A grande invasão da Vespa Asiática - vespa velutina nigrithorax

Vespa velutina nigrithorax ou vespa asiática  Fonte


"Quatro anos depois de se extinguirem as abelhas, extingue-se a humanidade"

- Albert Einstein

A abelha é o insecto polinizador por excelência. A sua população tem sofrido enorme decréscimo, fruto de perda de habitat, uso de pesticidas, poluição, de doenças, mudanças climáticas, ou espécies invasoras, como é o caso da vespa velutina nigrithorax ou vespa asiática, em território europeu. A sua presença aqui e disseminação são preocupantes porque é predadora da abelha europeia, a Apis mellifera, além de outros insectos polinizadores, o que tem um impacto directo na apicultura.  É fácil constatar o dano que ela causa nas abelhas mas não nesses outros insectos: a vespa europeia, que também realiza um trabalho importante no equilíbrio da biodiversidade e polinização, é igualmente presa desta espécie de vespa. A presença destas vespas pode dissuadir as abelhas de saírem da colmeia para procurar comida enfraquecendo a colónia por falta de néctar e pólen. Uma colónia enfraquecida está mais exposta a doenças e parasitas. Por outro lado, a menor polinização das árvores de fruto resultante da diminuição do número de abelhas, vai reflectir-se em menor produção agrícola. As vespas asiáticas também danificam os frutos onde buscam sustento.

Vespa velutina nigrithorax diferencia-se das outras espécies autóctones da Europa mais conhecidos, como a vespula germânica ou vespa comum, e a Vespa crabro, pela sua muito elevada capacidade reprodutiva, a dimensão dos seus ninhos (ou vespeiros) e a rapidez de propagação no território: uma rainha pode voar 30km por dia. A vespa asiática tem alguns predadores naturais: o abelharuco, o texugo e o falcão abelheiro ou bútio-vespeiro. Existem muito poucos exemplares desta aves no Norte de Portugal.

Os objectivos do Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutinarevisto em 2018 e actualmente em curso, são a prevenção, vigilância e controlo da Vespa velutina em território nacional com vista à segurança dos cidadãos, à protecção da actividade agrícola, do efectivo apícola e da defesa da produção nacional de mel, bem como à minimização dos impactos sobre a biodiversidade. O apoio da população neste esforço é precioso:  apicultores, agricultores, caçadores, praticantes de desportos de ar livre, caminheiros e população em geral podem e devem ajudar na indicação e localização dos ninhos formando uma rede de vigilância activa informal.

👀 Ataques avespa asiática ás colmeas - Vídeo

A Apis mellifera é caçada pela vespa asiática, maior e com pernas longas, em pleno voo, ao entrar na colmeia carregada de pólen. A vespa enrola-se sobre ela, captura-a e depois descarta o que não interessa: o tórax, mais proteico, é o que procuram para alimentar as larvas.  Se o enxame está saudável, a vespa não pousa na tábua de voo da colmeia pois a presença das abelhas em guarda é dissuasora.  Mas se existirem mais vespas a predar o enxame, as abelhas diminuem e a vespa pode até conseguir entrar para se alimentar da criação e do mel. Os apicultores têm reduzido o tamanho das entradas já que as vespas asiáticas são maiores que as abelhas e colocado armadilhas na área do apiário para minorar o problema.

A nossa abelha não tem defesas próprias contra a vespa, ao contrário da sua congénere Apis cerana, que desenvolveu uma defesa eficaz. A Apis cerana agrupa-se e cobre a vespa, batendo as asas, com o intuito de matar pela produção de calor (45 ºC) a que ela não resiste. No futuro, fruto de adaptação e evolução, as nossas abelhas poderão vir a desenvolver uma forma de lidar com o novo predador.


👀  Defend hive Against Hornets in South Korea - Vídeo

Os ninhos da vespa velutina nigrithorax não devem ser perturbados pois tal gesto dará lugar à saída de muitas vespas do ninho, cobrindo-o, e batendo das asas de forma ruidosa.  Se essa manifestação ruidosa não espantar o "inimigo", as vespas asiáticas reagem em grupo de modo agressivo, encetando uma perseguição até algumas centenas de metros. A perturbação não deliberada de um ninho numa copa de árvore é difícil, mas pode acontecer se um ninho estiver perto do solo ou em algum local em que possa ser molestado por vibrações originadas por limpezas da vegetação, aparo de sebes, regas, limpeza de telhados, fachadas ou muros com jactos, passagem entre zonas de vegetação, etc.

