Ajudar a INTER CARE MEDICAL AID com selos usados



A Rosetta Jallow, uma irlandesa profundamente implicada na ajuda humanitária a África, lançou este apelo no Facebook e eu aproveito para fazer também a divulgação pois não sabia que podíamos ajudar África através do envio de selos usados para esta organização, a INTER CARE MEDICAL AID. Eles também recolhem telemóveis, jóias estragadas, e medicamentos fora da validade.

Mais uma vez devem perguntar-se porque faço isto. Vi o anúncio da iniciativa e constatei que é algo que posso fazer para ajudar. Como o meu dinheiro é sempre insuficiente - não há forma de conseguir comprar um novo PC! - eu nunca posso fazer grande coisa pelos que mais precisam, mas sempre vou tentando. Não penso se são portugueses, africanos ou brasileiros. Eu sei que muitos de vós julgam que devia concentrar os meus esforços nos nacionais. Mas deixem-me contar-vos que também vou ajudando por cá, mas nem sempre é fácil que a minha ajuda seja aceite. Por exemplo, a doação de duas colagens minhas rendeu bom dinheiro numa exposição que a Rosetta organizou, na Irlanda, dinheiro que em espécie, eu nunca poderia doar às crianças abusadas sexualmente em África. Posteriormente vi no Facebook uma iniciativa de caridade, uma exposição-venda para ajudar crianças portuguesas de uma instituição nacional. Mas a organização queria que pagasse uma inscrição pois a exposição-venda de caridade tinha de organizar um catálogo. Eu sugeri prescindir da inclusão no catálogo e tudo o mais - o dinheiro da inscrição chegaria para eu comprar as colas, tintas, vernizes, tela e fazer a expedição. Para mim era demasiado dispendioso pagar materiais, - um tubo de 120ml de tinta acrílica não custará menos que 3, 50 euros, por exemplo, 1 frasco de verniz 5 euros - passar alguns dias a trabalhar e depois ainda ter de pagar a inscrição na exposição. Não aceitaram, disseram-me apenas que o evento já não se ia realizar naqueles moldes descritos, quais, não sei exactamente. Posteriormente, mais perto do Natal, enviaram-me o convite para o beberete da inauguração da exposição. O meu trabalho podia até não estar ao nível exigido, certo, aceito. Mas o que fiquei a pensar foi que a organização tinha um orçamento para cumprir e não queria pelintras como eu envolvidos. Lamentável. Por isso gostei de assistir à mobilização que a Rosetta conseguiu em Carrickfergus, praticamente sózinha, com a família e alguns amigos, organizou a exposição, angariou o dinheiro e foi ao banco expedi-lo para o Gâmbia, de onde era o seu marido, daí o seu envolvimento nestas causas. Opinião pessoalíssima: por vezes as "organizações" complicam o que poderia ser uma ideia boa e simples. 

Escrevi o desabafo porque já sei que alguns de vós vão ler o título desta postagem e dizer para com os vossos umbigos, "lá vem esta novamente com África". Não sou africana nem tenho laços familiares africanos, como a Rosetta tem, apenas alguns amigos. Mas fico horrorizada quando leio sobre as condições de vida miseráveis que homens, mulheres e crianças africanas têm de suportar. Não são uma minoria, são a maioria da população. Os anos passam e a conjugação de factores é de tal forma adversa que a inversão das condições de pobreza tarda. Por isso, e apesar da minha contribuição ser um grão de areia, vou fazendo o que posso. 

E desta vez o assunto é selos de correio. Penso que é a altura ideal para divulgar esta iniciativa pois muitas pessoas e empresas receberam correspondência a dobrar na quadra natalícia. É só preciso cortar os selos dos envelopes, tendo o cuidado de deixar 1 cm de papel à sua volta, mais ou menos, e depois enviar para a morada em Leicester. O selos serão depois vendidos e o dinheiro usado para beneficiar a população africana. Vão até ao site da INTER CARE MEDICAL AID para comprovarem a seriedade da mesma e aproveitem para conhecerem o trabalho que vêm desenvolvendo desde 1974.


A morada:

Inter Care

46 The Halfcroft

Syston
Leicester

LE7 1LD



Comentários