Jovem de 18 anos atira gatos do castelo de Montemor-o-Velho e o amigo filma
Crónica de Rodrigo Guedes de Carvalho, de 2011, já, mas que encontrei no Facebook e que resolvi trazer para aqui. Penso que ele se refere a isto: "Um vídeo que circula nos telemóveis está a chocar os amigos dos animais em Portugal. As imagens, a que o PortugalDiário teve acesso, mostram um jovem, que segundo as autoridades tem 18 anos, a atirar um gato do castelo de Montemor-o-Velho, enquanto sorri para a câmara. Fiz uma busca e encontrei um caso de um indivíduo que é suspeito de roubar gatos e de os atirar do castelo de Montemor-o-Velho, situação denunciada pela Associação Animal, que estava a ser investigada, pela GNR, que ia começar por identificar o alegado autor e averiguar a existência de procedimento criminal e contra-ordenacional. E mais outra, de gravação de videos, por jovens, também em Montemor-o-Velho.
“Daqui a Nada” foi a primeira experiência literária de R. Guedes de Carvalho. Poucos saberão que antes de ser o jornalista que todos conhecemos, já era escritor. Este livro foi escrito em 1983, quando o escritor tinha apenas 20 anos. Além do jornalismo e da escrita, que parece ser uma paixão antiga, Rodrigo Guedes de Carvalho também parece ser um bom amigo dos animais, sempre pronto a alinhavar umas linhas em sua defesa. Mas ele erra ao escrever aqui que são "dois miúdos", porque não são. Impõe-se ser rigoroso. São dois jovens, um deles, diz-se, tem 18 anos. Ou seja, pode votar, pode tirar a carta de condução, pode viajar pelo mundo sem pedir autorização aos progenitores. Ter 18 anos é mais do que idade para ter juízo. Não vamos dizer que é um miúdo não vá alguém lembrar-se de dizer que este acto de violência não passou de uma brincadeira de crianças, assim como quem fisga pardais, dispensando assim alguma culpa no acto. Este jovem deve assumir e responder pelo mal feito, embora a nossa lei não esteja lá muito preocupada com o destino de cães e gatos. Ainda.
Leiam:
"(...)Dois miúdos, cada um com a sua câmara de vídeo. Um vai para o alto de um castelo, ou muralha, ou lá o que é. O outro fica lá em baixo. O lá de cima leva um gato nas mãos. Ri-se, mostra o animal à câmara e depois atira-o das alturas. Filma o seu gesto, o animal pelo ar. O de lá de baixo, já adivinharam, filma a parte final do voo do animal, o seu impacto no chão, a sua absurda morte emigalhada. Ri-se também para a câmara. Em ambos os casos, fazem comentários a condizer com a sua bestialidade.
Julgando ter graça, colocam sobre o voo do animal um som de gritos arábicos, jogando com a ideia de um gato-suicida. (...) Foi, digamos, a parte 'objectiva' desta crónica. Mas, na verdade, esclarecidos os factos, apetece-me ser pouco objectivo, e muito menos politicamente correcto. Porque em todos os casos em que falamos de miúdos vem logo a lengalenga da sua "condição sócio-económica", e do tipo de "referências que marcam a sua educação", mais o blá-blá de que não "há crianças más", e por aí a diante. Ouço estas explicações do costume, olho as imagens que não julgava possíveis, e só me apetece, confesso-vos, oportunidade de apanhar os miúdos e desabar-lhes uma chuva de estaladas até me fazer doer o braço, e fazê-los engolir ao pontapé o sorriso psicótico de imberbe homicida. Chocado com a minha afirmação? À vontade. Assumo-a e até a repetiria (...).
Acredito piamente que estes miúdos são umas bestas precoces, e quero lá saber do seu background. Quem faz isto dificilmente deixará de cometer outras crueldades. E não me venham, por favor, com a conversa que já ouvi de alguns amigos meus: "Ó pá, não me digas que quando eras puto nunca mandaste umas pedras aos gatos ou aos cães?..." Não, não mandei, desculpem lá. Não mandei nunca e não compreendi nunca quem o faça, embora viva num país onde uma das cançonetas para educar as criancinhas diz que "atirei o pau ao gato mas o gato não morreu". Sendo que a selvajaria de que falo não se compara com o atirar do calhau. Trata-se de uma maldade planeada, com um requinte de crueldade inimaginável.(...)
