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A mostrar mensagens de outubro, 2018

Halloween e Pão por Deus

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Tomem lá este mascarado do Halloween que caíu dos ceus, trick or treat, booo!  A maioria de nós não acha gracinha nenhuma ao Halloween , -" Halloween " vem da expressão "All Hallows Eve" , isto é, Véspera de Todos os Santos - essa estranha tradição (americana) com raízes celtas, levada para ali no séc. XIX pelos imigrantes irlandeses nos bons tempos em que o país abençoava a sua chegada sem reticências.  Em Portugal há antipatia generalizada pelo Halloween , porque "não é nossa tradição", mas adoptou-se sem reservas o Pai Natal , aquele velhote diabético e cheio de gota que ficou obeso de tanta Coca-Cola que bebeu. Aguardem: ele está quase a estoirar por aí, é vê-lo a trepar às varandas por cordas e escadas como um desastrado assaltante! O Pai Natal também não é uma invenção portuguesa, esse, o barbudo simpático, vestido de bota preta e fato vermelho: vagamente aparentado com a figura religiosa de São Nicolau, bispo da Turquia, ele foi criado

Guerra aos contos de fadas, disse ela

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Num conto de fadas tradicional uma personagem vai debater-se com dificuldades e ganhar a cruzada: o final feliz que sempre acompanha o “era uma vez” é, quem sabe, a razão de ser da sua longa preferência e popularidade junto das crianças. A acção desenrola-se no plano da fantasia embora consigamos identificar ali exemplos bem concretos de moral e os eternos conflitos entre o bem e o mal. Não é novidade para ninguém a tese de que nestes contos a marca da supremacia do masculino sobre o feminino é visível nos papéis que são ali distribuidos às personagens femininas e nas tarefas que elas ali desenvolvem. A evidência é que os contos de fada são obras literárias - adaptados, posteriormente, a filmes animados -  que foram produzidas num tempo próprio, como, aliás, todas, e por adultos, logo, estão informados por esse contexto histórico-social, por uma ideologia e uma certa moral, a cristã, porque era a dominante em França, por exemplo, ao tempo de Perrault. Charles Perrault (1628-1703)

Gabriela Moita diz que a Bela Adormecida foi violada!

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A actriz Kristen Bell - voz da Princesa Anna, no filme Frozen - referiu há dias que a história da Branca de Neve passa um mau exemplo às crianças no que toca à forma de lidar com estranhos - pelo facto da Branca de Neve ter aceitado uma maçã de uma estranha, a bruxa - e quanto ao consentimento - pelo facto de o príncipe ter beijado a Branca de Neve durante o sono sem ela ter autorizado o beijo. Mas porque não lê Kristen às filhas a versão dos Irmãos Grimm onde o príncipe leva uma bela princesa aparentemente morta dentro de um caixão de vidro para casa? A caminho, pela estrada de campo, o caixão ressalta na carruagem e solta-se da garganta da donzela o pedaço de maça! Ela sai do caixão removendo a tampa, até faz lembrar a Beatrix Kiddo, que após quatro anos de coma acorda em busca de vingança, não? E Gabriela Moita, em entrevista no Público , também não gosta da Bela Adormecida, diz que "de facto, as princesas até são violadas. Então a Bela Adormecida? Ela não consentiu o

Não sou dona do corpo da minha criança!

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Ainda Daniel Cardoso. Fiz uma pesquisa pouco científica no Google e encontrei uma publicação que originou, nos EUA, uma polémica quase tão grande quanto a afirmação dele nos Prós e Contras. Atentem na última afirmação, de Jennifer Lehr, e no grau de complexidade que ela assume que uma criança será capaz de fazer ao ser instruída por um progenitor para dar um beijo no avô: "A mensagem que uma criança recebe é que o estado emocional de alguém é da sua responsabilidade e que ela deve sacrificar o seu próprio corpo para alimentar o ego de outra pessoa ou ainda satisfazer seu desejo de amor ou afeição. " Onde estão estudos científicos ao nível da pedagogia e da psicologia infantil  de onde uma tal conclusão se possa inferir já não digo com certeza absoluta mas com alguma probabilidade? Não estamos no campo das ciências exactas, claro. Para reflectir. O assunto parece ter começado a ganhar alguma tracção a partir de uma publicação de Kattia Hetter. Em 2015, a psicóloga

Quando o beijinho nos avós destrona o beijo de Judas em polémica!

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Discutia-se na TV, parece, o consentimento sexual, num programa sobre assédio sexual e Movimento Metoo, quando Daniel Cardoso , professor universitário na área da comunicação, afirmou qualquer coisa como:"É preciso falar de educação de forma concreta. A educação é quando a avozinha ou o avozinho vai lá a casa e a criança é obrigada a dar o beijinho à avozinha ou ao avozinho. Isto é educação, estamos a educar para a violência sobre o corpo do outro e da outra desde crianças. Obrigar alguém a ter um gesto físico de intimidade com outra pessoa como obrigação coerciva é uma pequena pedagogia que depois cresce. Sim. Estou a dizer que obrigar alguém a ter um gesto físico de intimidade com outra pessoa, com obrigação coerciva, é uma pequena pedagogia... E agora vem o Foucault, com as microfísicas do poder... É uma pequena pedagogia que depois cresce e depois vemos os estudos em que 49% dos jovens adolescentes acham aceitável que o namorado ou a namorada lhes controle os telemóveis.&qu

Debate #metoo no Prós & Contras: o ridículo!

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Print screen Youtube Ahhh, vergooooooonha! Grandes opressores que são todos esses pais e mães que por esse mundo fora obrigam, coagem, limitam a liberdade física das criancinhas fazendo-as dar beijinhos aos vovôs e às vovós! (Cara impagável da Fátima do P & C.) Por educação, estão a ver, é assim que as nossas crias ficam amestradas e aceitam a opressão sexista futura. Cenas emprestadas da microfísica do poder, do Foulcault, mixadas com umas pequenas pedagogias, explicam - ou não - o discurso. Fui ver quem era o jovem orador. Pensei que fosse um artista do improviso. E é, fez um filme cuja sinopse reza assim: "Esta é a estória de um caralho-sem-caralho e de uma cona-sem-cona, tudo-em-um. Um projecto amador inspirado pelo filme La jetée de Chris Marker, e pelo Manifesto Contrasexual de Beatriz Preciado, esta curta explora a ambiguidade tecnologicamente mediada do que é ter um caralho ou uma cona, procurando acima de tudo foder com o género." Matéria original, quiçá m

Dia Mundial dos Correios: CTT, privatização, degradação

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Hoje é Dia Mundial dos Correios.   Correios. Um tópico que se tornou ingrato desde a privatização. Alguns já não querem saber disso, divergiram para alternativas. Os poucos que continuam fiéis aos CTT acumulam razões de queixa sobre o serviço. A unanimidade da sua degradação conclui qualquer conversa sobre o tópico. O número de estações tem vindo a diminuir embora os CTT afiancem que "a estratégia não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respectivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente". Foi há pouco notícia que estão a encerrar estações nas sedes de concelho,- algo contrário ao acordado com a ANACOM, - por exemplo, em Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Manteigas, no distrito da Guarda, e também na área da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro, que agrega 19 municípios distribuídos pelos distritos de Bragança, Guarda, Vila Real e Vise