Os ninhos definitivos, pela sua dimensão, inspiram receios, e aparecem não apenas no campo mas em zonas urbanas, já que a vespa asiática manifesta grande capacidade de adaptação. As pessoas não devem colocar-se, a si e aos outros, em risco ao tentar destruir ninhos de vespa recorrendo a métodos que não destroem completamente o ninho e as fundadoras, obreiras e machos, isto é, a colónia,  sem observar o ciclo biológico do insecto, e, por isso, sem eficácia, e sem usarem protecção adequada.

O perigo que uma picada por vespas asiáticas representa para os seres humanos é similar ao das vespas comuns e abelhas: existe o risco de choque anafilático para os que forem alérgicos à toxina. "Geralmente a picada de insectos provoca apenas a reação local, com dor, comichão, vermelhidão e inchaço no local da picada, resultante da injeção dos componentes tóxicos do veneno. Nos casos de reação alérgica grave (anafilaxia) os sintomas surgem geralmente alguns minutos após a picada e têm vários graus de gravidade, desde reação cutânea (urticária, angioedema), sintomas digestivos (náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal), respiratórios (pieira, estridor, falta de ar) a cardiovasculares (taquicardia, tonturas, confusão, sensação de desmaio), até ao choque anafilático com paragem cardiorrespiratória. O risco é habitualmente maior nas picadas de abelha do que nas de vespa. Os doentes com história de reações sistémicas devem ser portadores de um estojo de emergência com adrenalina para autoadministração.CUF

Se a picada da vespa asiática for em área sensível ou se acontecerem várias picadas, ainda que não se verifique reacção alérgica, é aconselhável observação médica em virtude da concentração de veneno poder ser danosa ao organismo humano.

O conhecimento do seu ciclo biológico anual é essencial para se conseguir actuar e prevenir a sua propagação.

No Inverno:

Entre Dezembro e Janeiro

As futuras rainhas fundadoras hibernam. Morrem a rainha fundadora originária, machos e obreiras da colónia. Em virtude do nosso clima ameno e da existência de abelhas, têm sido identificados ninhos activos em Janeiro, em zonas próximas do mar, ou seja, o ciclo biológico da vespa é mais longo aqui do que em França.

De Fevereiro a Março

As rainhas sobreviventes ao Inverno, despertam da hibernação, e fundam/ constroem um ninho primário que não é maior que uma bola vulgar. As "fundadoras" podem viajar dezenas de quilómetros para encontrar o sítio certo para instalar um ninho primário. O local escolhido para a implantação destes ninhos de aspecto esférico e frágil é muito variado, tratando-se normalmente de locais protegidos, mas não muito altos. As vespas procuram por zonas verdes, onde haja alimento para si - açucares, em flores e frutos. Para as larvas, futuras obreiras, buscam proteína, isto é, abelhas e outros insectos.  Também por cursos de água, já que precisam dela para viver e fazer a construção do ninho.

Entre Abril e Maio

Ao cabo de mês e meio, nascem as obreiras capazes de levar a cabo a construção do ninho definitivo e alimentar a fundadora, que assim se passa a dedicar à postura: pode pôr 100 ovos por dia. A rainha vive durante um ano e as obreiras entre 30-50 dias. O primeiro ninho será ampliado ou abandonado por outro, caso seja avaliada a necessidade de um lugar melhor, por exemplo, mais abundante em comida ou por água, que elas também usam para refrescar o ninho.

No Verão:

A partir de Junho-Agosto

Os ninhos definitivos surgem em pontos elevados. São robustos, feitas de celulose mastigada, e em forma de pêra, com entrada lateral. Atingem dimensões de 50 a 80 cm de diâmetro e 1m de altura. Os locais preferidos para a sua construção são as copas de árvores, armazéns desocupados, alpendres, beiradas de telhados, paredes. Sá-se a expansão da colónia e forte pressão sobre as abelhas. Cada ninho pode albergar cerca de 2 000 vespas e 150 fundadoras, que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos seis ninhos.