Porque há uma certeza que ninguém me tira: quem é capaz de olhar nos olhos de um gato, ou qualquer outro animal, e prosseguir com o seu plano nojento e maquiavélico, será capaz de muitas coisas mais. Quem abusa, descarrega ou maltrata seres fracos ou indefesos, sejam gatos ou homens, só mosta que é uma besta cobarde. Tenha lá a idade que tiver. De pequenino se torce o pepino."in TVmais
Entretanto também encontrei um texto magnífico que ensina a cuidar de gatinhos bebés. Está no blogue Bolinhas de Pelo. O que eu aprendi sobre como cuidar de gatinhos, nunca imaginei que fosse tão complexo!!Leiam e atentem no papel da gata, como é importante a presença dela junto dos filhotes nos primeiros tempos de vida. Os gatos são um dos meus mais recentes tópicos de interesse e tenho-me dedicado a saber mais sobre eles.
Leiam:
"(...)Dois miúdos, cada um com a sua câmara de vídeo. Um vai para o alto de um castelo, ou muralha, ou lá o que é. O outro fica lá em baixo. O lá de cima leva um gato nas mãos. Ri-se, mostra o animal à câmara e depois atira-o das alturas. Filma o seu gesto, o animal pelo ar. O de lá de baixo, já adivinharam, filma a parte final do voo do animal, o seu impacto no chão, a sua absurda morte emigalhada. Ri-se também para a câmara. Em ambos os casos, fazem comentários a condizer com a sua bestialidade.
Julgando ter graça, colocam sobre o voo do animal um som de gritos arábicos, jogando com a ideia de um gato-suicida. (...) Foi, digamos, a parte 'objectiva' desta crónica. Mas, na verdade, esclarecidos os factos, apetece-me ser pouco objectivo, e muito menos politicamente correcto. Porque em todos os casos em que falamos de miúdos vem logo a lengalenga da sua "condição sócio-económica", e do tipo de "referências que marcam a sua educação", mais o blá-blá de que não "há crianças más", e por aí a diante. Ouço estas explicações do costume, olho as imagens que não julgava possíveis, e só me apetece, confesso-vos, oportunidade de apanhar os miúdos e desabar-lhes uma chuva de estaladas até me fazer doer o braço, e fazê-los engolir ao pontapé o sorriso psicótico de imberbe homicida. Chocado com a minha afirmação? À vontade. Assumo-a e até a repetiria (...).
Acredito piamente que estes miúdos são umas bestas precoces, e quero lá saber do seu background. Quem faz isto dificilmente deixará de cometer outras crueldades. E não me venham, por favor, com a conversa que já ouvi de alguns amigos meus: "Ó pá, não me digas que quando eras puto nunca mandaste umas pedras aos gatos ou aos cães?..." Não, não mandei, desculpem lá. Não mandei nunca e não compreendi nunca quem o faça, embora viva num país onde uma das cançonetas para educar as criancinhas diz que "atirei o pau ao gato mas o gato não morreu". Sendo que a selvajaria de que falo não se compara com o atirar do calhau. Trata-se de uma maldade planeada, com um requinte de crueldade inimaginável.(...)
Porque há uma certeza que ninguém me tira: quem é capaz de olhar nos olhos de um gato, ou qualquer outro animal, e prosseguir com o seu plano nojento e maquiavélico, será capaz de muitas coisas mais. Quem abusa, descarrega ou maltrata seres fracos ou indefesos, sejam gatos ou homens, só mosta que é uma besta cobarde. Tenha lá a idade que tiver. De pequenino se torce o pepino."in TVmais
Entretanto também encontrei um texto magnífico que ensina a cuidar de gatinhos bebés. Está no blogue Bolinhas de Pelo. O que eu aprendi sobre como cuidar de gatinhos, nunca imaginei que fosse tão complexo!!Leiam e atentem no papel da gata, como é importante a presença dela junto dos filhotes nos primeiros tempos de vida. Os gatos são um dos meus mais recentes tópicos de interesse e tenho-me dedicado a saber mais sobre eles.
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