Fogos Portugal 2025 - UM ALERTA
Texto de ANA PERPÉTUO
Como muitos de vocês sabem, estive muito envolvida nos devastadores incêndios de 2017 e isso a par da minha prática profissional, levou -me a uma profunda aprendizagem, repleta de erros e acertos, como em tudo na vida.
Devido à bagagem que adquiri, tenho de alertar sobre algumas verdades essenciais para quem quer ir ou está a pensar ir para as zonas afectadas dos incêndios.
É por isso que acho que devo fazer esta publicação, espero que sirva de alerta a muitos de vocês.
- Primeiramente, é louvável o desejo de ajudar, mas apelo: não vão para o terreno ainda!
A segurança de todos é prioridade. Se querem fazer a diferença, dirijam-se aos quartéis de bombeiros e ofereçam donativos, como água, frutas, alimentos e materiais de primeiros socorros. Cada contribuição é vital e sempre necessária.
Podem ainda ajudar na confecção das refeições, são sempre precisos braços para trabalhar.
- Se, por outro lado, decidirem ir para a área afetada, façam-no com extrema cautela. Juntem-se a grupos que já estejam organizados no local.
Nunca, sob nenhuma circunstância, se aventurem sozinhos. O terreno é perigoso e não coloquem as vossas vidas em risco, nem de terceiros.
Informem, as autoridades sobre os vossos planos e avisem os serviços das câmaras sobre as doações que distribuírem. Isso evitará duplicidade de ações e irá maximizar a eficiência da ajuda.
- É crucial lembrar que estamos a lidar com dor e sofrimento imensos. Não exponham a tragédia das pessoas. Respeitem a dor de quem perdeu tudo. Não é hora de ir buscar visualizações ou aplausos nas redes sociais. Tenham empatia!
- Além disso, evitem dar informações pessoais e detalhes que possam identificar locais. Isso pode atrair figuras mal intencionadas, como aconteceu em Pedrógão e nos incêndios subsequentes em outubro.
- A abertura de contas em nome de vítimas, neste momento, é prematura e contraproducente. Não há um levantamento oficial dos prejuízos e, em situações anteriores, o governo já se comprometeu a apoiar aqueles que perderam animais, casas e bens.
Após esse apoio inicial, será possível ajudar de maneira efetiva, especialmente porque muitos afetados poderão ter dificuldade em comprovar o que perderam.
- Se mesmo assim quiserem fazê-lo, façam- no para coisas urgentes: comida para os animais que sobreviveram, sementes para as pessoas semear pastos e afins, alimentação.
Isto é muito importante para as pessoas, acreditem que estão a dar-lhes ferramentas para assim que puderem voltar a pôr a terra a produzir e sentirem que o seu mundo, a sua vida não parou.
- Não façam qualquer limpeza ou movimentação nos escombros até que sejam dadas orientações claras. Registros fotográficos serão necessários para documentação dos prejuízos, e cada detalhe conta.
-Cuidado também com alguns voluntários, para que não aconteça o que aconteceu em 2017 com o roubo de animais.
Tenham atenção que nem toda a gente vai com o intuito de ajudar, mas sim de observar .
- E não se esqueçam que agora temos aí a IA que consegue criar coisas falsas com uma precisão fantástica e assustadora. Já andam por aí a circular vídeos falsos com pedidos de ajuda feitos por Inteligência Artificial.
Mantenham-se atentos e verifiquem sempre as vossas fontes.
- Por último, e talvez mais importante: fiquem atentos às burlas. Infelizmente, há sempre quem tente aproveitar-se da desgraça alheia.
Em 2017 houve muitas pessoas a abrir contas e a receber doações que não precisavam que venderam posteriormente.
Houve inclusivamente pessoas a irem, a Espanha comprar sucata ardida para receberem donativos para comprar alfaias agrícolas que nunca tiveram
É fundamental esperar pelo levantamento dos danos antes de agir.
Vivam essa solidariedade com segurança , responsabilidade e consciência.
Ajudar é um ato nobre, mas deve ser feito de maneira ética e respeitosa.
Estamos juntos nessa luta.
