Polémica com logotipos: Banco Alimentar contra a Fome versus Banco Alimentar Animal
...QUIS APROVEITAR-SE DA NOTORIEDADE E IMAGEM DO BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME...ou de como a solidariedade é um bom negócio
"Os advogados Tomás Vaz Pinto e Vasco Stilwell d’Andrade afirmam que as similaridades entre os dois bancos alimentares passam pela utilização «da mesma cor e de um domínio semelhante» na Internet e levam várias pessoas a dirigirem-se ao Banco Alimentar Contra a Fome pensando tratar-se do Banco Alimentar Animal. "
(Utilização da mesma cor!!!!!!)
"A alegada confusão «poderá ofender os milhares de dadores e voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome», que podem associar a iniciativa do Banco Alimentar Animal à actividade do Banco Alimentar contra a Fome, «criando ainda a ideia de que a contribuição e ajuda das pessoas mais carenciadas [sic] se poderá equiparar ao apoio a animais, o que não é aceitável», sustentam os causídicos no mesmo e-mail."
Ler todo o artigo do jornal Sol, aqui!
Argumentação muito pobre e indigna, isso sim, de quem é dador e voluntário do Banco Alimentar Contra a Fome que, tenho a certeza se estará nas tintas para estas questões e mais interessado em fazer o que é preciso. Por estas e outras é que deixei de considerar as instituições "de apoio" e agora faço solidariedade directa. As pessoas que as orientam não raras vezes perdem-se em questões irrelevantes como esta, e não vou mais longe. Pelos vistos o Banco Alimentar Contra a Fome tem tanto dinheiro que até está disposto a pagar a uma boa firma de advogados para agirem judicialmente contra uma outra entidade por questões mindinhas. Reparem como a solidariedade se tornou um negócio tão competitivo que até já se paga a advogados para enxotar a concorrência!!! (Gostava de saber se existiu antes disto alguma abordagem extra-judicial ou se partiram logo para a guerra!!) Para mim vida é vida, a vida deve ser preservada em toda a linha, não sou arrogante ao ponto de pensar que apenas os seres humanos merecem ser ajudados. Ou que em virtude dos tempos de crise se devam deixar morrer os bichos.Quem pensa assim não deve estar a pensar no perigo que representa haver pelas ruas animais esfaimados e doentes e no papel importante de todas essas pessoas que cuidam desinteressadamente dos animais.Interessante teria sido que o Banco Alimentar Contra a Fome tivesse pensado em colaborar com essa outra entidade, Banco Alimentar Animal, mas para isso teriam de ser mais humanos do que são, era pedir muito.
Às vezes fico mesmo contente por ter deixado a advocacia. Até parece que alguns advogados na sua ânsia de agradar aos clientes deixam muitas vezes de usar a cabeça para pensar, limitam-se a usar os dedos para contar quanto vão facturar, argumentam com tudo mesmo com o que é impróprio da condição humana.Tenho pena que não apareça aí alguém que queira patrocinar o Banco Alimentar Animal pois até poderiam ganhar a causa e receber algum dinheiro para comprar rações para a bicharada à conta desta tolice. É que não estou convencida de que haja de que haja lugar a tanta confusão assim.
O INPI foi consultado, não começou a trabalhar ontem com estas questões. Eu ainda me recordo de alguma coisa sobre Propriedade Industrial: trata-se de assegurar a uma entidade ou pessoa a integridade dos seus sinais distintivos, nomes, logotipos, marcas, ou seja, a não usurpação por terceiros, e acautelar a concorrência desleal. Isto é importante pois eles são o cartão de visita da entidade, comunicam com o seu público, geram valor para o negócio. Até que ponto há ou não uma atitude usurpadora por parte do Banco Alimentar Animal ao utilizar esta denominação? Eu tenho dúvidas, os factos avançados não chegam para perceber. Querem capitalizar à custa do Banco Alimentar Contra a Fome?!! Recolhem coisas completamente distintas deste e dirigem os seus apoios a animais, não a pessoas. Portanto, existem aqui duas ponderações a saber: poderá o banco Alimentar contra a Fome ser prejudicado na sua imagem e/ou proveitos? Acho que não. Poderá o Banco Alimentar Animal retirar vantagens disto? Esta colagem traz-lhe benefícios?! Quais? Mudaram já o nome e endereços electrónicos por não terem meios para fazer face às despesas judiciais, isso é que é ser prático e lúcido.
