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A mostrar mensagens de 2016

Um Bom Ano, para todos nós!

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( Já vi este filme, o ano passado...)

O Cartão de cidadão

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Depois de ter sido enxovalhada várias vezes por ter o meu Bilhete de Identidade caducado há muito tempo, muito mesmo, decidi-me a resolver o assunto no pior dia possível, ontem, esquecida de que a tolerância da véspera e o período de férias de Natal ditariam uma avalanche de gente aos serviços. Na Conservatória, onde cheguei bem antes das 14 horas, dirigi-me à máquina de onde saquei um 83. No monitor percebi que estavam a tratar do 41. Saí para um café e uma nesga de sol que o edifício do Tribunal não deixa chegar àquele recanto mas quando voltei o contador mal tinha somado mudanças. Acomodei-me num banco na esperança de desistências em cadeia. Impunha-se matar o tempo. Tinha levado um livro na mochila mas esquecido os óculos. A maioria dedilhava smartphones, é um desporto que não pratico. Resignei-me e entretive-me a contar macacos porque ovelhas podiam fazer-me adormecer e lá deixava eu passar a minha vez. Foi com mágoa que finalmente me sentei na mesa e conferi os meus dados. Re

Parque jurássico da Figueira da Foz

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Esta semana decidi retomar as minhas caminhadas como se não soubesse que nada irá impedir as danadas das calorias de fazerem um autêntico réveillon à volta da minha cintura durante a última semana do ano. Pensando no festim até promovi o passo rápido a corrida lenta. Troquei a estrada rente ao azul do mar pelo caminho verde do parque porque o verde é sinónimo de esperança, esperança de que uma pessoa consiga evoluir no terreno sem lhe saírem os pulmões pela boca ou lhe caírem as panturrilhas ao chão. Comecei por fazer os tradicionais alongamentos, bebi água, pluguei-me num som do telemóvel. O plano não estava a correr mal. A manhã desfolhava-se ao sol e eu ganhava terreno. Um homem apontava em pose de Storm-Trooper uma ruidosa máquina de soprar às folhas secas que o desafiavam em volteios no ar à sua frente. Uma mulher ajuntava as insolentes para dentro de sacos pretos. Suspendi a respiração para atravessar este intervalo de ar outonal perfumado a fumos de gasóleo emanados do moto

O Natal está fraco, Feliz Natal!

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O meu Natal está mesmo fraco. Não tenho cheta para comprar presentes nem futuros. Os passados estão em saldo mas os descontos não são interessantes. Estou ainda sem árvore. Não me decido. Fiz um download de um estudo de 200 páginas sobre o impacto ecológico da compra de um pinheiro natural versus o de cloreto de polivinila. Vou na página 10. E ainda nem toquei no bolo-rei. A etiqueta na embalagem tem uma lista de corantes e conservantes maior que a minha agenda de contactos telefónicos. Pensei até que fosse a receita, mas não. Trouxe antes uma broa de milho. A cadela mascou-me um post-it onde tinha anotado as boas acções para o mês de Dezembro. Andei aturadamente a tomar notas o ano inteiro para não me esquecer. Agora não sei se consigo refazer a lista assim do pé para a mão. Já ninguém escreve cartões de Natal, nem mesmo eu que até os desenho para vender, perceba-se agora porque estou sem cheta. Troquei o “Do céu caíu uma estrela” pelo “Deadpool”, o “Last Christmas” pelo “Cheap Thri

Status do dia: em maré de azar

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Um céu tão azul como o mar, um sol tão dourado como a areia, uma brisa morna. Toca a aproveitar que isto já são os saldos do verão, os minutos finais do prolongamento. Pelos meus cálculos ia estar um dia de praia à maneira. À chegada topei com um insólito. Um homem tisnado aprontava-se para jogar golfe no areal. Em tronco nú e calças caqui, de cócoras, segurava o taco numa mão e com a outra remexia a areia onde havia pelo menos uma dúzia de bolas. Indo pela passadeira fora, ultrapassei-o, disfarçando a perplexidade. Só com vergonha é que não tirei uma foto para não dizerem que eu invento estas coisas. O medo coibiu-me. E se ele vinha atrás de mim com o Sandwedge? A gente nunca sabe! Uns metros adiante olhei para trás e já todo ele era swing.  A passadeira de madeira leva-nos da marginal até metade do percurso até ao mar. Subitamente termina. Ontem o vento soprou fortemente e varreu o areal de forma impecável deixando-o liso como papel. Inscritos na superfície da areia, dali segui

Torrre do Relógio. Parabéns à Selecção Nacional!

