"No norte de Portugal, em finais do século XIX, na propriedade da Vessada, há já muito tempo que são as mulheres que, perante a indolência e os sonhos de evasão que os homens alimentam, asseguram como podem a gestão da propriedade. Quina era uma adolescente franzina e inculta, que desde cedo participava nos trabalhos do campo ao lado dos trabalhadores. Com a morte do pai, com a propriedade quase em abandono, Quina passa a ter que ter uma ainda maior responsabilidade na administração da mesma. Graças ao seu esforço a todos os níveis, começa a acumular de novo a riqueza que seu pai desperdiçara, o que lhe vale a admiração da sociedade. Quina era uma pessoa lúcida, astuta e sempre em demandas, o que faz com que esta se torne conhecida por Sibila."
Custa tanto escrever um bom livro como um mau livro; mas só merece respeito a Arte que é em nós uma imposição, um destino, um fogo inconsumível de espírito, ainda que a obra, relativa à nossa exigência, nos pareça medíocre.
Agustina Bessa-Luís, 1922 - 2019
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Comentários
Aliás, tanto se apregoa a "igualdade" e depois te na morte diferenciam as pessoas. Os cardeais por exemplo, até têm o seu próprio Panteão! Não se querem misturar com a ralé! ainda que o seu líder espiritual tenha (se é que existiu) apregoado algo bem diferente. Sobre Agostina, talvez um dia destes tenha que trazer essa Sibila da biblioteca...