De Setembro a Outubro

A colónia atinge entre 1200 a 1800 insectos. De Setembro a Novembro as vespas precisam de mais alimento. Tem lugar o período de acasalamento e reprodução. Nascem machos e fêmeas sexuadas, as futuras rainhas fundadoras. Em Setembro acontece o voo nupcial. Ao contrário das abelhas, a fecundação começa no ar mas termina no chão: os dois insectos formam uma curiosa união em "S". As fêmeas fecundadas regressam ao ninho e os machos morrem.  

No Outono

De Outubro a meados de Novembro, após a fecundação, as futuras rainhas abandonam o ninho e iniciam a hibernação num casulo que constroem abrigado entre muros, cascas de árvores, telhados, beirais, solo e rochas. Com a morte da rainha velha, das obreiras e machos, a colónia desaparece: falta a comida, chega o frio e a estrutura do ninho deteriora-se com o mau tempo.


Observando o ciclo biológico, nota-se que entre Setembro e a primeira quinzena de Novembro, existe um número significativo de fundadoras que podem espalhar-se se o ninho não for destruído cabalmente.  Se a rainha não morrer, ela e obreiras sobreviventes reconstroem o ninho, ou criam outro, mas, se morrer, as vespas, por si só,  têm a capacidade de reconstrução, fazem a postura substituindo-se às fundadoras. Embora apenas nasçam machos dos ovos postos, estes machos, manterão a pressão predatória sobre as abelhas.

Além disso, uma destruição ineficaz potencializa o comportamento defensivo da colónia, ou seja, aumenta a agressividade das vespas sobreviventes, o que poderá colocar em perigo a integridade física das populações que frequentem o local nos dias seguintes.

Vespa velutina: A sua situação em Portugal - Artigos O apicultor

Como identificar uma vespa asiática?

- Cabeça negra
- Face alaranjada
- Tórax negro
- Asas de cor fumada
- Abdómen predominantemente negro
- Linha amarela entre o 1º e 2º segmentos abdominais
- 4º segmento abdominal amarelo
- Patas amarelas
- Comprimento: Rainha 3.5 cm, machos 3 cm, obreiras 2.5 cm.

Como identificar ninhos de vespa asiática?

- Indícios de ninhos: um método rudimentar de localização de ninhos resulta da observação do movimento das vespas que transportam abelhas por si capturadas num apiário.

- Localização e formato dos ninhos: podem estar em áreas urbanas ou rurais. Os primários, são esféricos, com abertura na base; os definitivos, em forma de pera. É seu sinal distintivo a existência de uma entrada localizada na parte lateral, sendo a base do mesmo fechada. A única situação em que a distinção é impossível acontece nos casos em que o ninho está localizado num orifício ou cavidade, sendo que neste caso a diferenciação apenas será possível com base na identificação dos insectos. Pode alcançar grandes dimensões, 1m de altura por 50-80 cm de diâmetro.

Nestes dois vídeos é possível ver um ninho primário em construção e um definitivo, que foi destruído.

👀  Sped up Timelapse Footage of Giant Hornet Queen Building Nest - Vídeo


👀  Hornet Nest Removal - Vídeo

O que fazer no caso de suspeita da presença de ninhos e avistamento de vespas asiáticas?

Quem observar vespas asiáticas em quintais, jardins, vinhedos ou quaisquer outros locais, ou encontrar um ninho de Vespa velutina não deve intervir no ninho ou proceder à sua remoção mas sim contactar de imediato a Câmara Municipal respectiva, comunicando a sua suspeita. Como fazê-lo?

1º Aceder à plataforma SOS Vespa para preencher um formulário online

É necessário fazer o registo na Plataforma em "Login" e criar conta de utilizador, após o que se recebe um link no email para a sua activação. Depois deve para preencher o formulário, e depois submeter.

Pode comunicar a observação de ninhos seleccionando “Ninhos”: após clicar no ícone assinalado com + deverá clicar no mapa (no local onde observou a existência do ninho), o que abre uma caixa de texto na qual deverá preencher os campos que caracterizam a sua observação. Os campos assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório. O procedimento é semelhante caso queira registar o avistamento de vespas, devendo nesse caso seleccionar “Vespas”. Após o preenchimento do formulário deverá clicar em “Guardar”. Esta plataforma apresenta problemas de funcionamento.

