Hoje há chuva de satélite americano
(Imagem retirada do site da NASA - é uma pintura digital)
O dinheiro não cai do céu mas os satélites velhos, sim. Hoje é melhor usarem um capacete de metal à cautela – se tiveram tido familiares que serviram em alguma guerra é ir ao baú das recordações, ou mineiros, trabalhadores da construção civil, engenheiros, não se acanhem ou ainda acabam o dia com um galo e nem é sexta-feira 13!! Não é uma chuva de estrelas, mas o satélite já foi uma estrela. Só que, como todas as estrelas, apagou-se e morreu. O satélite norte-americano - vejam a página da NASA - vai despenhar-se algures e eu estou a brincar quanto à probabilidade de serem atingidos. Não é que acredite piamente no que a NASA diz - bolas, eu vi os X-Files!! - mas a NASA garante que é pouco provável que algumas das peças atinja alguém. O título desta notícia é reconfortante, pelo menos para os americanos – o engenho espacial de seis toneladas, do tamanho de um autocarro, não vai cair na América. Esperam que a re-entrada na atmosfera terrestre se dê durante a tarde. Eu sempre pensei que essas latas se volatilizavam na atmosfera, que eram pulverizadas. Porque não chamaram o Clint Eastwwod para resolver a situação?! Parece um caso para uma missão dos Space Cowboys! De acordo com a notícia pelo menos 530 kg de lixo espacial poderão chegar ao chão ou ao mar. Se encontrarem uma peça, não lhe toquem - nunca se sabe se não terá vírus alienígenas. Devem informar as autoridades competentes. Que são quem? Imaginemos que estou na praia e que ali mesmo ao meu lado cai um parafuso. Primeiro eu até penso que alguma gaivota abriu a cloaca, mas depois de observar melhor vejo que o parafuso voador diz Property of the United States Government e revejo a conclusão. E então telefono a quem?!! Há dias li que já tinham emanado um comunicado a lembrar o pessoal do Mundo que qualquer pedaço desse lixo era americano. Tudo bem, também não estou exactamente interessada num souvenir radiocativo...
A NASA colocou o satélite em órbita em 1991 com recurso ao vai-vem Discovery. Ele desempenhou um papel importante no estudo da camada de ozono da atmosfera. Originalmente projetado para uma missão de três anos, media compostos químicos na camada de ozono, vento e temperatura na estratosfera, bem como a energia proveniente do sol. Esses dados ajudaram a definir o papel da atmosfera superior da Terra sobre o clima e a variabilidade climática. O UARS- Upper Atmosphere Research Satellite (sigla em inglês para satélite de pesquisas da alta atmosfera), esgotou o seu combustível em 2005, inviabilizando o controle da queda. God have mercy on our planet. Já não bastava o lixo que se acumula na Terra, hoje chovem satélites.
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