso e pelo caminho tenho de me manter motivada e activa, isso já é uma pequena batalha a travar quando o outono vier e os dias se tornarem menos luminosos e mais frios. Se conseguir manter a marcha e os exercícios de alongamento até ao Natal já me considerarei uma sortuda. Se já pensaram em iniciar-se novamente na actividade física, a marcha é o ideal. Se pensam que não serão capazes, eu sou a prova de que serão, apenas terão de encontrar o vosso click!, a vossa motivação. Sem ela nem vale a pena fazer planos, poupem o dinheiro dos ténis, do fato-de-treino e tudo o mais. Lá para Dezembro voltarei ao tema, quem sabe não é este ano que peço ao Pai Natal umas sapatilhas à maneira!"

Ahah! É giro ler este texto agora. Quando o escrevi prometi voltar ao tema em Dezembro do ano passado. Mas, se bem me lembro, o ano passado por esta altura eu já tinha arrumado as botas!

Comentários