Smokey Mary - novo disco de Harry Connick Jr!
A capa do novo CD e a Smokey Mary a desfilar no Mardi Gras
É uma edição limitada, este CD. Pode ser encomendado online, em formato digital, mas segundo li, mesmo dentro dos Estados Unidos, só vai ser vendido na área de New Orleans. O professor de teatro dos tempos do liceu de Harry Connick Jr., Sonny Borey, capitão da Krewe of Orpheus, desafiou-o a escrever uma canção sobre a Smokey Mary, esta locomotiva que é uma estrela do desfile de Carnaval de New Orleans. A locomotiva a carvão que a inspirou atravessava os pântanos de New Orleans no séc. XIX até Milneburg perto do lago Pontchartrain. Primeiro Harry não achou a ideia digna de qualquer esforço criativo mas depois acabou por pegar nela e surgiu uma canção e até um novo disco muito festivo. Ao ler Mind on the Matter e City Beneath the Sea no alinhamento do novo trabalho reconheci que são do CD Star Turtle, de 1996. Esse eu tenho.
Já não sei quando comprei o primeiro CD de Harry Connick Jr. , talvez tivesse sido depois dele ter composto a banda sonora do filme When Harry met Sally, altura em que se tornou extremamente popular, ou até talvez antes, mas o CD tinha, e tem, o nome dele. Harry é um neo-crooner norte-americano, talvez menos conhecido do que Bublé ou Jamie Cullum, mas, para mim, muito melhor do que qualquer deles. Ele é cantor, compositor, exímio pianista, baterista e big band leader. É incrivelmente versátil mas nem sempre tem mantido crítica e público igualmente satisfeitos. Durante anos eu comprei sempre os CD de Connick. Songs I heard é um caso triste. Não o tenho pois emprestei-o a um amigo que o perdeu. Depois disso ainda comprei Only you. Depois deixei de seguir a carreira do menino bonito que um dia se disse ser o sucessor provável de Sinatra. Só que não foi. E ninguém se importa muito com isso. Crooners mais antigos e representativos, toda a gente conhece, o maior deles, Ol' Blue Eyes Frank Sinatra, também Tony Benett, ou Bing Crosby. Já estão a ver o estilo: são sempre homens que cantam canções populares acompanhados de uma big band. Eu adoro esse tipo de cantor, mas sempre tive uma especial predilecção por Connick. Não sei qual é a fórmula milagrosa da sua música mas durante anos a fio os CD de Harry foram a minha garantia contra a melancolia dos dias de chuva invernosa e o mau humor. ( Esse meu amigo que extraviou o CD está até hoje na minha lista negra como se um criminoso se tratasse talvez por isso mesmo! Porque não fui mais insistente com o velhaco? Porque não me comprou outro?!! O cão do Fernando mijou em cima do meu CD dos Sigur Rós e ele comprou-me outro, foi limpinho! Eu devo ter sido mole, sei lá eu agora porquê, e estes amigos da onça, onde acham mole, carregam! Foi-se encolhendo, arranjando desculpas esfarrapadas e depois saíu do meu radar. Acho que está nas ilhas, do que ainda me lembro...) Connick também vai aparecendo em alguns filmes, e até séries de TV, mas a sua carreira no cinema é muito pouco empolgante. Na música ele navega entre o jazz e o funk e os blues. Smokey Mary parece ser mais funky e blues. Espero que os estimados fãs americanos coloquem mais umas faixas no Youtube, please! Para já, aqui ficam Dang You Pretty e Smokey Mary!
1 Smokey Mary
2 Hurricane
3 Cuddina Done It
4 Wish I Were Him
5 S'posed to Be
6 The Preacher
7 Dang You Pretty
8 Angola (At the Farm)
9 Nola Girl
10 Mind on the Matter
11 City Beneath the Sea
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