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 A Torre do Relógio, na Figueira da Foz, em homenagem à Selecção Nacional de Futebol.

Futebol total, bamos lá cambada!

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Cães com trela na via pública, por favor

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Uma notícia desta semana dava conta da sentença proferida no caso do Simba, o cão de raça leão-da-rodésia que foi abatido a tiro por um indivíduo em Monsanto, o ano passado. O cão pertencia a um casal, tinha sido prenda do marido à esposa, por ocasião de um aniversário. Tinha 5 anos quando foi abatido na propriedade ao lado da quinta deles, arrastou-se ferido até aos pés da mulher e acabou por morrer. O homem escreveu, por essa altura, no Facebook: " Indagado por mim num estado de perfeito nervosismo, o autor do disparo, que diz ter sido de aviso...para o ar, negou...negou tudo, negou ter morto o meu cão, negou ser um assassino, negou ser cruel, negou não possuir uma réstia de amor pela vida animal, respeito pela vida dos outros, respeito pela minha mulher que minutos antes o cumprimentara ao chegar a quinta enquanto este podava uma parreiras, na presença da GNR, ontem e hoje, tudo negou." Outro excerto: "Ontem perdi o meu melhor amigo nesta vida, perdi um vizin

Como fazer massa para pizza de forma rápida?

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Hoje vou directa ao assunto. Ou talvez não. As pizzas entraram há muito na alimentação corrente e são coisa favorita entre os mais jovens. O meu sobrinho adora. Considera-se um especialista, tem opinião feita sobre o assunto e é difícil arranjar argumentos para o contrariar sobre o mérito da massa não sei quantas da Pizza Hut , a massa dourada, a massa alta e fofa, a massa fina e estaladiça, o queijo assim, o queijo assado. Eu fui algumas vezes à Pizza Hut com ele mas nunca achei que a pizza da Pizza Hut fosse a suprema delícia. Ironicamente, a pior pizza que jamais comi... comi-a em Itália, justamente na suposta nação berço da pizza ! Digo supostamente porque a pizza não apareceu por geração espontânea em Itália: pensem nos pães árabes actuais e já conseguem conseguem fazer uma ideia. A sua história vem de longe, começou talvez quando os Egípcios inventaram o forno de cozer pão e o fermento; a receita foi-se aprimorando e viajando pelo mundo, desde o Extremo Oriente até Nápoles,

A elegância do comportamento, por Carlos Augusto Roveri

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A elegância do comportamento - Adaptado de Toulouse-Lautrec por Carlos Augusto Roveri* Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples 'obrigado' diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível

DIY - Varão de guarda-fatos

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Há umas semanas o varão do meu guarda-fatos caíu arrastando consigo as vestimentas todas. O sol ainda não tinha nascido quando ouvi o barulho sem perceber bem do que se tratava, embalada que estava na sonolência. Só quando necessitei de um trapo e abri as portas do dito é que descobri a avaria. O varão tinha cedido pelo meio, e era compreensível pois tratava-se de um mero tubo metálico, relativamente fino. Cedeu ao peso das peças do inverno, que obedecem a um ritual semelhante ao da mudança da hora. No início do inverno acomodam-se ali, no recuo do inverno desaparecem e dão lugar às maravilhas diáfanas e leves que o clima temperado nos permite. Para terem a ideia da fragilidade do varão, eu, que não consigo nem partir um palito sem suar, ainda me dei ao trabalho de o forçar à forma original, vitoriosa, pensando que se aguentaria, ingénua. Depois e com muito jeitinho voltei a colocar as peças de roupa no lugar, tão cientificamente distribuidas quanto possível, fazendo cálculos de cab

Pinga: vinho Solar dos Lobos

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Pessoa querida quer oferecer-me uma garrafa de vinho mas não sabe distinguir Trincadeira de trinca-espinhas ou Borrado das Moscas de borrado de pulgas. Então resolve de forma bonita: como eu gosto de desenhar escolhe uma garrafa com muitos rabiscos no rótulo. Eu também só sei que com o passar dos vinhos, os anos ficam melhores.

A guerra na Síria explicada em 10 minutos

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Com legendas disponíveis em várias línguas. Link .

