E se os humanos ainda conseguissem hoje mexer os dedos dos pés como os chimpanzés?


Uma pessoa anda aqui pelo feed do Facebook a tentar desopilar e pumba! O algoritmo sugere uma questão primordial para espicaçar o cérebro indolente e feriadado:” E se os humanos ainda conseguissem hoje mexer os dedos dos pés como os chimpanzés? “A D. Evolução deu ordem de marcha à macacada, e quanto antes, porque já sabia que tal habilidade ia ser muito importante nas paradas militares. Toca a treinar, toca lá. Assim, nós fomos andando, os macacos ficaram para trás, entretidos em exercícios de contorcionismo plantar com mil bananas. Estou aqui a olhar para o meu par de pés e a pensar que em vez de suportarem apenas o peso da minha preguiça e gulodice, bem podiam ajudar-me a segurar o telemóvel enquanto leio a receita de Bolo Nevão de Natal e bato claras em castelo com o fouet. E que no Natal receberia 7 pares de meias com dedos para as minhas extremidades friorentas, tal qual as luvas de lã! E como as mulheres teriam sido uns autênticos polvos domésticos por todo o longo reinado das fadas do lar do multitasking! E talvez o Edgar nem tivesse criado o Tarzan, esse “herói da selva” clássico, porque todos poderiam trepar e saltar pelas árvores como se fossem ginastas olímpicos com superpoderes! WOW! E que o futebol nunca teria nascido, pois não. Hoje o desporto rei seria o Foothanball, mais conhecido por Manopé. Imaginem o Ronaldo a jogar Manopé, a agarrar a bola com um dedo do pé, a girá-la no ar, a passar com o mindinho do pé para o outro pé, enquanto desenhava um "coração" com as mãos! O delírio que não seria para a macacada nas bancadas, tudo a bater palmas com os pés e com as mãos ao mesmo tempo! As almofadas para o rabo seriam um adereço obrigatório em todos os estádios. A D. Evolução é tramada: deu inteligência ao homem para inventar almofadas mas ofereceu calosidades isquiáticas aos seus primos da selva. Paciência. Não se pode ter tudo. A D. Evolução nunca poderia supor que os homens inventariam um jogo de 90 minutos ou mais onde os adeptos não arredariam o rabo do lugar. Qualquer animal sabe que não é bom ficar parado no mesmo sítio durante muito tempo, mas a esperteza dos homens deu-lhes para isso. E os computadores? O primeiro computador pessoal teria sido um irmão bastardo do piano que nos solicita mãos e pés: o teclado no chão, para melhor acesso aos dedinhos, ecrã assente na mesa, à altura dos olhos. E o rato? Talvez no chão, talvez não: faria cócegas nos pés? Não sei. Seria sem dúvida bom ter as mãos livres para levar à cabeça quando aparecesse no ecrã do nosso computador um texto maluco como este, escrito com as mãos como se fosse com os pés! O que seríamos e do nosso ócio sem estes títulos instigantes a correr pelo nosso feed? Meros macacos a jogar Mikado com bananas.

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