O preenchimento via Smartphone disponível no portal www.sosvespa.pt, não parece estar a funcionar.


2º Preencher o formulário - Anexo 4 - e enviar para a Câmara Municipal. Neste formulário para notificação de suspeita de presença da Vespa velutina ou ninho, sempre que possível deve anexar fotografias da vespa e/ou do ninho.


Pode solicitar a colaboração da Junta de Freguesia mais próxima do local de detecção/suspeita onde ocorreu a observação para o preenchimento do formulário.

É a Câmara Municipal correspondente ao local de detecção/suspeita que dará o devido seguimento ao processo através dos seus serviços de Protecção Civil.

Em caso de necessidade de identificação de exemplares, deverá proceder-se ao envio da ficha de registo para o INIAV, através dos endereços consultas.safsv@iniav.pt ou vespa@iniav.pt, que fará a respectiva confirmação.

Para informações adicionais consultar o folheto divulgativo ou contactar o INIAV para o telefone 214 463 700



3º Contactar a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efectiva comunicação da suspeita.


Em que consiste o procedimento da Protecção Civil?

No âmbito do Plano de Acção e de acordo com o determinado no seio da Comissão de Acompanhamento para a Vigilância, Prevenção e Controlo da Vespa velutina (CVV), a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal elaborou um Manual de Boas Práticas na destruição de ninhos de Vespa velutina, que mereceu a aprovação da CVV e que se encontra à disposição das Câmaras Municipais para apoio nessa tarefa. 

Entendo - e é apenas a minha opinião - que este não é um manual de "faça você mesmo" para qualquer cidadão embora uma pessoa que reúna os meios e o saber necessários possa executar a remoção, comunicando a ocorrência para monitorização da invasão.

O procedimento começa com a visita de reconhecimento de um técnico para confirmar de que se trata efectivamente de um ninho de Vespa velutina, e para que este possa decidir qual o método mais recomendado a aplicar na destruição do mesmo. Os ninhos podem ser destruídos por meios mecânicos (captura e esmagamento), incineração, biocidas ou anidrido sulfuroso. Muitas vezes localizados em copas altas, ou próximo de meio urbano, exigem uma intervenção consertada de várias entidades e meios de certa complexidade.

A destruição de um ninho de Vespa velutina não consiste simplesmente na destruição da estrutura de celulose construída e habitada por uma colónia de vespas, mas sim todo o conjunto de acções que conduzam à morte de todas os indivíduos da colónia, qualquer que seja o método ou meio utilizado.

A máxima eficácia é conseguida com acções de destruição realizadas após o anoitecer ou durante a noite, pois, ao anoitecer quase todas as vespas regressaram ao ninho onde se encontram também as fundadoras.

A localização e destruição dos ninhos embrionários ou definitivos é a técnica mais recomendada para o controle desta espécie uma vez que interrompe o ciclo reprodutivo e multiplicativo de vespas obreiras e fundadoras.

É particularmente eficaz até finais de Julho/Agosto, período em que se inicia a criação das vespas fundadoras nos ninhos.

O ideal seria a destruição do ninho antes de Setembro, altura em que nascem os machos. Nesta altura ainda não há fundadoras, ainda não houve a fecundação. Mas as árvores estão cheias de folhas e é difícil localizá-los. De Setembro a finais de Outubro, as fundadoras saem dos ninhos para acasalar. Por isso, quanto mais cedo se proceder à destruição dos ninhos, mais certo é diminuir o número de potenciais vespas fundadoras que sobreviverão para, no ano seguinte, iniciar o ciclo biológico da espécie.

Por norma, a partir de Dezembro, a destruição de ninhos já não tem grande impacto, devido à morte da fundadora original e do abandono da colónia pelas futuras fundadoras, para hibernação. A sua remoção poderá ser equacionada para não dar lugar a casos de falso alarme.

vespa velutina nigrithorax é originária do Sudeste Asiático e por isso vulgarmente conhecida por Vespa Asiática. Em 2004 foi vista pela primeira vez em França, onde foi introduzida acidentalmente. A partir daí expandiu-se, rapidamente, na última década. É assim que começa a invadir outros territórios europeus, nomeadamente a Península Ibérica: foi registada pela primeira vez em Espanha no ano de 2010 e no seguinte em Portugal, em Viana do Castelo.

