Desafio de escrita dos Pássaros #desafio dos pássaros


Até há uns minutos não sabia que existia um blogue de nome Desafio dos Pássaros. A descoberta deve-se ao calor. Este escritório está quente do chão ao tecto. Não se aguenta apesar do vento morno que entra pela janela. A ventoinha do computador não pára de chiar, a cadela de ofegar e até o rato parece transpirar sob a palma da minha mão! É uma tarde imprópria para máquinas, todo o tipo de animais e humanos! O meu cérebro pediu um intervalo misericordioso e eu dirigi-me ao Blogger em busca de refresco sob a forma de palavras. No topo da Lista de leitura apareceu a Dona Redonda anunciado um desafio de escrita no dito blogue dos Pássaros, um desconhecido para mim, o que não espanta. Pertence ao charquinho dos batráquios, o meu fica-se pelo pântano mais antigo, o Blogger, de onde esta sua escrava raras vezes emerge para conviver em paragens mais verdes. Diz-se que nunca devemos tomar decisões de cabeça quente, talvez não me devesse ter inscrito no Desafio. Por outro lado, sinto que a decisão não foi tomada pela cabeça e antes pelo coração. Quem me conhece sabe o quanto adoro pássaros. E desafios. Nunca me propus tal: o tempo nunca chega. Mas nunca digas nunca. Um desafio dos pássaros soava-me bem mesmo que o meu cérebro amolentado mal conseguisse prever o futuro do meu irreflectido acto. Inscrevi-me sem pensar muito. De repente o meu cérebro antes tão entorpecido parece que voava. Dei por mim a pensar nas infinitas possibilidades que o desafio da escrita podia revelar: coisas frescas para ler todas as semanas, a descoberta de um novo bando, novas partilhas. Espreguicei as asas e enchi o papo de ar. Fiz-me ao Desafio dos Pássaros e manifestei o meu receio à passarada: “ 17 semanas. Muito milho para o meu papo.” A bem da liberdade, que nenhum pássaro se sente bem aprisionado numa gaiola, podemos desistir. Mas esta ave não gosta de desistir. Nem que perca as penas uma a uma, nem que fique careca como um pobre frango de aviário, esta ave há-de conseguir chegar ao fim. Ou então, não. Tombará de bico rombo sobre o teclado. RIP avesinha doida. É perigoso tomar decisões de cabeça quente. Mas isso só se vai saber daqui a muitos voos. Para já, prepare-se uma boa ração de sementes e água fresca que a viagem está quase a começar.

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