Bolinhos de feijão-preto au chocolat

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Posso saber o que os meus amigos estão a fazer para assinalar o Ano Internacional das Leguminosas ? O quê? Nada? Ah, não sabiam? Eu também não sabia se não fosse a promoção do super destinada a lembrar os mais aéreos desta efeméride: na compra de duas latas de qualquer tipo de feijão ofereciam uma caixita de carbo activatus. Assim já posso comemorar sem receios! Bolinhos! Ei-los acabados de sair do forno: Queques de feijão-preto au chocolat. Com vossa licença, vou-me a eles. Ah, o quê? A receita? Mas acaso pensam que isto aqui é O livro de Pantagruel? Não é, não é. Mas está bem eu digo como se fazem os bolinhos. Como sempre já não sei de onde tirei a receita. Passo as notas da internet para um post-it e depois os papelitos acumulam-se na banca da cozinha presos por uma mola da roupa! Ando há semanas para passar as notas para um caderninho, mas nada.  Esta aventura começou por correr mal. Pensava eu que tinha uma tabelete de chocolate Pantagruel na despensa, mas quando lá fu

O milagre das lentes progressivas

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Fonte "Mover o pescoço e a cabeça é o segredo, muita ginástica dos ombros para cima." A lente que Benjamim Franklin inventou no séc. XVIII, uma lente bifocal , que juntava duas lentes numa só, uma para visão de perto e outra para visão de longe, é história. Mas hoje ainda há quem use lentes bifocais, penso que são aqueles óculos com uma meia lua inscrita em cada lente. Esses óculos não oferecem o conforto e a naturalidade de uma visão restaurada. Essa promessa dá pelo nome de lentes progressivas . Comecei a usar lentes progressivas em Outubro de 2014. O que antecede uma efeméride desse género é começarmos a ver mal ao perto de forma progressiva. No meu caso, rótulos de produtos nos supermercados! Era a Sra. Dona Presbiopia que vinha chegando. Em duas palavras: os olhos envelhecem e perdem capacidade de acomodação. Na altura comecei também a escrever esta entrada no blogue. Cansei-me de escrever ao fim de duas linhas e meia e a coisa ficou nos rascunhos. O assunt

Boa Páscoa e muitas Belinhas

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A Belinha deseja-vos uma doce Páscoa cheia de Belinhas! Outra coisa! Não se deixem seduzir por esses ovos espalhafatosos e balofos, todos ostentação, que andam por aí. Prefiram sempre as Belinhas porque apesar de modestas no look são sempre bem cheiinhas! Ahahah!

Um delicioso arroz de polvo para a Sexta-feira Santa!

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Há coisa de anos já, escrevi aqui sobre as diversas formas de cozer o ingrato do polvo . É uma das postagens com mais visualizações aqui do blogue o que diz bem da dificuldade em alcançar o êxito no preparo do bicho, ahaha, anda por aí muita gente à procura do segredo. Hoje - soem as trombetas! - consegui o arroz de polvo perfeito e foi tão fácil que, à distância, nem percebo como é que pode ter corrido tão mal daquela vez! Asseguro que hoje o molusco ficou mesmo como eu gosto, tenro e saboroso, e o arroz bem encarnadinho. Resolvido o mistério aqui partilho o modus operandi , segui a segunda via da lista que coligi na tal postagem, recorrendo à milagrosa panela de pressão, um fantástico instrumento de poupança de tempo e combustível na cozinha! Este polvo foi comprado congelado, era grande mas não monstruoso, 800gr, foi pescado à mão, no Perú. Deixei-o a descongelar no frigorífico de um dia para o outro e depois retirei-o da embalagem e lavei-o porque eu tenho a mania de lavar tudo

Cogumelos Portobello recheados e moussaka de berinjela

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Cogumelos Portobello recheados Moussaka de berinjela E finalmente as minhas impressões sobre mais duas receitas do livro Cozinha vegetariana para quem quer ser saudável !  que o meu sobrinho me ofereceu. A primeira receita que experimentei foi a das bolachas de gengibre e canela , lembram-se? As fotos do livro são mais bonitas do que estas!  Já cozinhei estes pratos há umas semanas mas não tenho tido oportunidade de fazer o prometido relato. Ora bem, por onde hei-de começar? O prato de cogumelos Portobello recheados não foi do agrado de toda a gente. Não gostaram do sabor dos cogumelos, apenas do recheio.  Eu gostei do sabor dos cogumelos e do recheio que leva berinjela, curgete, cebola, alho, azeite, molho de tomate e soja e diversas especiarias. A receita é muito simples de fazer e o recheio pode servir para acompanhar outros pratos.  Tive dúvidas sobre o tratamento a dar ao cogumelo em termos de limpeza. Vi na internet que não devemos mergulhar os cogum

Intercâmbio de livros infantis - quer participar?

