Presépio em movimento - Figueira da Foz



Na Rua José Nunes Medina, na Chã, Figueira da Foz, um presépio tradicional. Os moradores da casa, um casal, vieram dizer-nos, quando parámos para ver de perto, que demorou dez dias a montar e que já o fazem há muitos anos. Não ficámos a saber quantas horas terão sido necessárias para fazer os mecanismos que animam as figuras. Esses e até algumas casas, são fruto do labor de um só homem. Talvez já não seja possível fazer a conta ao total de horas de trabalho e dedicação acumuladas ao longo de anos.
O presépio está na família há mais de 60 anos. São talvez 800 imagens, uma vintena de cenas animadas e algumas com água. A água faz movimentar uma azenha, a roda gira na perfeição, e, próximo, também se pode ver um burrinho à volta, conduzido por um homem: é um engenho chamado nora, que hoje raramente deverá ser encontrado a funcionar em alguma zona rural do país. Ao lado, um grupo de cavadores, de enxada na mão, amanham a terra. O barbeiro corta o cabelo a um cliente, é vizinho de um marceneiro; um grupo de mulheres anda num corropio e um rancho volteia, sem cessar! As típicas figuras do presépio lá estão: S. José, Maria, o menino, os animais, os reis, os pastores. Alguns moinhos, um castelo. Muitas casitas bem dispostas e compostas entre o musgo e outras plantitas. 
O conjunto é harmonioso. O presépio foi elaborado com perícia e sentido estético apurados, talvez fruto de muitos anos de prática do "Quim Patracol", o seu  dedicado construtor. Merece a visita apreciadora de todos os que passem por perto e a moeda na caixinha, que o faz ganhar vida, fará a diferença!







 


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