São Julião da Figueira da Foz: uma imagem religiosa peculiar
Vivo na freguesia de São Julião da Figueira da Foz há muitos anos, com interregnos mais ou menos longos de tempos a tempos. S. Julião é sede do concelho da Figueira da Foz e situa-se no distrito de Coimbra. O seu Orago é São Julião, o Hospitaleiro, assim chamado porque ele e a esposa recebiam e hospedavam na sua estalagem pescadores pobres. Sobre este santo pode ler-se no site da freguesia:
Teria nascido cerca de 250 (segundo uma cronologia indicada pelo Prior José dos Santos Palrinhas, que não menciona a fonte utilizada), em Antióquia, cidade da Síria. Pouco depois de atingir os 18 anos, casou com Basilissa. Segundo a lenda, este casal comprometeu-se a viver em perpétua castidade. Procuraram obter a santificação através da perfeição e de uma vida ascética. Para esse efeito, transformaram a casa em que habitavam num hospício, que tinha capacidade para recolher até mil pobres. Basilissa ocupava-se das pessoas do seu sexo, em instalações separadas, enquanto Julião se encarregava dos homens. Perseguido, foi poupado pelas feras e tendo resistido às chamas, Julião acabou por ser decapitado.
A festa em honra do padroeiro teve lugar a 9 de Janeiro e esta fotografia foi publicada no jornal paroquial O Dever de 5 de Janeiro. Penso que talvez seja de uma estátua do santo que se encontre na Igreja Paroquial de S. Julião. Já lá não entro há muito tempo e não tenho a certeza se será assim. Sem querer parecer desrespeitosa, pobre São Julião. À semelhança do que sucedeu ao santo, também esta estátua parece ter sido alvo de decapitação. Será que este corpo e esta cabeça sempre estiveram juntos?! Eu olho para a imagem e só vejo um homem barbudo e grávido, de seios inchados. Ou, outra hipótese, uma mulher grávida disfarçada de homem barbudo! Em que estaria o artista escultor a pensar quando fez isto? Será apenas uma ilusão de óptica motivada pela perspectiva?!
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