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A iniciativa Quer participar no intercâmbio de livros infantis? É apenas preciso enviar UM livro infantil a uma criança. O livro pode ser novo ou usado, desde que em bom estado. Desta forma, além de incentivar a leitura, promove-se a reutilização dos mesmos. Deve também recrutar 6 pessoas interessadas em fazer o mesmo. Em resultado, se todos cumprirem, a sua criança (filho/a, primo/a, sobrinho/a, afilhada/o, etc) vai receber 36 livros pelo correio.  A maioria das crianças gosta de livros. Eu, quando era criança, também gostava de receber coisas pelo correio embrulhadas naquele papel kraft, duro, e atadas com cordel. Desembrulhado esse papel quase sempre aparecia outro, um papel colorido. Eram as amigas da minha mãe que enviavam presentes e também a minha madrinha de baptismo. Muitos desses presentes foram livros. Depois de ter aprendido a escrever, a minha mãe incentivou-me logo a escrever cartas e postais. Receber correio era uma festa. Hoje as crianças já não recebem tanto

Jesus também tinha dois pais: o cartaz do Bloco de Esquerda

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O pão nosso de cada dia nos dai hoje, assim rezam os crentes. A polémica nossa de cada dia, nos dai hoje, bem podem dizer os adeptos das redes sociais. Um dia é o ABC racista da Ducla Soares, no outro o cartaz blasfemo do Bloco de Esquerda, especialmente criado para as redes, dizem eles. E assim vamos. Uma ramboia pegada que seria até gira se tivesse alguma utilidade. Só que a maior parte das vezes não tem. Quer uma pessoa divertir-se, partilhar fotografias de gatinhos fofos e citações sobre o amor e a gratidão e lá fica presa no comentário do António que acha muito bem, muito libertador, e no da Joana que acha muito mal, muito zombeteiro. E de repente já está também a elaborar a sua tese, que sim, que não, umas vezes de forma elegante, outras à bruta, é conforme o clima.  Uma vez passada tempestade viral é como se nada tivesse acontecido. Em suma, imaginem o tsunami. Vem, passa, arrasa e o mundo fica reduzido a nada. É tão só e apenas isso. Nem se pode falar de bonança. Há muito,

Do livro de receitas vegetarianas - Bolachas de gengibre e canela!

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Aqui estão elas, as bolachas de gengibre e canela segundo as indicações da Gabriela Oliveira , no livro Cozinha Vegetariana para quem quer ser saudável ! Conforme o prometido aqui estou a partilhar o resultado. Segui a receita do livro mas dupliquei as quantidades. Em vez de 24 bolachas consegui o dobro. Ela aconselhava usar o rolo para estender a massa e usar um cortador. Mas isso tem um inconveniente pois no final temos de voltar a moldar a massa recortada numa bola, voltar a estender e a cortar. A massa amolece um pouco e por vezes cola-se e dá chatice.  Assim tentei moldar cada bolacha na palma da mão, a partir de uma bolinha, e consegui. Coloquei as bolachas num tabuleiro sobre o papel vegetal, ficaram um pouco encostadas para conseguir despachar tudo no mais curto espaço de tempo. Ainda pensei que fossem deformar e agarrar-se umas às outras. Mas não. Cresceram para cima! E ficam estaladiças! São agradáveis e penso que se poderão até juntar mais especiarias para aproxim

Cinema: True Cost e o movimento da Slow Fashion

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The true cost  -  movie trailer  e  Imbd  - é um documentário com origem num facto particular, que despertou a atenção do realizador.  Quando o Rana Plaza , o edifício em Dakha , no Bangladesh, colapsou, em 2013, mais de 1000 pessoas morreram e mais de 2000 ficaram feridas. O edifício abriu fendas mas os chefes insistiram que os operários do têxtil comparecessem ao trabalho no dia seguinte. Uma tragédia que acordou o mundo para a forma como a moda do pronto-a-vestir persegue o lucro fácil, desrespeitando a mão de obra, a segurança das unidades fabris, a sustentabilidade. Recordo ter lido que edifícios há sem telhado acabado, chão de vigas a descoberto, prontos a crescer à medida do florescimento dos negócios com o Ocidente - é ali que conhecidas marcas como a Primark, Tommy Hilfiger, CA, Disney, GAP, HM, Auchan, Benetton, Carrefour, El Corte Ingles, Inditex, Kappa, Mango , etc, fabricam as suas roupas. Se procurarem as etiquetas da vossa roupa é provável que numa delas se leia  M