A vespa-asiática (Vespa velutina nigrithorax) é uma das 37 espécies que consta da "Lista de Espécies Exóticas Invasoras que Suscitam Preocupação na União" do Regulamento da União Europeia sobre espécie invasoras.

Após as minhas leituras, e apesar de compreender que as vespas asiáticas não pertencem aqui, que fomos nós que as trouxemos para cá, uma boleia que elas devem ter apreciado por se terem subitamente encontrado em território tão aprazível, e que têm de ser combatidas, não deixo de ficar deslumbrada com as suas habilidades.

Os dados da Plataforma SOSVespa ilustram a progressão da Vespa velutina de norte para sul e de oeste para este concentrada na zona litoral. De acordo com notícia da SIC, os distritos onde se registaram mais denúncias ao longo do corrente  ano foram Porto (133), Braga (92), Viseu (60), Aveiro (53) e Coimbra (50).

Até ao momento em que se terminou a redacção desta postagem não foi possível aceder à Plataforma SOS VESPA onde se pode acompanhar a geo-referenciação online dos ninhos da vespa-asiática em Portugal, bem como contribuir para a identificação e detecção de outros ninhos..👎

Fonte:

- material disponibilizado pelo ICNF

- De la biologie des reproducteurs au comportement d’approvisionnement du nid, vers des pistes de
biocontrôle du frelon asiatique Vespa velutina en France - Juliette (https://tel.archives-ouvertes.fr/tel-01758929/document)

Para ver/ler:

Folheto da Quercus - 2017


Conheça a vespa asiática, formas de prevenção, defesa e combate - reportagem vídeo

A morte silenciosa das abelhas - artigo do Diário de Notícias

Portugal tenta recuperar os anos de avanço que deu à vespa-asiática - artigo do Público


👀  Life for the bees, um filme de Luigi Cammarota - Vídeo   

O principal objectivo do projecto LIFE STOPVESPA é conter a espécie invasora conhecida como vespa asiática. O documentário acompanha os esforços da equipa e parceiros que pretendem desenvolver um protótipo e um sistema eficaz de monitoramento e controle que permitirá que a espécie seja removida das áreas já afectadas na Ligúria e Piemonte, em Itália.


Comentários

Beatriz Sousa disse…
Estas vespas são ASSUSTADORAS. Já vi uma ao vivo e parece um cavalo voador.
Em relação às abelhas, não entendo como é que as pessoas não entendem que elas são dos principais fatores para termos vida neste planeta. Quando era pequena vi no cinema com o meu pai o filme das abelhas e já aí eles alertavam para um problema, mas claro que ninguém deu ouvidos :(
Há motivos para se ficar preocupado e sobretudo para lamentar que, no momento em que elas foram pela primeira vez identificadas por cá, não se tenha feito um verdadeiro plano para tentar reprimir a sua invasão. Podia sempre ter corrido mal mas talvez não. Elas são fantásticas, tenazes e os ninhos são construções fabulosas. Pena é que sejam nocivas. Temos mesmo de lhes dar caça, não há que ter remorsos. Eu não estava nada informada e já este ano andei pelo meio das árvores e vegetação sem cuidado algum, em sítios que nem conhecia. Acho que a população deve ser bem alertada pois não me parece que elas parem por aqui. Li uma notícia, aconteceu o ano passado, no recinto da festa de Nossa Senhora da Assunção, em Monte Córdova, Santo Tirso. Pouco antes da procissão, alguns dos peregrinos presentes pisaram um ninho que estava localizado perto das casas de banho do mosteiro - já em zona de mato. Foram picadas uma menina de 5 anos, o pai desta, de 35, e o tio, de 42. Também um militar da GNR, de 31 anos. Foi tudo para o hospital. Ao ler isto fui pesquisar pois achei que ser picado pode acontecer se calhar muito mais facilmente do que se imagina. E para nos prevenirmos temos de conhecer alguma coisa sobre o assunto!