#Fogos2025 - retirado de https://www.facebook.com/ana.perpetuo/posts/pfbid022v9qyXMn34ZQBhXUdVpLjYoqS1F9dyumF4BXDfnLeetTvyLyobtoacu6m3TNxzUl
Como muitos de vocês sabem, estive muito envolvida nos devastadores incêndios de 2017 e isso a par da minha prática profissional, levou -me a uma profunda aprendizagem, repleta de erros e acertos, como em tudo na vida.
Devido à bagagem que adquiri, tenho de alertar sobre algumas verdades essenciais para quem quer ir ou está a pensar ir para as zonas afectadas dos incêndios.
É por isso que acho que devo fazer esta publicação, espero que sirva de alerta a muitos de vocês.
- Primeiramente, é louvável o desejo de ajudar, mas apelo: não vão para o terreno ainda!
A segurança de todos é prioridade. Se querem fazer a diferença, dirijam-se aos quartéis de bombeiros e ofereçam donativos, como água, frutas, alimentos e materiais de primeiros socorros. Cada contribuição é vital e sempre necessária.
Podem ainda ajudar na confecção das refeições, são sempre precisos braços para trabalhar.
- Se, por outro lado, decidirem ir para a área afetada, façam-no com extrema cautela. Juntem-se a grupos que já estejam organizados no local.
Nunca, sob nenhuma circunstância, se aventurem sozinhos. O terreno é perigoso e não coloquem as vossas vidas em risco, nem de terceiros.
Informem, as autoridades sobre os vossos planos e avisem os serviços das câmaras sobre as doações que distribuírem. Isso evitará duplicidade de ações e irá maximizar a eficiência da ajuda.
- É crucial lembrar que estamos a lidar com dor e sofrimento imensos. Não exponham a tragédia das pessoas. Respeitem a dor de quem perdeu tudo. Não é hora de ir buscar visualizações ou aplausos nas redes sociais. Tenham empatia!
- Além disso, evitem dar informações pessoais e detalhes que possam identificar locais. Isso pode atrair figuras mal intencionadas, como aconteceu em Pedrógão e nos incêndios subsequentes em outubro.
- A abertura de contas em nome de vítimas, neste momento, é prematura e contraproducente. Não há um levantamento oficial dos prejuízos e, em situações anteriores, o governo já se comprometeu a apoiar aqueles que perderam animais, casas e bens.
Após esse apoio inicial, será possível ajudar de maneira efetiva, especialmente porque muitos afetados poderão ter dificuldade em comprovar o que perderam.
- Se mesmo assim quiserem fazê-lo, façam- no para coisas urgentes: comida para os animais que sobreviveram, sementes para as pessoas semear pastos e afins, alimentação.
Isto é muito importante para as pessoas, acreditem que estão a dar-lhes ferramentas para assim que puderem voltar a pôr a terra a produzir e sentirem que o seu mundo, a sua vida não parou.
- Não façam qualquer limpeza ou movimentação nos escombros até que sejam dadas orientações claras. Registros fotográficos serão necessários para documentação dos prejuízos, e cada detalhe conta.
-Cuidado também com alguns voluntários, para que não aconteça o que aconteceu em 2017 com o roubo de animais.
Tenham atenção que nem toda a gente vai com o intuito de ajudar, mas sim de observar .
- E não se esqueçam que agora temos aí a IA que consegue criar coisas falsas com uma precisão fantástica e assustadora. Já andam por aí a circular vídeos falsos com pedidos de ajuda feitos por Inteligência Artificial.
Mantenham-se atentos e verifiquem sempre as vossas fontes.
- Por último, e talvez mais importante: fiquem atentos às burlas. Infelizmente, há sempre quem tente aproveitar-se da desgraça alheia.
Em 2017 houve muitas pessoas a abrir contas e a receber doações que não precisavam que venderam posteriormente.
Houve inclusivamente pessoas a irem, a Espanha comprar sucata ardida para receberem donativos para comprar alfaias agrícolas que nunca tiveram
É fundamental esperar pelo levantamento dos danos antes de agir.
Vivam essa solidariedade com segurança , responsabilidade e consciência.

Ajudar é um ato nobre, mas deve ser feito de maneira ética e respeitosa.
Estamos juntos nessa luta.
#Fogos2025 - retirado de https://www.facebook.com/ana.perpetuo/posts/pfbid022v9qyXMn34ZQBhXUdVpLjYoqS1F9dyumF4BXDfnLeetTvyLyobtoacu6m3TNxzUl
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