Ao ver o seu blogue percebe-se o carácter realmente voluntário e desinstitucionalizado do agora Projecto de Ajuda Alimentar Animal se comparado com o outro Banco. Pelo menos irão capitalizar em torno da publicidade gratuita que esta notícia gerará. O mundo só é interessante porque é diverso. Imaginem quantas espécies de animais já se extinguiram e o empobrecimento cultural que isso representa. Não pensamos nisso todos os dias. Mas eu lembro-me com frequência que o shar pei se podia ter extinguido já que privo de perto com um.
Os animais devem ser acarinhados e tratados com dignidade. Acções de apoio em relação aos animais talvez deixassem de ser necessárias se as pessoas aprendessem de uma vez por todas que um gato ou um cão não é uma coisa. Não se pode comprar um cachorro no Jumbo, usar e deitar na rua quando começa a chatear porque cresceu, rói a mesa, não pode entrar no restaurante, adoece, em suma ,porque dá trabalho. Falta educar as pessoas para isso porque agora as pessoas precisam de ser educadas para tudo, é isso que eu também não percebo, a espécie inteligente ficou estúpida de repente!!! Quem não tem meios, paciência, capacidade,etc, não deve adquirir um animal.
Comentários
Obrigado pela sua noticia sobre o BACF e o ex-BAA, Actual PAAA
Sou o João Pedro , co-fundador do projecto ex BAA e escrevo-lhe este comentário porque as suas palavras vão de encontro a nossa opinião e a decisão que tomamos de adquirir outro nome sem qualquer referencia ao nome banco por duas razoes: continuar um projecto que tem muito para dar e mostrar que com outro nome a essencia da ideia mantem se e vai continuar a ajudar as inumeras associaçoes e particulares que já ajudamos e vamos continuar a ajudar.
bem aja
cumps
Deixe-me dizer-lhe que não houve nenhum pré contacto do BACF ao Banco alimentar animal a não ser a própria carta dos advogados.
uma vergonha que dá muito em que pensar...também sou defensora da ajuda directa aos que precisam, sejam de que espécie forem!
Susana Guimarães, voluntária do banco alimentar animal e outras associações.
Mena
No entanto acabei por verificar que infelizmente muitos senhores e senhoras deste nosso cantinho à beira mar plantado, não passam de completos ignorantes.
Claro que nós como defensores das causas animais nada mais podemos que nos cingir à nossa insignificância. Como não temos dinheiro para pagar a advogados conceituados nada mais há a fazer que “mudar o nome” da causa e continuar em frente.
A isto chamamos “Solidariedade”, na minha singela opinião neste momento temos seres vivos de 1ª categoria e seres vivos animais de 2ª ou quiçá de 3ª ou mesmo 4ª categoria.
Demonstrámos a estes ditos senhores que não perdemos tempo com mesquinhices e nem gastamos a nossa pouca energia com batalhas que não achamos importantes.
Pensava eu que a prioridade seria não haver fome, no entanto os recursos parecem-me desiguais e, lamentavelmente, de algum lado vêm o dinheiro para simplesmente não se confundir “BAA” com “BA”.
Com alguma perplexidade confirmo o que tenho vindo a verificar ao longo de alguns aninhos nesta luta, se não contarmos unicamente com a nossa perseverança, a nossa teimosia, a nossa luta e a nossa energia nada mais temos e nenhum meio nos será assegurado.
Resta-me o consolo de que relativamente a esta gente, somos mais tolerantes, compressivos, fortes e amamos quem nos ama incondicionalmente e temos a alegria de conhecer a felicidade de um pequeno ser, sendo ele o único que nos ama mais que nós nos amamos a nós próprios.
Por tudo isto amigos, não abandonem esta causa, podemos ser poucos mas fazemos a diferença.