Museu de Arte Popular à beira da extinção?



MUSEU DE ARTE POPULAR

"O MAP é o único pavilhão sobrevivente da Exposição do Mundo Português, de 1940, e nele se instalou uma colecção de arte popular portuguesa onde se contam inúmeras peças únicas e cuja lógica se estruturou enquanto colecção museológica. Para além disso, o edifício do MAP foi projectado pelo Arquitecto Veloso Reis Camelo (e posteriormente adaptado a museu pelo Arquitecto Jorge Segurado) e nele trabalharam artistas como Tomás de Melo (Tom), Estrela Faria, Manuel Lapa, Eduardo Anahory, Carlos Botelho ou Paulo Ferreira, cujas contribuições podiam ser apreciadas nos frescos que deram ao MAP uma das suas mais-valias. A sua definição arquitectónica, em estreita ligação com a concepção museológica, bem como as qualidades da colecção que albergava, fizeram dele um museu recorrentemente visitado por especialistas estrangeiros que ali encontraram um exemplo de valor incalculável (nem tudo é convertível em cifrões, ainda que os nossos governantes possam não o saber). E as visitas de portugueses e estrangeiros comprovaram, ao longo dos anos em que funcionou, o interesse que o Museu despertava junto do público."



Não estava a par desta questão, recebi por email e acho que vale a pena divulgar e questionar o processo que se encontra em curso.

Amanhã, Sábado comemora-se o Dia dos Museus. Por isso, resolvemos festejar o Museu de Arte Popular, um museu fechado que queremos ver vivo, reaberto, renovado. Após a aprovação na semana passada, em Conselho de Ministros, da instalação do Museu da Língua no edifício do MAP, esta é a nossa última hipótese de protestar contra uma decisão arbitrária, leviana e culturalmente injustificável. Assim, a partir das 15h00 de sábado, diante do Museu de Arte Popular, voluntários e voluntárias bordarão colectivamente um Lenço de Namorados gigante, declarando a sua estima ao Museu de Arte Popular. Quando a noite cair, suspenderemos o resultado na fachada do Museu. Junte-se a nós. Fornecemos os materiais mas precisamos de mãos. Se não sabe bordar, não faz mal: esta é a ocasião de experimentar. Traga os amigos, a mãe, a tia, as crianças – o importante é mostrar que há quem não se conforme com o fim anunciado do Museu de Arte Popular.






A Língua de fora, já! Pelo Museu de Arte Popular, bordar bordar!
Para mais informações: http://museuartepopular.blogspot.com


Organizadoras:
Catarina Portas, empresária A Vida Portuguesa/ Quiosque de Refresco
Rosa Pomar, designer www.aervilhacorderosa.com

Joana Vasconcelos, Artista Plástica
Raquel Henriques da Silva, Professora de História de Arte, FCSH UNL


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